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domingo, 25 de junho de 2017

Apresentando as boas novas para os hindus


Como evitar que o pacote se perca, seja roubado ou danificado

O hinduísmo afirma possuir 900 milhões de seguidores em todo o mundo, o que o tornaria a terceira maior religião mundial depois do cristianismo e do islamismo. A grande maioria, mais 827 milhões, vive na Índia.
O evangelho tem contribuído para o bem estar e o desenvolvimento holístico de comunidades marginalizadas, disseminação da educação e da saúde e crescimento de comunidades que cultuam Cristo entre os hindus. Em muitos lugares, porém, os que levam as Boas Novas falham na encarnação do evangelho, de modo que a comunidade não tem oportunidade de investigar a autenticidade das Boas Novas.
Hoje, quando oferecemos as Boas Novas a comunidades dentro do mundo hindu, não somos capazes de separá-las das embalagens culturais do Ocidente. Assim, o que oferecemos é rejeitado porque as Boas Novas ou ficaram perdidas ou danificadas sob as embalagens de uma cultura estranha ou foram roubadas, de modo que tudo o que realmente entregamos é a embalagem.
Infelizmente, ficamos mais confortáveis com símbolos e rituais ocidentais. Nós nos apegamos a eles como se fossem mandamentos bíblicos e somos menos tolerantes com expressões hindus de fé. Comunidades hindus baseiam-se em famílias e comunidades muito bem entrelaçadas. É comum dizerem para os jovens que as práticas da família e da comunidade são más e precisam ser renegadas, de modo que precisam optar entre a família e a fé. A vida deles fica dilacerada por questões de cultura, não de Cristo. O medo de serem extirpados da família é um dos obstáculos para pessoas de formação hindu seguirem Jesus.
A ênfase na conversão cultural em lugar da verdadeira transformação espiritual interior tem prejudicado o evangelho. Temos transportado o evangelho com toda sua embalagem cultural e esperamos que uma civilização antiga, com uma profunda consciência de Deus e fundamentação filosófica e teológica, jogue fora sua identidade, cultura e valores para ficar com nosso pacote. Precisamos nos fazer vulneráveis, atrevendo-nos a desembrulhar as Boas Novas e oferecê-las para que as comunidades possam inspecionar, alterar, aceitar ou rejeitar.
Quando estendemos essa graça a eles em oração, podemos ter a certeza de que o evangelho também irá inspecionar e transformar os hindus, sua cultura e comunidades de maneira singular que talvez nem imaginemos. Relacionamentos profundos caracterizados por aceitação incondicional, interesse genuíno e atitudes não condenatórias levarão as pessoas a examinar melhor as Boas Novas.
O caminho do progresso é o caminho do diálogo em que estamos primeiramente prontos a ouvir, aprender, nos humilhar e a sermos acessíveis; e a partir disso apresentar nossa vida e palavras para serem contempladas por nossos amigos hindus. Nosso envolvimento em diálogo e missão é uma aventura, antevendo surpresas à medida que o Espírito nos guia a um entendimento mais profundo. A beleza do evangelho é que se apresenta de novas maneiras em cada situação, quando permitimos que o Espírito Santo nos dirija.
O caráter maravilhoso do mundo hindu é que a maioria das pessoas acredita profundamente em Deus e está tentando relacionar-se com ele, conhecê-lo, agradá-lo e receber sua ajuda. Deus está empenhado em alcançar os hindus, apesar dos erros que nós, seus seguidores, cometemos em nossas ações missionárias. Como um mestre tecelão, ele é capaz de tecer desenhos grandiosos, se estivermos dispostos a lhe devolver o controle, fazendo-nos vulneráveis, saindo de nossa área de conforto, e lhe permitir que nos corrija, nos ensine e nos mantenha humildes. 
Traduzido por: Lucy Yamakami

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Geografia Missionária da Índia - Paul Mathews



Palestra realizada por Paul Mathews, missionário na Índia, na conferência bienal Todos os Povos Te Louvem Aliança realizado em Belo Horizonte - MG em novembro de 2016 pelo Grupo Povos e Línguas.

