Antônia Leonora Van der Meer
A glória de Deus é o objeto da esperança religiosa, o conteúdo da revelação universal vindoura. Isaías é o profeta da glória que virá. Esta glória está no contexto da disseminação universal da graça de Deus. Para Isaías a salvação futura das nações e a honra de Israel são aspectos indispensáveis da glória de Deus. O Filho do homem glorificado (12.23) transmite a vida no Espírito a todas as nações. Está a raiar o dia em que o Espírito será enviado para colher a Igreja universal através dos embaixadores proclamadores do Evangelho. Em 2 Coríntios 3, Paulo fala do ministério da Antiga e da Nova Aliança. contrastando com sua glória. Paulo mostra a superioridade do Novo Testamento em relação ao Velho Testamento e a conexão íntima entre glória, Espírito e a Igreja proclamadora. A Glória de Deus era uma revelação do ser divino, e isto se aplica de maneira mais ampla ao ministério do Espírito. Em que consiste essa glória? Não numa luz radiante e visível, mas na glória imaterial do Evangelho. A ousadia da proclamação dos embaixadores de Cristo em contraste com a glória que Moisés escondia dos filhos de Israel (2 Co 3.12-13). É a manifestação da verdade, à luz do Evangelho da glória de Cristo brilhando sobre todos os homens (4 .1-6). A glória de Cristo é manifesta através da vida do Espírito no corpo de Cristo, a Igreja, e é resultado do seu testemunho do Senhor crucificado e ressurreto. A unidade da Igreja não consiste na habitação passiva do Espírito, mas na proclamação do Evangelho e na vida cristã que flui do mesmo. A unidade e a vida de Igreja testemunham a glória de Cristo... ...Assim, a glória de Deus é manifesta na sua graça salvadora que alcança ao homem perdido, sem limites geográficos, nem temporais, nem de mérito. A glória de Deus é expressa na vida nova da Igreja, salva pela sua graça imerecida, e na proclamação do Evangelho, que ilumina os que estão nas trevas (há uma conexão profunda entre glória e luz). A Igreja, a nova humanidade redimida, também renderá a Deus, a glória devida ao seu nome. O cristão agradecido pela graça imerecida que recebeu, movido pelo poder do Espírito Santo, preocupa-se com a glória de Deus que está sendo negada pelos homens perdidos, e preocupa-se com os homens que perecem porque carecem da glória de Deus. A glória de Deus é a grande motivação missionária, que nos faz voltar para Deus, que merece a dedicação e obediência incondicional do homem salvo, mobilizando-nos para o próximo que necessita do brilho e do calor dessa glória, e da vida transbordante que ela produz. Sabendo ainda que o propósito de Deus é alcançar toda tribo, língua, povo e nação. Jamais poderemos nos contentar ou acomodar enquanto não chegarmos a essa proclamação ampla, profunda e clara a todos os homens de todas as gerações.
O texto completo pode ser lido na Revista Capacitando para Missões Transculturais, volume 1 nº1, pág. 55
FONTE: http://cleuzano.blogspot.com/
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