sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Histórias que Salvam! O missionário como contador de histórias


“O Vento, as árvores, a atmosfera eram controlados pelo poder da Palavra. Mas a Palavra não era algo que se pudesse ver. Era uma força que permitia que uma coisa criasse outra.” - Parte do mito Wapangwa - Tanzânia- da Criação.  (FORD 1999:177)

Joed Venturini

Tive o privilégio de ser criado por uma das maiores contadoras de histórias que conheci.   Minha mãe, Márcia Venturini de Souza.  Ela não apenas contava histórias, ela as tornava vivas na minha imaginação. Cada inflexão, gesto, mudança de ritmo, alteração de voz, cada pormenor serviam para dar cor, textura e mesmo paladar e perfume às histórias. 


Recordo-me que no culto infantil da Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu, mamãe sempre começava  dirigindo-se aos adultos e pedindo que fizessem de conta que eram crianças.  Achava divertido o pedido, mas era na verdade desnecessário, pois qualquer pessoa que a ouvisse contar histórias tornava-se criança na hora, e com todo gosto!

 Lembro-me ainda de a ver contando histórias a rudes pescadores da aldeia de São Mateusnos Açores em Portugal. Aqueles homens curtidos pelas tempestades do Atlântico Norte terminavam os episódios com lágrimas nos olhos. 

Uma boa história rompe barreiras, ganha corações, é universal.



Vivendo no contexto de Missões em África, aprendi que a habilidade de minha mãe era uma das mais valiosas para os missionários.  Na grande maioria dos casos, o evangelista terá muita dificuldade em pregar um sermão ou passar os famosos três pontos da homilética anglo-saxônica.  Mas, se souber contar e aplicar bem uma história, estará garantido.  Qualquer auditório pode ser ganho e elucidado se o orador for um bom narrador de casos e é por isso que vejo o missionário (e porque não dizer o pastor) como um contador de histórias. Nessa arte, creio que o missionário deve se desenvolver em três caminhos principais que passaremos a considerar. 



Trabalharemos o contexto Africano que é o que conhecemos melhor, mas na perspectiva que as verdades expressas sobre os povos africanos podem ser extrapoladas para outras partes do planeta.



O primeiro caminho a ser seguido pelo missionário contador de histórias é o do garimpo de histórias tradicionais que servem para comunicar o evangelho. Um estudo cuidadoso providenciará muito material de valor. Quase todas as etnias do mundo têm histórias da criação do mundo e do homem, algumas com expressões surpreendentes como a citada no inicio deste artigo. 



Também interessante é notar que muitos desses chamados mitos, falam de algo que o homem fez que afastou Deus de seu convívio. Para os Mende (Serra Leoa) Deus se foi porque ficou cansado dos pedidos constantes do homem. Os Ashanti (Gana) dizem que Deus foi embora porque a mulher o incomodava batendo com seu pau de pilar na sola de seus pés. Os Banyarwanda (Ruanda) crêem que Deus ia acabar com a Morte, mas enquanto Deus a caçava houve uma mulher idosa que se apiedou dela e a escondeu. Deus se irou com isso e deixou o homem ficar com a morte. Já os Bambuti (Congo) dizem que o pecado original foi a curiosidade da mulher que queria ver o homem. Ela levava água até a cabana de Deus diariamente e a deixava na porta. Um dia se escondeu para ver quando Deus sairia para pegar a água e desse modo viu quando a divindade colocou o braço de fora para alcançar o balde. Deus se irou com isso e foi embora.



Muitos outros povos contam a queda do homem em termos muito próximos do relato de Gênesis. O homem pecou ao comer o que era proibido. Para os Pare (Tanzânia) o fruto proibido era o ovo, para os Chaga (Tanzânia) o nhame, para os Barotse (Congo) foi a carne dos animais que Deus dera como companheiros e não alimento, para os Mbuti da floresta de Ituri (Congo) foi o “tahu”. Já na etnia Fang (Gabão) o pecado original foi o orgulho do homem que se deixou encantar pela força e beleza que Deus lhe dera.