domingo, 18 de junho de 2017

Missio Dei X Missio Ecclesiae


Romildo Gurgel
Acho que não é fácil entender o conceito de missão sem que haja um atrelamento entre a missão de Deus e a missão da Igreja. Não há quem perceba que o assunto de missão acontece entre duas direções se é que podemos fazer alguma  distinção. Numa direção, missão está muito presa às ações da Igreja, quanto a sua existência missiológica.  Aqui, serve aos seus ministérios bem ordenados, desenvolvem programas, criam projetos na intenção não só de manter, mas principalmente de expandir-se como Igreja. Um dos conceitos que mais contribui para a expansão nessa argumentação é expandir através do plantio de Igrejas (plantatio ecclesiae), supostamente quando assim acontece em áreas onde não exista igreja no local.
Noutra direção, missão caracteriza também aquelas atividades e projetos que tem em vista um publico bem mais amplo, além dos vínculos da instituição, cujo foco situa-se nas estruturas sociais desfavorecidas que apresentem sinais de injustiça e discriminação.
Em 1974, na cidade de Lausanne – Suíça, realizou-se o Congresso Internacional de Evangelização Mundial que contou com a participação e o tom dos teólogos latino-americanos, e, dentre eles, René Padilla. O documento final desse congresso foi denominado Pacto de Lausanne. Nele, fica claro que o Evangelho deve alcançar o ser humano, em sua totalidade:
A mensagem da salvação implica também em uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, opressão e discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que prevaleçam. Quando alguém recebe a Cristo, nasce de novo no seu reino e, conseqüentemente, deve buscar não somente manifestar como também divulgar a sua justiça em meio a um mundo ímpio. A salvação que afirmamos usufruir deve produzir em nós uma transformação total, em termos de nossas responsabilidades pessoais e sociais.
Perceba que dentro deste aspecto de reino o sentido de missão adquire um caráter mais testemunhal da fé do que de proclamação ou anúncio unicamente.
Assim, cabe aqui citar um texto escrito por Tiago, o irmão de Jesus:
“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo? Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe disser: Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se sem porém lhe dar nada, de que adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta”. (Tiago. 2.14-17 NVI)
Lembramos ainda  aquilo que foi dito pelo Senhor Jesus registrado em Mateus 25:35ss “tive fome (…) tive sede (…) era estrangeiro (…) estava nu, (…) adoeci, (…) estive na prisão, (…)”. As palavras de Tiago 2:14-17 corroboram com estas ditas por Jesus, mesmo assim, devemos ter o cuidado para não super valorizar as obras a ponto de tê-la como meio de salvação, lembrando sempre  as palavras do apóstolo Paulo bastante conhecida em Efésios 2:8-9 “Pela graça sois salvos mediante a fé,  isto não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie”.
Sendo assim, parece razoável que a população marginalizada necessita de cristãos que estejam comprometidos com o que é, de fato, a pregação do Evangelho, dentro de uma perspectiva bem mais ampla. Ela necessita de “pessoas que creem que o propósito de Deus é unir todas as coisas sob a autoridade de Cristo e que definem o significado de sua própria existência à luz desse propósito” (PADILLA, 2009, p. 53). Ou seja, ela necessita de cristãos que vivam uma vida pessoal e comunitária voltadas para o reino e a justiça de Deus. A missão da igreja não é separar-se do mundo, mas ser enviada ao mundo. “Portanto, ide por todo o mundo e pregai o evangelho” (Marcos 16:15), e “Ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1:8).

MISSIO DEI
No ano de 1932, Karl Barth foi o primeiro teólogo a declamar sobre missão como atividade articulada por Deus em uma conferência missiológica em Brandemburgo na Alemanha. Se existe uma missão, essa missão é a de Deus (missio Dei). No entanto o pensamento de Barth atingiu o auge em 1952 na Conferência de Willingen, onde foi revivenciado o termo “missio Dei”. Foi de lá que a ideia de missio Dei emergiu pela primeira vez de uma forma mais esclarecida. Compreendeu-se a missão como derivada da própria natureza de Deus. Ela foi colocada no contexto da doutrina da Trindade, e não da eclesiologia ou da soteriologia.
George Vicedom, nesta mesma conferência, destacou-se pela famosa obra Missio Dei:  Introduction to the Science of Mission. Cuja ênfase foi:
  1. a)      “Deus é o sujeito ativo da missão”.
  2. b)      Deus o Pai enviou o Seu Filho (João 1:1-5 e 1:14)
  3. c)      E ambos enviaram o Espírito Santo (João 14:16)
  4. d)     A trindade envia a Igreja e os crentes em particular, para cumprir a tarefa da Grande comissão (Atos 1:8 e 2:4). Ou seja, Pai, Filho e o Espírito Santo enviando a igreja para dentro do mundo.
Foi nesta conferência que houve o reconhecimento que a igreja não poderia ser nem o ponto de partida e o alvo da missão. A obra salvífica de Deus precede tanto a igreja quanto a missão. Não se deveria subordinar a missão à igreja e, tampouco, a igreja à missão; pelo contrário, ambas deveria ser inseridas na missio Dei que se tornou então o conceito abrangente. A missão de Deus institui a missão da Igreja. A Igreja deixa de ser a remetente para ser a remetida. A missão não é a atividade primordial da Igreja, mas um atributo de Deus. Deus é um Deus missionário. Compreende-se a missão, desse modo, como um movimento de Deus em direção ao mundo; a igreja é vista como um instrumento para essa missão. Deus teve um único Filho e fez dele um missionário.
Como igreja, nossa missão não tem vida própria: só Deus que envia pode denominar verdadeiramente a missão. Nossas atividades missionárias só são autênticas na medida em que refletirem a participação na missão de Deus. A missio Dei é a atividade de Deus, a qual abarca tanto a igreja quanto o mundo e na qual a igreja tem o privilégio de poder participar.  “ Não é a igreja que tem uma missão na terra, é o Deus da Missão que tem uma igreja na terra.” A Igreja não  anuncia ela mesma, o kerigma consiste em saber que: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação” (2Coríntios 5:19). Quem reconcilia é Deus e não a igreja.
A estreita relação do ser da igreja é ser enviada por Deus e é nisso que consiste o  cerne da forma de se fazer a missão. O texto de (João 17:18), deve ser visto como inquebrável, já que não há outra igreja, mas a Igreja enviada ao mundo e nenhuma outra agência missionária, mas a Igreja de Cristo. Aqui merece um sério questionamento aos modelos vigentes de Igreja na atualidade.
Em O Que É Missão Integral?, René Padilla mostra que a igreja que se compromete com a missão integral entende que seu propósito não é chegar a ser grande, rica ou politicamente influente, mas sim encarnar os valores do reino de Deus e manifestar o amor e a justiça, tanto em âmbito pessoal como em âmbito comunitário.
As igrejas precisam rever  as suas ações e  cumprir a missão que lhe foi confiada  para que não esteja alheia ao clamor do povo. Assim como os profetas denunciavam as autoridades quanto à exploração dos pobres, a igreja precisa denunciar a injustiça social, ter voz profética somada com ações que transformam não somente o estado deprimente espiritual, mas também o contexto que elas vivem. Se a igreja falhar na sua voz profética, quem irá clamar serão as pedras contra a missão da igreja. A igreja é a corporificação da missão de Deus na comunidade onde ela está inserida. O maior pecado da Igreja é fechar-se por causa da sua saúde e ignorar a comunidade em volta dela, que sofre toda espécie de alienação. A igreja não pode isolar-se frente ao clamor e a indagação de um povo que sofre e vive a margem da sociedade.
Entendo que se a igreja incorporar a missão que lhe foi atribuída, as metáforas bíblicas ficarão bem mais fácil de serem entendidas, como p. ex., “o sal da terra”, “a luz do mundo”, “uma cidade sobre um monte” e outras semelhantes.
Que o Senhor nos ajude.

Questionário:
1 – Em que consiste a missio Dei?
2 – Quais os principais aspectos da missio Dei?
3 –  Como se deve compreender a missão da Igreja?
4 – Como é a prática da missão da sua Igreja?