Em outros contextos, além do pecado encontramos contos messiânicos extraordinários. O povo Sonjo (Tanzânia) tem um herói nacional chamado Khambageu. Ele viveu entre os Sonjo fazendo milagres de cura e maravilhas, mas foi morto por homens maus. Ressuscitou e foi para o Sol e um dia voltará, antes do fim do mundo, para levar todos os que tiverem a sua marca. Por isso cada Sonjo recebe uma cicatriz no ombro esquerdo para estar preparado para a vinda de Khambageu. Vários outros povos africanos contam de crianças messiânicas que tiveram nascimento milagroso e que vieram ao mundo para acabar com o mal na figura de um monstro ou feiticeiro. É o caso do mito de Lituolone dos Basuto (África do Sul), de Mwindo dos Nyanga (Congo) e de Bagoumâwel dos Fula (Mali). Em todos esses mitos, a criança milagrosa vem ao mundo para vencer o mal, sofre morte atroz, mas renasce para ser vitoriosa e libertar o mundo.



Há histórias tradicionais comoventes como a que os Ila (Zâmbia) contam sobre uma mulher que queria ver a Deus. Inicialmente ela construiu várias torres para tentar chegar ao céu, mas em cada caso a madeira da base apodrecia antes de ela chegar a seu objetivo. Por fim ela resolve andar até encontrar o ponto onde o céu e a terra se tocam para achar o caminho até Deus. Ela nunca chega a esse lugar e morre sem solução. Dificilmente poderíamos criar um conto mais vivo para falar da inutilidade das nossas obras na busca da salvação.



Encontramos igualmente, inúmeras histórias morais na tradição dos povos, que servem para transmitir verdades sobre questões sociais diversas.  Na Guiné-Bissau onde trabalhamos, são comuns as histórias usando animais.  Um grande número delas usam como personagens principais o lobo (no caso guineense a hiena) e a lebre.  Nesses contos, o lobo (símbolo da força bruta) é sempre derrotado pela lebre (símbolo da esperteza) e desse modo se demonstra a superioridade da inteligência sobre a massa muscular.  



Os provérbios pictóricos também são úteis para ilustrar princípios vitais. “A tartaruga quer dançar mas não tem cintura” é um dito crioulo que explica que muitas vezes querer não é poder. “Janti i ka nada, tchiga ki tudu” (adiantar-se não é nada, chegar é que é tudo) é outro dito que ressalta a importância da finalização dos projetos. Outra maneira de colocá-lo em linguagem popular brasileira seria “Iniciativa não é nada, acabativa que é tudo”. Estes são apenas uns poucos exemplos de como contos e provérbios da terra podem ser usados pelo missionário.



O obreiro que souber procurar, certamente terá à sua disposição um rico arsenal de histórias, lendas e provérbios que podem ser utilizados para falar de verdades bíblicas. O seu uso o tornará simpático à população local, demonstrará sua valorização da cultura da terra e fará com que sua mensagem seja entendida mais facilmente. É uma excelente opção na busca da transmissão contextualizada da palavra.





O segundo caminho a percorrer pelo missionário contador de histórias é o das histórias bíblicas. Não é por acaso que as Escrituras são repletas de histórias para ilustrar suas lições. 

Num contexto de cultura oral e contos tradicionais, as histórias da Palavra se tornam mais vivas do que podemos imaginar. Provavelmente os ouvintes do missionário terão mais facilidade em compreenderem muitas dessas histórias do que o próprio obreiro. Tem sido essa a nossa experiência na África. 

Quando falamos da luta entre Ana e Penina ou da rivalidade entre Raquel e Leia, as mulheres entendem perfeitamente, pois vivem num contexto de poligamia e sabem o que significa a luta por ter mais filhos que sua concorrente. Afinal, elas são valorizadas quase que unicamente como produtoras de crianças. As histórias que falam das atividades diárias, da agricultura e criação de gado ou que narram as lutas entre lideres tradicionais tocam poderosamente o homem e a mulher africanos e certamente em outros continentes também.

 O missionário sábio deverá aprender a buscar essas histórias e a basear suas mensagens nelas. Precisamos reavaliar nossa apreciação do antigo testamento pois ele esta muito mais perto das culturas a que ministramos do que de nossas culturas. O obreiro precisa desenvolver a arte de contar esses episódios de forma viva. Pode e deve contextualizá-los aproximando os relatos da realidade local. Quando se fala de frutas, animais ou fenômenos que não existem na região, será preciso adaptar. Será o caso ao se falar de ursos, videiras ou neve na África subsaariana. Ficará mais fácil passar o recado de Deus tendo em conta uma história bíblica do que tentando falar em princípios e conceitos abstratos.