BIBLIOGRAFIA
1 – PADILLA, C. René. O que é Missão Integral? Viçosa: Ultimato, 2009.
2 – CABRIAL, Silvano Silas R. Missio Dei. Londrina – PR: Descoberta, 1ª Edição: Janeiro/2005.
3 – BOSCH,  David J. Missão Transformadora, Mudanças de Paradigma na Teologia da Missão. Editora Sinodal, 1998.
4 – http://estudos.gospelmais.com.br/missio-dei.html  – Acessado em 01/10/2013.
5 – http://www.postost.net/2011/01/missio-dei-historical-perspectives-part-1 – Acessado em 01/10/2013.
6 – 
http://conversation.lausanne.org/en/conversations/detail/10505#.UkpPXIY04wI
 – Acessado em 01/10/2013.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Eventos missionários acontecendo pelo Brasil

Colorado do Oeste - Rondônia

São José do Vale do Rio Preto - RJ


Para maiores informações, acesse: 


Marabá - Pará


Região dos Lagos - RJ




sábado, 10 de junho de 2017

Colabore no alcance dos povos não-alcançados do Brasil


Amados irmãos, há alguns anos conhecemos a missionária Amanda Moraes, bem como seu empenho e preparo para hoje poder servir aos povos não-alcançados, dedicando sua vida à expansão do Reino de Deus. Amanda serve através da Missão Novas Tribos do Brasil, que como muitos sabem é dedicada ao alcance dos povos indígenas no nosso país e em outros ao redor do mundo. 
Abaixo publicamos a carta da missionária Amanda, solicitando a ajuda dos irmãos para a conclusão da obra da casa missionária, onde ela servirá junto à outra irmã na aldeia Kassauá da etnia Hixkaryana, no Amazonas.

Olá, irmãos!
Eu me chamo Amanda Moraes, sou a nova membro da Missão Novas Tribos do Brasil e irei servir ao Senhor na aldeia Kassauá da etnia Hixkaryana, essa aldeia fica no rio Nhamundá, no Amazonas. A nossa aldeia conta com aproximadamente 450 indígenas. Os Hixkaryana vivem num total de 11 aldeias, sendo esta a maior.   

Reforma na casa missionária na aldeia Kassauá

A CASA
A casa antes era apenas uma, porém ela foi dividida no meio para poder atender a duas solteiras. Quem reside em um dos apartamentos é a missionária Maria Perpétua, que serve a este povo a quase 16 anos, e no outro apartamento eu irei morar.

O TELHADO
A nossa casa foi originalmente construída por alguns jovens americanos que vieram ao Brasil para alguns projetos de construção, reconhecemos a dedicação desses irmãos, porém, eles não atentaram para a altura do pé direito da casa, e também foi escolhido madeiras de qualidade ruim para a estrutura do telhado. Resumindo, a casa é bem quente por ser baixa demais e deu broca na estrutura de madeira, correndo o risco de um dia ceder.

A VARANDA
A casa, hoje, só conta com uma varanda, porém, devido a questões de terreno, deverá ser feita uma outra varanda para que a entrada da casa seja alterada. Alguns colegas da MNTB, foram em Kassauá para improvisarem uma varanda com cobertura de lona, mas cremos que ela já não deve mais estar assim. E como o pé direito da casa deverá ser acrescido em, aproximadamente, 2 metros, a varanda também precisará acompanhar a nova altura da casa.

Improvisando a cobertura de lona





O Projeto

TELHADO
Irmãos, como mostrado, os problemas nesta casa precisam ser resolvidos para que a nossa permanência nela não seja tão penosa, já há para nós a pena de estarmos tão longe de nossos familiares, amigos e igreja (5 dias de distância), também há a pena de não podermos desfrutar de confortos comuns, como energia elétrica (ainda não temos painéis solares).
A meta para esta casa é trocarmos toda a estrutura do telhado, e isso inclui madeiras, telhas, pregos, parafusos. Pois na retirada das telhas muitas acabam rasgando. E também temos o desejo de adicionarmos manta térmica, o que deixaria a temperatura interna de nossa casa mais fresca, aqui no Amazonas é sol quente quase o ano todo.
Ø  Para a compra de telhas novas fomos informadas que gastaríamos algo em torno de R$5.000,00 e mais o valor dos pregos e parafusos;
Ø  Para a manta térmica gastaríamos dois rolos dupla face de 50m, o que custaria aproximadamente R$350,00 cada rolo;
Ø  Para a estrutura de madeira, nós contratamos um indígena, pois ele conhece bem as árvores boas para este fim, e ele nos cobrou R$4.500,00, destes já foram pagos R$1.500,00