O terceiro caminho que o missionário contador de histórias deverá trilhar é o da criação de histórias. Reconheço que aqui a natureza poderá ter dotado alguns de mais criatividade do que outros, mas a verdade é também que a criação de histórias é um processo que pode ser aprendido e exercitado e mesmo os menos imaginativos podem chegar a se tornar bons criadores de contos.  Ler livros de histórias tradicionais e contos clássicos e modernos pode ser útil para iniciar este processo e também encontrar idéias.  



O grande exemplo como sempre é o Senhor Jesus.  O Mestre criou algumas das histórias mais sublimes da literatura mundial. Episódios como o do Bom Samaritano ou do Filho Pródigo, merecem figurar em qualquer seleção de contos universais. Mas as estórias de Jesus eram simples e fáceis. Lidavam com os elementos do cotidiano, falavam de coisas conhecidas do auditório e levavam os ouvintes a conclusões inescapáveis.



Num estudo das parábolas, entendemos estão, que nossas histórias devem ser ligadas ao cotidiano. Afazeres domésticos, transações comerciais, atividades de lazer, particularidades da fauna e flora, relações familiares, questões entre amigos e conhecidos, acontecimentos recentes da vida local e nacional, tudo isso serve de material para ótimas histórias.



O missionário atento não terá dificuldade em retirar do cotidiano os episódios que ilustrarão suas mensagens e servirão de base à sua pregação. Além de simples, essas histórias deverão ter uma conclusão clara e fácil de guardar.  Assim como as parábolas ensinavam ,em regra, uma verdade central, as histórias do obreiro deverão ensinar uma única lição objetiva. Os ouvintes deverão ser capazes de entender da história não somente sua verdade mas também sua aplicação. Devem entender o que será preciso fazer com tal ensinamento. Aqui estará outro ponto fundamental deste tipo de transmissão da Palavra. A praticidade. 



Vezes demais pregamos sermões excelentes, mas que deixam nossos ouvintes sem alteração. Foram brilhantes discursos, cheios de argumentação lógica e princípios valiosos. Porém, o auditório não sabe o que fazer com eles além de reconhecer que foi bom e bonito. O missionário deve ter alvos maiores que o elogio dos ouvintes. Não somos enviados a impressionar auditórios, mas a ganhar almas. A Palavra não nos foi dada para entretenimento nem informação, mas para transformação progressiva de vidas. A utilização de histórias, por serem práticas e vivas, leva o ouvinte a entender a aplicação e a saber onde poderá praticar o que ouviu.



Se ensinarmos sobre crer em Deus o crente sai do culto com a convicção de que precisa de mais fé, mas também que não sabe onde obtê-la. Se contarmos histórias de fé ele sai da igreja com idéias bem claras de como exercer sua fé. Se pregarmos sobre o amor cristão incondicional, o ouvinte percebe o quanto está longe de ser aquilo que a Palavra pede e pode concluir que isso é assim mesmo, uns amam mais que outros.  Se contarmos histórias de amor cristão em prática, o crente sai do culto com noções exatas de como poderá mostrar amor ao próximo.  Se pregarmos sobre a Ira de Deus e a necessidade de salvação poderemos levar o ouvinte à convicção de pecado, mas o deixamos sem saber o que fazer para se salvar.  Se contarmos histórias de pessoas que se converteram e como o fizeram damos ao ouvinte um guia para sua própria conversão.  



É a força do exemplo, é o estímulo da ilustração, é o poder da história.



- Lembram-se de histórias que ficaram na sua memória e que lhe ensinaram sobre Deus e a Salvação?
- Conhece bons contadores de histórias? 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Calendários missionários para você baixar e imprimir - 2016


Olá amigos! Continuando nosso esforço de disponibilizar recursos voltados para a conscientização e promoção missionária, desta feita elaboramos dois calendários missionários para vocês baixarem e imprimirem, gratuitamente.

O primeiro modelo tem o foco na importância da evangelização infantil: são duas páginas (tamanho A4), cada qual com calendários referentes a seis meses do ano, e uma frase inspiracional acerca da evangelização e discipulado infantis, sobre a imagem temática.

O segundo modelo tem o foco em países onde é muito pequena a presença cristã. Consta de seis folhas (A4), cada qual abarcando dois meses do ano. Além de uma bela foto do país, há informações básicas sobre o mesmo (população, maiores cidades, religião, língua oficial, classificação na Lista de Países por Perseguição da Portas Abertas e ainda a quantidade de grupos étnicos dentro do país, e dentre estes, os grupos étnicos ainda não alcançados, segundo dados do Joshua Project). E, em cada página, uma frase inspiracional de caráter missionário. Um dos objetivos é lhe despertar a orar sempre pelo país enfocado no calendário!

Você pode baixar os arquivos em formato pdf, para imprimir, e pode ainda copiar as imagens (formato jpg) em seu computador (clique com o botão direito do mouse sobre a imagem, e em seguida em 'salvar' ou 'salvar como'). Assim você poderá, por exemplo, usar a imagem como papel de parede de seu desktop, ou outro uso que achar oportuno.

USE E COMPARTILHE COM SEUS IRMÃOS E AMIGOS!

Para baixar o Calendário Crianças pelo site Scribd, CLIQUE AQUI.
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Caso não consiga realizar o download, solicite-me o envio dos arquivos por e-mail: sammisreachers@ig.com.br


IMAGENS EM ALTA RESOLUÇÃO PARA VOCÊ COPIAR (primeiro clique na imagem, que será ampliada. Em seguida copie ou salve):

Calendário de Crianças


Calendário de Países







segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Projetos Missionários para você participar em suas férias


Muitos cristãos gostariam de ter um maior envolvimento com o trabalho de evangelização e a obra missionária. Mas, seja devido ao trabalho ou estudos, seja por qualquer outro motivo, não têm condições de entregarem-se a um maior envolvimento com a obra. Pois bem, muitas Igrejas, Missões e Agências Missionárias realizam as chamadas missões de curto prazo, que são ações que não duram mais que um mês, e visam a impactar geralmente regiões carentes do Evangelho em diversos estados do Brasil. Tal tipo de Missão é bem comum entre cristãos dos EUAInglaterra e em outros países. 

Apresentamos abaixo alguns projetos de curto prazo, de Missões brasileiras, realizadas nos períodos de Férias (Dez/Jan ou Jun/Jul) nos quais você pode participar. A maioria dos projetos acontece todos os anos (e por vezes duas vezes ao ano), então, caso o número de vagas tenha se esgotado, programe-se para participar na próxima!




Expedição Missionária é um projeto missionário desenvolvido pelo Ministério Água Viva Para O Sertão que tem como objetivo evangelizar o sertão do Piauí. Participe da 12ª  edição, em Janeiro!
Para maiores informações, acesse: http://www.aguavivaparaosertao.com.br/

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64º Projeto Missionário da JUVEP - De 04 a 25 de Janeiro de 2016 - Ajude a plantar uma igreja no sertão nordestino.
Para maiores informações acesse:  http://juvep.com.br/v2/?page_id=1208
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Missão Zero / Movimento Encontrão - Em janeiro eles promoverão dois projetos missionários em sequência: Um em José de Freitas, no Piauí (para maiores informações sobre este projeto CLIQUE AQUI); e outro em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul (para maiores informações sobre este projeto CLIQUE AQUI).
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Missão Antioquia - Projeto Férias 2016 - LOCAL: Hernandarias | Simón Bolívar (Paraguay) e Puerto Iguazú (Argentina )
Para maiores informações acesse:
                                                                 * * * * *
Rally da Misericórdia 13ª Edição - Rio Grande do Sul
Para maiores informações acesse: 
Ou escreva para:  amiva.rallydamisericordia@gmail.com

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A maioria das Agências Missionárias denominacionais (BatistasPresbiterianosAssembleianos, etc.) realiza (ou cremos que deveria realizar) algum tipo de Missão de curto prazo. Para isso informe-se junto a sua liderança, ou junto à sua Convenção e/ou respectiva agência missionária denominacional. E quem sabe a sua igreja em particular não pode promover este tipo de impacto? Com uma prévia pesquisa de campo, treinamento e organização, é possível que sua igreja atinja um município brasileiro carente do Evangelho. Ore, informe-se, una-se a outras igrejas de sua região, e por fim entre em contato com igrejas do município/região alvo, para que vocês possam auxiliá-las e juntos fazerem a boa obra de Cristo.

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Se você participa de alguma Missão, ou tem conhecimento de algum projeto missionário como os relacionados, por favor entre em contato comigo e envie as informações para avaliação e eventual divulgação aqui e em outros canais. Meu e-mail: sammisreachers@ig.com.br

Por favor, para pedidos de informações sobre os projetos, fale diretamente com os responsáveis, através dos links ou e-mails indicados.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Publicações missiológicas do Betel Brasileiro





De tempos em tempos divulgamos aqui livros e principalmente, editoras que esmeram-se na publicação de obras de caráter missionário/missiológico, conscientes da tarefa de suprir a igreja brasileira com recursos e ferramentas de valia para a obra.

Uma das editoras que tem-se destacado nesta tarefa é a Betel Brasileiro Publicações. Segundo a apresentação institucional da entidade, "A Instituição betelina iniciou, em 1935, suas atividades de capacitação de liderança e de evangelização no nordeste brasileiro. A partir de 1968, sob a liderança da professora paraibana Lídia Almeida de Menezes, mediante o propósito e a provisão de Deus e o serviço de seus líderes, alunos, ex-alunos e obreiros, vem expandindo sua atuação para plantação e desenvolvimento de igrejas, missões transculturais, escolas, obra social e publicações. Continua a depender da soberana e graciosa provisão divina para sua manutenção, dia a dia, e continua no propósito de servir, de modo que suas áreas distintas de atividades permanecem como instrumentos de cooperação no Reino de Deus. Com sede em João Pessoa (capital da Paraíba), o BETEL BRASILEIRO PUBLICAÇÕES é membro da ASEC (Associação de Editores Cristãos). Publicou até o ano 2002 a Revista de circulação nacional, RAIO DE LUZ, e iniciou em 2008 a publicação de livros. BETEL BRASILEIRO PUBLICAÇÕES, um dos segmentos da Instituição, é responsável pela edição, publicação, impressão e distribuição de literatura que visa auxiliar o estudo das Escrituras em diversos aspectos da vida cristã e ministerial."

O Betel Brasileiro conta com diversos seminários espalhados pelo Brasil, que oferecem os mais diversos cursos (básicos, graduação e pós-graduação) nas áreas teológica, missiológica e em muitas outras.



Alguns dos livros publicados: Perspectivas do Cuidado Missionário; Cidades para a Glória de Deus; Semeadores - Missionários cristãos contemporâneos 1 & 2 (biografias de missionários brasileiros em atuação ao redor do mundo); Missão e Igreja; Missionários para o Sertão Nordestino; Missões Brasileiras; Missão do Povo de Deus e muitos outros.

Confira aqui os livros atualmente disponíveis no site da editora: http://www.betelpublicacoes.com.br/missoes-

domingo, 22 de novembro de 2015

John Piper: Como devemos amar os muçulmanos

Há muitas respostas para essa questão como também maneiras de fazer o bem e não o mal. “O amor não pratica o mal contra o próximo” (Romanos 13,10). “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13,7). Aqui, há algumas coisas que me parecem precisar ser enfatizadas em nossa época.
Atualização: a menção de amar nossos inimigos não significa que todos os muçulmanos se sintam inimigos ou se comportam com hostilidade em relação aos cristãos. Eles não são assim. Eles são frequentemente receptivos, gentis e afetuosos. O fato é que, mesmo quando alguém nos trata com hostilidade (seja de qual religião for ou que não tenha religião), devemos continuar a amá-los.
Outro esclarecimento é necessário em nosso contexto hoje. Quando digo que o amor nos desafia a fazer o bem de formas práticas que satisfaçam às necessidades físicas, não quero dizer que essa ajuda é oferecida sob a condição de que os mulçumanos se tornem cristãos. O amor prático é um testemunho do amor. O testemunho não pode ser refreado onde ele é mais necessário. Conversões coagidas pela força ou finanças contradizem a natureza essencial da fé salvadora. A fé salvadora é a espontânea aceitação de Jesus como nosso Salvador, Senhor e o mais sublime tesouro. Ele não é um meio para se alcançar o tesouro. Ele é o tesouro.

1. Ore por eles pela bênção plena de Cristo, se eles o amam ou não
Lucas 6.28: Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.
Romanos 12.14: Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis.
1 Coríntios 4.12: Quando somos injuriados, bendizemos.

2. Faça o bem a eles de maneiras práticas que satisfaçam às suas necessidades físicas
Lucas 6.27: Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam.
Lucas 6.31: Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles.
1 Tessalonicenses 5.15: Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal; pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos.
Romanos 12.20: Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isso, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça.

3. Não revide quando ofendido pessoalmente
1 Pedro 3.9: Não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois, para isso mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção…
Romanos 12.17-19: Não torneis a ninguém mal por mal […]. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: “A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor”.

4. Viva em paz com eles, enquanto depender de você
Romanos 12.18: Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.

5. Busque, em prol deles, a feliz libertação do pecado e da condenação falando-lhes sobre a verdade de Cristo
João 8.31-32: Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.

6. Deseje sinceramente que eles se juntem a você no céu com o Pai por lhes mostrar o caminho, Jesus Cristo
Romanos 10.1: Irmãos, a boa vontade do meu coração […] a favor deles são para que sejam salvos.
João 14.6: Respondeu-lhe Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”.
João 3.16: Para todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.

7. Procure compreender o sentido do que eles dizem para que suas afirmações ou críticas sejam baseadas no verdadeiro conhecimento e não em uma distorção ou caricatura
1 Coríntios 13.6: O amor não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade

8. Avise-os com lágrimas que, aqueles que não recebem Jesus Cristo como o Salvador crucificado e ressuscitado que tira os pecados do mundo, perecerão sob a ira de Deus
João 1.12: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus […]
Romanos 10.9: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, crerdes que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.
Filipenses 3.18: Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes, eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

9. Não lhes engane ou lhes dê falsa esperança por dizer: os muçulmanos adoram o verdadeiro Deus
Essa afirmação apresenta a quase todos uma imagem positiva do coração muçulmano, pois eles afirmam que conhecem, amam e reverenciam o verdadeiro Deus. Mas Jesus faz da reação de uma pessoa a ele próprio o teste decisivo da autenticidade da reação da pessoa a Deus. E Cristo é explícito ao afirmar que, se uma pessoa o rejeita como Deus — que concede vida como resgate pelos pecados e ressuscita novamente — essa pessoa não conhece, ama ou reverencia o verdadeiro Deus.

João 8.19: Então, eles lhe [Jesus] perguntaram: “Onde está teu Pai?” Respondeu Jesus: “Não me conheceis a mim nem a meu Pai; se conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai”.
João 5.23: Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.
João 5.42-43: [Jesus disse] Sei, entretanto, que não tendes em vós o amor de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e não me recebeis […].
O amor não induzirá os muçulmanos ao erro ou por aqueles que se preocupam com os muçulmanos aos lhes falar que não conhecem, reverenciam ou amam o verdadeiro Deus se não recebem a Jesus pelo que realmente ele é. Não podemos ver os corações das pessoas. Como podemos saber se conhecem, reverenciam e amam o verdadeiro Deus? Dedicamos nossas vidas para lhes oferecer Jesus. Se o recebem, eles conhecem, amam e reverenciam a Deus. Se não, então não o fazem da forma Ideal. Jesus é o teste.
Esse é o ponto central das palavras de Jesus em Lucas 10.16: “Quem me rejeitar, rejeita aquele que me enviou”. E em Mateus 10.40: “Quem me recebe, recebe aquele que me enviou”. E em João 5.46: “Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim”.

A ação mais amável que poderíamos fazer pelos muçulmanos, ou alguém mais, é lhes dizer toda a verdade sobre Jesus Cristo no contexto do cuidado sacrificial por eles e a disposição em sofrer por eles em vez de abandoná-los, e então, suplicar-lhes que abandonem a vã adoração (Marcos 7.7) e recebam a Jesus Cristo como o Salvador crucificado e ressuscitado para o perdão dos pecados e a esperança da vida eterna. Essa seria nossa grande alegria — ter irmãos e irmãs de todos os povos muçulmanos do mundo.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Revista Visão Missionária SEMAP: Baixe gratuitamente


SEMAP (Serviço de Missões aos Povos) é uma agência missionária da Igreja Evangélica Assembléia de Deus Missão aos Povos do campo de Uberlândia – MG. A SEMAP publica, desde 1999, a revista Visão Missionária SEMAP*, a cada número abordando diversos temas missionários. A revista possui excelente projeto gráfico e, além das notícias e informações, conta com colunas de Russel Shedd e Ronaldo Lidório. Leitura recomendada!

Você pode ler online ou fazer o download das revistas através do site Issuu. Veja todos os números disponíveis CLICANDO AQUI.

*Não confundir com a revista Visão Missionária publicada pela UFMBB.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

CIMA Brasil 2016 - Participe!


CIMA é um evento internacional que há 25 anos tem ajudado jovens a alcançar um relacionamento mais estreito com Deus e promovido treinamentos com o objetivo de capacitá-los a utilizar seus dons e talentos em prol da igreja local e global. Em 2016, pela primeira vez o Brasil sediará um evento CIMA, que acontecerá em Teresópolis - RJ, no mês de janeiro, e que contará com palestras, oficinas e treinamentos, além de período de prática missionária.
O Evento é organizado pela Missão Movida. Movida é um ministério cristão, internacional e interdenominacional cujo propósito é desafiar ao jovem cristão a uma entrega total a Deus e a crescer em sua relação com Ele e prover ferramentas para que descubra seus dons e talentos para um serviço mais comprometido na sua igreja local e na missão mundial. “Movida” é uma combinação de duas palavras: “mover” e “vida” – “Movendo vidas!”

Para maiores informações, acesse:



sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Peça Teatral - O MUNDO PARA CRISTO


O MUNDO PARA CRISTO
Jonathas Braga
Do livro Crianças em Festa (JUERP, 1975)

Personagens:
MUNDO – Um rapaz conduzindo um globo geográfico.
ESPERANÇA – Uma moça, exibindo uma palma verde.
PALAVRA DE DEUS – Uma moça com uma Bíblia.
– Uma moça conduzindo uma candeia acesa.
AMOR – Um rapaz trazendo um ramalhete de flores naturais.
MENSAGEM – Uma moça que segura um escudo no qual está escrita a palavra “Salvação”.
PREGADOR – Um rapaz com uma Bíblia aberta.

CENA I

MUNDO ()

Olhei para este céu que sobre nós fulgura,
tauxiado de rubis de qualidade pura,
e olhei para este mundo imenso, por Deus criado
sem trevas, sem pavor, sem mágoa e sem pecado,
e meditei um pouco... Alcei a minha mente,
buscando a explicação desse mistério ingente:
Hoje tudo é temor, tudo angústias e prantos,
e os que vivem no mundo a lamentar são tantos,
que as crônicas jamais poderiam contá-los
e nem qualquer cadastro humano enumerá-los...

Feridos corações estão agonizando
em dúvidas cruéis que os vão aniquilando,
e almas sem fé em Deus debatem-se no abismo
do mais emocional e horrendo paroxismo!

A paz é uma ilusão e um doce mito a crença
e tudo quanto existe é o tédio e a indiferença,
pois dentro deste mundo enorme por Deus criado
palpita um outro mundo, o mundo do pecado!

ESPERANÇA (aproximando-se)

Por que vos lamentais assim? Ainda existo
e venho conquistar o mundo para Cristo!

(Canta)

“Sim, conquistar
o mundo pra Cristo,
o mundo, sim,
pra Cristo, o Salvador.”

MUNDO

O mundo para Cristo? É Cristo porventura
a solução final da angústia da criatura?

ESPERANÇA

Graças a Deus a luz da eterna maravilha
no tenebroso caos dos corações rebrilha,
e pode transformar em risos de ventura
as dúvidas cruéis de qualquer criatura!

MUNDO (indeciso)

O que vejo, porém, são lágrimas e dores,
receios e apreensões, cuidados e temores,
o vício e a corrupção, o rega-bofe e a orgia,
a fome, a sede, a peste, a morte todo dia...
A dúvida, o pavor, o tédio, a indiferença,
um ceticismo cruel e uma apatia imensa
- eis tudo quanto vejo e tudo quanto existe
no palco terrenal deste planeta triste!

ESPERANÇA

É verdadeiramente um quadro doloroso,
porém o amor de Deus é muito mais grandioso
e pode redimir esses milhões perdidos
de corações sem paz, enfermos e vencidos!
(Retira-se)


CENA II

PALAVRA DE DEUS (aproximando-se)

Palavra de Deus viva, excelsa, penetrante,
sublime, salutar, veraz, vivificante,
a Bíblia é a luz que aclara as íngremes estradas,
tornando ao pecador mais suaves as jornadas
e abrindo-lhe a visão magnífica e risonha
do futuro feliz por que ele tanto sonha.

MUNDO

Livro maravilhoso é a Bíblia, com certeza!...

PALAVRA DE DEUS

É a lâmpada de Deus eternamente acesa,
é a palavra da vida eterna, é o livro santo
que revela ao mortal o verdadeiro encanto
de uma vida de paz e gozo permanente!
É a bússola que guia o nauta inexperiente,
é o código divino escrito em letras de ouro
para nos garantir no céu o bom tesouro...

Nações do mundo inteiro a Bíblia reconhecem,
os sábios e os plebeus, humildes, lhe obedecem
com grande simpatia e extrema reverência,
pois a Bíblia contém a verdadeira ciência
e, muito embora ateus, incréus e materialistas,
pobres néscios sem fé, iníquos e egoístas,
procurem desfazer o que este livro ensina,
debalde o tentarão, que a Palavra é divina
e ninguém destruirá este livro bendito
nem modificará o que ele tem escrito!
Só a Bíblia nos diz que o homem está perdido
e só por Jesus Cristo há de ser redimido,
tornando-se, destarte, uma nova criatura,
segundo o testemunho eterno da Escritura
que é a Palavra de Deus em poder e grandeza!

MUNDO

Livro maravilhoso é a Bíblia, com certeza!...

(Ambos se retiram)


CENA III

FÉ E AMOR (surgem cantando em dueto)

“O mundo vasto, imenso,
Pra Cristo conquistar
Este é o grande lema
Do nosso labutar.
Humilde e desprezado
Por nós na cruz morreu,
Glorificado reina
Na terra e, além, no céu.
Sim, conquistar
O mundo pra Cristo,
O mundo, sim,
Pra Cristo, o Salvador.

(Retiram-se.)


CENA IV

PREGADOR ()

“O mundo para Cristo” – é a suprema divisa
que um futuro radiante ensina e preconiza!
Brasil ou Portugal, as Índias ou a Alemanha,
Austrália ou Israel, Malvinas ou Espanha,
“raças, tribos, nações”, povos do mundo inteiro,
todos precisam crer no Cristo verdadeiro
que, um dia, sobre a cruz, foi por nós imolado
para nos libertar do poder do pecado!
Tal como o ciciar da brisa na folhagem
ou qual o ruído da asa em voo pela paisagem,
assim o amor de Deus aos homens anuncia
a alvorada feliz de um novo e alegre dia
em que a dor se converte em riso, o tédio em gozo,
as lágrimas num hino, em luz o ar tenebroso,
a nênia em epinício, em odes a tristeza
e todas as nações da terra, com certeza,
branco, preto, amarelo, indígena, selvagem,
o pária da ralé, o nobre de linhagem,
malaios, europeus, asiáticos, indianos,
bárbaros ou pagãos, ilhéus ou africanos,
todos hão de saber que Deus amou o mundo
e o seu amor eterno é tão vasto e profundo
que enche o céu, enche a terra, enche todo o universo
da harmonia sem fim da música e do verso,
e invade os corações, enchendo-os de esperança,
de paz espiritual, de gozo e segurança!
(Mostra A Bíblia)
Eis aqui a Palavra eterna da verdade
que estamos anunciando a toda humanidade!
Somos nós, os cristãos, os grandes pregadores
da mensagem de Deus aos homens pecadores,
mensagem salutar de salvação e vida
para fazer voltar ao Pai a alma perdida!
(Retira-se)


CENA V

FÉ E AMOR (cantando em dueto)

“O mundo vasto, imenso,
O povo do Brasil,
Nações além dos mares,
Famílias, tribos mil,
As multidões da Europa,
Da China e do Japão,
A todos proclamemos
A grande salvação.
Sim, conquistar
O mundo pra Cristo,
O mundo, sim,
Pra Cristo, o Salvador.”

(Hino do Cantor Cristão, 427)


Vocabulário
Alcei: Elevei.
Epinício: Poema ou canto em que se celebra uma vitória.
Ingente: Muito grande, enorme.
Nênia: Lamentação fúnebre; canção melancólica.
Paroxismo: Espasmo, convulsão; momento de grande dor.
Tauxiado: Incrustado.

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