A VARANDA
A casa conta com uma varanda que antes era a entrada da casa, mas descobrimos a pouco tempo que o que jugávamos ser a entrada da casa com um quintal na frente, na verdade tem boa parte de seu quintal pertencendo a outro indígena e para não haver problemas com essa pessoa a mudança da entrada da casa precisa ser feita. Gostaríamos também de telar as duas varandas
Ø  Para o chão a previsão é que se gaste 6 sacos de cimentos de 50 quilos, que está em torno de R$25,00 cada saco;
Ø  Usaremos tela nas varandas com tamanho de 40m X 1,50m o que custaria aproximadamente R$150,00 isso cobriria as duas varandas.

INTERIOR DO MEU APARTAMENTO
O chão da minha cozinha precisa ser refeito, pois está esfarelando, fora que a mudança da cozinha para a sala implicará em nova instalação de água e esgoto, para isso precisaremos de canos e cimentos.
Ø  Para o chão seria, aproximadamente, 4 sacos de cimento de 50 quilos que está em torno de R$25,00 cada saco;
Ø  4 baldes de construção R$10,00 cada;
Ø  Para o encanamento de esgoto creio que precisaremos de canos R$57,00, joelhos R$12,00, sifão R$10,00, lixa R$2,00 e cola R$7,00. Para água, cano R$45,00, joelho soldável R$9,00 e rosqueável R$7,00 e fita veda rosca R$9,00 e luvas R$7,50.

Além de todas essas coisas, ainda há o frete para a aldeia partindo de Manaus, aproximadamente R$1.500,00.

Contato:  amanda.moraes@mntb.org.br

Para ofertar: 
Bradesco
Ag. 2079-6
C/C.: 4050-9
Amanda Moraes Silva

quinta-feira, 8 de junho de 2017

O Pastor e a obra missionária



Kelem Gaspar 

A igreja só será despertada para a obra missionária, através do seu próprio pastor, pois é para Ele que todos os olhos estão voltados e é Dele que se esperam todas as decisões relacionadas à obra missionária.

Tenho conhecido pastores altamente comprometidos com a causa missionária, capazes dos maiores sacrifícios pessoais para que a obra avance. Um deles abriu mão do seu aumento de salário e repassou o reajuste ao qual teria direito para os missionários mantidos por sua igreja. Outro adota missionários até de outras denominações simplesmente pelo prazer de ver a obra crescendo. Os exemplos que eu conheço pessoalmente não são muitos, mas são poderosos. Pastores que estão realmente preocupados com a maneira que se apresentarão diante de Deus. 

O pastor que simplesmente nomeia um secretário de missões e não se envolve, não participa, não oferta pessoalmente, não colabora, não pode desejar ser levado a sério. A igreja sempre seguirá seu líder. Para o bem e para o mal.

O pastor tem a obrigação e o privilégio de fazer Cristo conhecido em todo o mundo através dos esforços de sua congregação, independente de serem bem sucedidos, ricos ou influentes, cada um tem um quinhão de responsabilidade diante do mundo que geme em agonia e, somente se cada um fizer a sua parte concluiremos a grande tarefa entregue a nós na grande comissão. Ouso afirmar que o pastor da mais pequenina igreja das densas selvas amazônicas pode influenciar o mundo colocando-se à disposição de Deus para esse fim.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Do Celeiro à Seara - O momento é agora



O momento é agora

Dentre muitos acontecimentos no meio evangélico, a década de 90 foi marcada por um despertar missionário que até então não tinha acontecido no Brasil. Inúmeras igrejas e líderes acordaram para a realidade de que a Igreja Brasileira tinha crescido em tamanho e maturidade o suficiente para migrar de um país recebedor de gente e de recursos para um enviador de missionários para o plantio de igrejas em outras nações.

Com esse despertar, muitos, especialmente os de fora, começaram a enxergar o Brasil como “celeiro de missionários”: um país que iria inundar as nações com seus evangelistas de Bíblia na mão e samba no pé. A vibração com essa possibilidade foi grande. Muitos missionários foram enviados por se sentirem chamados às nações, ainda que alguns não estivessem com o preparo adequado.

Mesmo sendo um tempo precioso e marcante para o movimento missionário, as expectativas de muitos geraram certa frustração quando as projeções entraram em conflito com a realidade. Em uma frente, o missionário enviado sem o preparo suficiente encontrou no campo um contexto bem mais complicado do que o que ele tinha em mente. A língua era difícil de aprender, as culturas estavam lapidadas em séculos de resistência ao Evangelho, a solidão incomodava de um lado e os conflitos com equipes multiculturais, de outro.

Para muitos, o romantismo foi atropelado pelas dificuldades, gerando feridas que comprometeram a jornada. Na retaguarda, muitos imaginaram que a plantação de igrejas em locais fechados ao Evangelho seria simples e rápida como suas experiências em território brasileiro.

Assim, com pouco tempo dedicado pelo missionário, já se aguardava notícia de dezenas de convertidos e uma igreja sólida plantada. O romantismo se transformou em desânimo e abandono de projetos que estavam apenas começando.

Diante da descrição desse quadro, poderíamos imaginar que o projeto missionário transcultural da Igreja Brasileira estava caminhando rumo ao fracasso. Nada mais errado para se pensar. Ele caminhava, sim, em direção à maturidade. A Igreja Brasileira está em condições de avançar com muito mais maturidade rumo à plantação de igrejas no campo transcultural. É como num namoro que começa com uma paixão adolescente para ir se transformando em um relacionamento duradouro e um casamento sólido. Aprendemos e continuamos a aprender muito. Algumas particularidades dessa caminhada só podem nos dar mais ânimo para avançar.

A Experiência 
Existem igrejas, agências missionárias e missionários com ótima experiência no preparo, no envio e no pastoreio de missionários no campo. Ninguém precisa “começar do zero” ao se envolver com missões. Pesquise, conheça os desafios para a sua igreja e se prepare melhor para orientar seu vocacionado. Converse com outros pastores, líderes de agências missionárias e missionários, tanto brasileiros que estão por longos anos no campo quanto estrangeiros que dedicaram suas vidas à evangelização no Brasil. A troca de experiências é uma das melhores formas para aprender de maneira rápida e eficaz.

O Preparo
Um dos maiores aprendizados dos últimos anos foi que não podemos enviar missionários ao campo sem um bom e adequado preparo. Os desafios são inúmeros, e eles precisam estar com a Teologia afiada, o conhecimento da língua, estabilidade emocional para enfrentar as lutas do campo e um preparo transcultural para fazer frente ao que vão experimentar “fora do ninho”. Muitos missionários retornaram prematuramente porque não estavam devidamente preparados para o que os aguardava, mesmo que estivessem suficientemente “espirituais”.

O Pastoreio
Envolver-se com missões é estender o pastoreio aos quatro cantos da Terra. Ao afastar-se da família, da igreja local e da própria cultura, o missionário naturalmente perde fontes importantes de alimento emocional e espiritual e precisa de um apoio extra e constante de sua liderança. Quando enviamos missionários ao campo, devemos intensificar o cuidado com eles em vez de diminuir. E estamos vivendo tempos em que a tecnologia nos favorece como nunca aconteceu. Com um simples clique, trocamos mensagens, fotos e vídeos com eles em tempo real. Com certeza, poderíamos discorrer muito mais sobre o quanto as missões da Igreja no Brasil amadureceram.

Mas uma coisa é certa: ainda há muito a ser feito. Deus nos tem preparado para grandes obras e já é tempo de deixarmos de ser “celeiro” de missões para sermos uma plataforma ativa de lançamento de missionários transculturais às centenas para os quatro cantos da Terra.

O tempo de se envolver é agora! O Senhor está despertando como nunca os obreiros para a Sua seara. Que possamos todos fazer parte desse despertar.


Por Luís Fernando Nacif Rocha. 
Pastor de missões da Oitava Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte – MG. 

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Dia Internacional pelos Não-alcançados


O dia 04 de Junho foi eleito o Dia Pelos (Povos) Não-alcançados. Isso mesmo, o Unreached Day é um movimento organizado pela Aliança pelos Não-alcançados, organização que reúne diversos ministérios de alcance global. 
Neste site (em inglês), você poderá se informar e ter acesso a diversos recursos: