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sábado, 23 de dezembro de 2017

Calendários Missionários 2018: Ásia Central - Baixe e imprima o seu exemplar


Este foi um ano de muitos trabalhos e publicações, pela misericórdia de Deus. Em virtude disto, achamos que não nos seria possível elaborar o já tradicional Calendário Missionário em tempo hábil (ou seja, antes de Jan 2018). Mas Deus é bom em todo o tempo, e conseguimos sim produzir mais este recurso para a promoção e o engajamento missionários.

O tema deste ano é a Ásia Central. Subdivisão do continente asiático que engloba cinco países que foram membros (Repúblicas) da extinta União Soviética, conhecidos por alguns como os "stãos": Tajiquistão, Turcomenistão, Quirguistão, Cazaquistão e Uzbequistão. Embora, em algumas formas de regionalização (pois existe mais de uma) o Afeganistão nem sempre seja incluído entre os países da Ásia Central, achamos por bem listá-lo aqui entre tais países. Embora apresentem variações, o constante nesta região é a presença do Islã, que responde pela esmagadora maioria quando o assunto é religião. É significativo também, em alguns dos países, o número de indivíduos "sem religião", fruto provavelmente da velha política de combate às religiões do regime soviético.
A presença cristã é exígua ou praticamente nula, como no caso do Afeganistão. E tal presença é representada principalmente pela Igreja Ortodoxa Russa. É grande a perseguição aos cristãos: Dos seis países abarcados, cinco estão na lista da Missão Portas Abertas que anualmente elenca os 50 países onde é maior a perseguição à igreja.


São muitas as necessidades missionárias em tais países. Convidamos você a orar especificamente por cada uma dessas nações, durante todo o ano e não apenas nos meses que lhe cabem no calendário. Ore por abertura política e tolerância religiosa; pelo fortalecimento e crescimento da pequena igreja presente em tais países; pela capacitação, envio e sustento de missionários para toda a região; pela tradução da Bíblia para as línguas que pouco ou nada possuem do Evangelho. E por todo outro motivo que o Senhor depositar em seu coração.
Além de uma paisagem do país que ilustra o calendário, cada folha traz ainda algumas informações sobre o mesmo, tais como população, povos não-alcançados (segundo os dados do Joshua Project*), divisão religiosa, principais cidades, bandeira etc.

O Calendário possui seis páginas, formato A4. Você pode baixar o seu exemplar  (em pdf) CLICANDO AQUI.

Baixe, imprima, compartilhe. Mobilize sua igreja, grupo de estudo e família para intercederem. Informe-se e busque apoiar em amizade, orações e recursos a missionários que atuam na região. E mais: A ordem já nos foi dada; VÁ! 

Se você gostaria de obter um outro recurso que pode lhe ajudar no aprendizado e na mobilização missionária em relação a esta região, publicamos há algum tempo uma edição da revista Passatempos Missionários (número 5) dedicada à Asia Central. Para baixar a revista, CLIQUE QUI.

Você pode ainda salvar as imagens individuais do Calendário. Pode compartilhá-las onde desejar, e ainda utilizar como fundo de tela de seu computador ou notebook. Abaixo estão as imagens. Clique com o botão direito de seu mouse, e salve a imagem em seu dispositivo.








* Existem diversos parâmetros para contabilizar-se os povos não-alcançados, e até mesmo para conceituar este termo. Aqui, como mencionado, utilizamos os parâmetros do Joshua Project (Projeto Josué).

domingo, 10 de dezembro de 2017

Antologia de Poesia Missionária Volume 3: Uma seleção de Poemas e Frases para inspirar a Igreja em sua Missão

       
      “A poesia é o idioma mais destilado e mais poderoso”, asseverou a poeta americana Rita Dove, ciente de que a poesia é a melhor maneira de comunicar, e comunicar com grandeza, a verdade. E isto é o que uma heterogênea coletividade de poetas cristãos faz, com rara felicidade, nas linhas aqui coligidas: empregam sua lírica para versejar sobre a mais sublime das tarefas dada a um homem – comunicar a tempo e fora de tempo a Verdade, a Boa-nova de Cristo, e Seu poema escrito em sangue naquele rude madeiro. Sim, trabalhar em Deus e por Deus para a obra de salvação dos demais: sobre tal tarefa e sobre aqueles que a executam se desenvolvem estes versos.
        A produção de grandes poetas de saudosa memória como Mário Barreto França, Mirthes Matias, Jonathas Braga e Celso Diniz une-se à de poetas de agora, colaboradores que gentilmente enviaram seus textos para esta seleta. Além de autores pátrios, contamos com textos de autores de todo o mundo, alguns traduzidos especialmente para esta obra, caso, dentre outros, dos poemas do exemplar missionário e verdadeiro herói da fé dos tempos modernos, Charles Studd; de Sarah Judson, segunda esposa do insigne Adoniran Judson, e do pastor e grande promotor missionário porto-riquenho Luis M. Ortiz. E ainda coligimos textos anônimos, alguns cujo conteúdo adaptamos para vestir-lhes de conotação missionária.
        Mas esta é também uma seleta de frases. Sim, muitas: são 48 páginas de frases sobre a missão da igreja, colhidas em livros, revistas, artigos e ainda por nós traduzidas diretamente do inglês e do espanhol. E ao lado dessas frases escritas ou proferidas eminentemente em contexto eclesiástico/missiológico, por aqueles que promovem, sustentam, pensam e fazem a Missão, reunimos também frases motivacionais de origem diversa, tudo isso com o objetivo de ferramentar a igreja para o cumprimento de sua razão de ser terrena, a qual seja, proclamar a cada povo, língua e nação a boa nova de Cristo.
        Assim, após diligente esforço apresentamos aos leitores esta seleta, neste algo inusitado formato de almanaque literário, já consagrado no primeiro e no segundo volumes desta iniciativa, e cujo motivo de ser e conteúdos visam acima de tudo a despertar e avivar o ímpeto missionário de cada cristão e igreja ao seu alcance.
        Compartilhe esta obra e seus textos das formas que lhe parecerem oportunas, pois os campos branquejam e os segadores permanecem ainda poucos em face da gigantesca seara, cujos meandros de mais difícil e inseguro acesso esperam a manifestação dos filhos de Deus.

      Não temos opção outra senão avançar, até que Ele venha! Maranata!
Sammis Reachers, editor

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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

9 coisas que a IGREJA LOCAL pode fazer por um missionário


Maycon Barroco

1. Oração (É a coisa mais importante);
2. Sustento financeiro (É uma das mais necessárias. Sua igreja local talvez não possa contribuir com valores altos, mas R$ 100,00 mensal para um missionário pode ser muita coisa);
3. Encorajamento (Todo missionário ama ser encorajado e desafiado, uma palavra de encorajamento pode mudar nossa semana); Manter uma comunicação semanal aberta entre os membros da igreja local e os missionários (envio de cartas ou e-mails);
4. Enviar seus membros de tempos em tempos para auxílio na missão (Profissionais ou não, todos podem cooperar de alguma forma no campo missionário);
5. Enviar materiais didáticos para adultos e crianças (Missionários sempre precisam de materiais e geralmente eles não conseguem comprar onde estão);
6. Plano de saúde ou seguro viagem para família (é importante também, principalmente para aqueles que estão em lugares inóspitos);
7. Pastoreio (mesmo à distância é importante essa aproximação e socorro);
8. Verificar se o mesmo tem transporte para suas ações e viagens (às vezes o missionário deixa de alcançar muitas pessoas porque falta um carro, moto ou barco. Uma campanha missionária na igreja, consegue levantar o valor em um mês, sendo que o missionário gastaria em média o ano para fazer o mesmo). 
9. Conceder períodos de descanso ou férias (o missionário necessita de tempo de descanso, ele fica à disposição da comunidade onde trabalha em média 16 horas por dia e isso demanda muita disposição. Se puder tirar ele do campo nesse período, seria melhor ainda. Isso fará bem para sua saúde mental, para sua família, para gerar proximidade com a igreja local e para o mantimento da missão).


quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Pesquisa revela: Brasil possui 15 mil missionários transculturais


Por Felipe Fulanetto*
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Louvado seja o Senhor, sim, exaltamos a Deus por tudo que Ele tem feito no Brasil e através dos missionários brasileiros! Depois de dois anos de dedicação na atualização da pesquisa da Força Missionária Brasileira, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lançou o resultado final no VIII Congresso Brasileiro de Missões (CBM), realizado nos dias 23 a 27 de outubro em Águas de Lindoia (SP).
Hoje somos 15 mil missionários transculturais espalhados no Brasil e no mundo, desde os povos minoritários brasileiros até nas nações de mais difícil acesso. Somos um movimento missionário mais dinâmico e multifacetado do que podemos imaginar.
Alguns motivos de celebração:
  • A pesquisa aponta para um movimento missionário crescente, principalmente no início dos anos 2000 e um novo impulso por volta de 2010, crescendo 8.2% ao ano;
  • Há um grande foco no ministério evangelístico (41,2%) e de plantação de igreja (37,7%), seguindo a tendência notória da igreja brasileira;
  • 23% dos missionários são envolvidos com mais de uma organização missionária nos seus ministérios, demonstrando que o movimento missionário é interdependente;
  • Há um equilíbrio entre as faixas etárias, trazendo uma boa perspectiva de transição de geração.
  • Equilíbrio entre o sexo dos missionários: homens (52%) e mulheres (48%);
  • O bom entendimento das organizações dos pré-requisitos para ser missionário: possuir formação missiológica (59,2%), possuir formação bíblica (65,7%), filiação à uma igreja local (88,1%), possuir recomendação de um(a) pastor(a) ou líder (90,7%), ter caráter cristão (96%);
Alguns motivos de atenção:
  • 11,8% das organizações não oferecem nenhum tipo de preparo missionário;
  • Alto índice de missionários com nível escolaridade até o ensino médio: 30,2%;
  • Baixo índice em treinamentos linguístico (27,6%) e antropológico (39,4%) oferecidos pelas organizações;
  • Baixo índice de cuidado missionário quando ele regressa ao seu país ou cidade (26,3%);
  • 79% e 71% das organizações, respectivamente, não se envolvem com os custos do plano de saúde e previdência social dos seus missionários;
  • 50% das organizações não tem nenhum tipo de plano de evacuação em caso de risco eminente para os missionários;
  • Baixo envolvimento nos ministérios de: cuidado missionário (1,3%), entre os surdos (1,7%), pescadores (1,7%), ciganos (2,2%), hindus (4.8%), budistas (5,4%) e pesquisas (5,9%);
  • 65,8% das organizações relataram dificuldades na área financeira;
  • A cada 3.953 cristãos evangélicos, um missionário é enviado. Precisamos de 13 igrejas para enviar apenas um missionário;
  • Em base nas respostas das organizações que responderam o questionário, a média de oferta para missões dos brasileiros é menos de 2 reais ao mês;
Olhando para estes e outros pontos a serem considerados, devemos responder a seguinte pergunta: estamos preparados para receber e enviar essa força missionária de forma competente e cuidadora?
Acreditamos que o rápido crescimento numérico de missionários transculturais nos últimos anos nos leva a celebrar a bondade do Senhor, mas deve também nos fazer refletir. Por isso fazemos pesquisas, pois acreditamos que a pesquisa missionária é um processo de observação debaixo da dependência de Deus, pois seu alvo é compreender o que Deus fez, está fazendo e como ele direciona a sua igreja no espalhar do evangelho entre todos os povos. Contudo, tendo um olhar crítico, humilde e sincero diante dos êxitos e dos fracassos que cometemos, não acreditamos que são apenas números e estatísticas, mas são vidas sendo representadas.
Que o Cordeiro que tira o pecado do mundo possa nos encher de sabedoria e poder para prosseguirmos na obra que nos foi confiada!
Para acessar o relatório completo da pesquisa, confira no site.
* Felipe Fulanetto é pastor e missionário da Igreja do Nazareno, membro do departamento de pesquisa da AMTB e coordenador da pesquisa Força Missionária Brasileira.

sábado, 25 de novembro de 2017

A oração do missionário Allen F. Gardner


“Oh Deus, o mais santo e misericordioso Senhor, imploro-Te que prepares meu coração agora para uma solene oração. Faze-me sentir humilhado perante Ti por todos os meus pecados e provocações contra Ti. Não olharei mais para mim como pertencendo-me, mas como comprado por preço. E que preço! Senhor, faze que deixe tudo com gozo e Te siga.
Tu, Senhor, puseste em meu coração que me dedique ao serviço entre os pagãos. Se esta é a Tua vontade, que eu seja um humilde instrumento em Tuas mãos para o bem de suas almas. Mas eu sou tão insuficiente quanto indigno de fazer tal serviço. Eu sei, Senhor, que sem Ti nada posso fazer que seja agradável aos Teus olhos, mas ao mesmo tempo creio que contigo todas as coisas são possíveis. Como um menino pequeno venho a Ti. Toma-me, prepara-me o caminho, inclina os corações do Teu povo para prosseguir com minha mensagem.
Mostra-me claramente o caminho do dever. Senhor, se não for a Tua vontade que eu vá aos pagãos, não me deixes desanimar, mas, se for, sê Tu minha luz, meu caminho e meu refúgio. Dirige-me, Senhor, quanto ao que deva fazer, a quem me deva aproximar e aonde deva ir. Se não for por Ti, não desejo dar um único passo. Ajuda-me e apresentarei Tua maravilhosa promessa: ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e Eu vos aliviarei.’
Senhor, estou carregado de orgulho e de suficiência própria. Este é o pecado que, Tu sabes disto, mais facilmente me domina. É minha carga. Salva-me de seu pesado jugo e leva-me a submeter-me completa e prazerosamente ao Teu jogo, que certamente é fácil. Senhor, que tendo posto a mão no arado, não volte atrás! Que Teu poder seja aperfeiçoado na minha fraqueza!


Allen F. Gardner (1794 – 1851), foi um missionário e marinheiro inglês. Esta oração foi escrita quando prestes a desembarcar do navio que o deixaria na África do Sul, onde desenvolveu parte de seu ministério missionário. Mais de uma década depois, Gardner e seus companheiros perderam suas vidas numa viagem missionária à Patagônia. Seu exemplo de fé e sacrifício serviu de inspiração para gerações de missionários.

Do livro Vocação Suprema (histórias da conversão de grandes missionários), de Arnoldo Canclini (Edições Cristãs Editora).


segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Robert Jermain Thomas, missionário e mártir na Coréia



Missionário presbiteriano na China e distribuidor de Bíblias na Coréia hostil, morreu com 27 anos a bordo de um navio que foi invadido por Coreanos. Enquanto os prisioneiros eram levados para a morte, Robert Jermain Thomas (1839 - 1866) distribuiu bíblias aos coreanos, inclusive ao próprio soldado que o executou. Ele se chamava Choon Kwon Park e converteu-se a Cristo ao ver uma paz gloriosa na face do missionário na hora de sua morte e pela impressionante fé dele, que ao invés de tentar fugir de seus perseguidores, nadou até eles para levar uma bíblia. 
Robert Jermain Thomas tornou-se uma lenda, tanto no Norte como no Sul da Coréia: na região Norte, é considerado inimigo do império - aquele que tentou trazer o imperialismo americano - e no sul do país, ele é considerado o primeiro missionário protestante mártir que perdeu sua vida evangelizando a Coréia.
Thomas começou a pregar aos 15 anos. Ele se formou na Universidade de Londres e em 1863 foi ordenado. Casou e partiu para a China no mesmo ano. Dentro de três meses, sua esposa, Caroline (Godfrey), morreu. Um ano mais tarde, ele se demitiu do LMS (London Missionary Society), sentindo que devia ser dada prioridade aos campos não alcançados e  pediu para  ser enviado para a Mongólia.
Enquanto ele estava esperando por reintegração, um encontro casual com dois comerciantes coreanos, católicos secretos, levou-o a negociar uma viagem a esse país onde era proibido distribuir Bíblias. Ele passou dois meses e meio lá em 1865 e aprendeu um pouco da língua. Contra o conselho voltou para a Coréia, em 1866, como intérprete em um navio mercante americano armado e também levando bíblias. Ele chegou em um momento em que o comércio exterior era proibido e uma perseguição feroz aos fiéis católicos estava acontecendo, o que resultou na execução de milhares de pessoas. O navio foi atacado perto de Pyongyang e ninguém sobreviveu. Esse mesmo coreano que o executou, guardou secretamente a bíblia que recebeu de Robert Thomas e se tornou depois um seguidor de Cristo.
Em 1866, apesar das advertências de morte ou a prisão, o assassinato de dez mil católicos coreanos, as ameaças do avanço francês e russo, o não convencional e ousado Robert estava determinado a embarcar em outra jornada para o Reino Eremita da Coréia.

O Legado de Thomas

O trabalho deste galês foi depreciado mesmo algum tempo após sua morte, mas com o passar dos anos, muitos, tanto Galeses  como os crentes coreanos, se tornaram gratos por este indômito  missionário, que deu as sua vida pela causa de Cristo, pois quando embarcou naquele navio ele sabia os riscos que corria; Ir levar bíblias a um país que recentemente  havia executado milhares de cristãos era um negócio de altíssimo risco. Mas essa realidade não trouxe medo a alma deste fiel servo de Cristo.


No País de Gales, ele é relativamente desconhecido, com exceção de alguns lugares. Um deles é a pequena capela em Llanover. Aqui, centenas de coreanos visitam para dar graças a Deus por ter enviado um homem, Robert Jermain Thomas, para a Coréia. Sua vida foi colhida com a idade de vinte e sete anos, mas ainda hoje, sua memória ainda vive nos corações do povo coreano.

Aproximadamente, 50 anos depois um grande avivamento eclodiu em Pyongyang, o local do ataque ao navio. Em 1904, 10.000 coreanos se batizaram, em 1906, 30.000…Em 1907, 50,000. Finalmente, em 1931 uma igreja foi erguida em memória de Robert Jermain Thomas, no mesmo lugar onde foi morto o primeiro mártir cristão da Coréia que tentava distribuir bíblias, mesmo em seu último suspiro.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Quanto tempo leva para discipular uma nação?


Pera lá. Quantos anos de vida possuímos? Nos meus quarentinha (e um!) vejo que já 18 anos se passaram desde que saí do Brasil para a Ásia Central. Os melhores da minha vida. O cara sai de uma equipe de evangelismo do Rio para um sonho de ver um Afeganistão transformado. Mas como assim? O que isso significa? Transformado? Naquela época eu só conhecia a palavra “impactado”. A ideia de um reino moldado na terra por valores que se traduzem em realidade, de maneira incorruptível e eternamente duradouro, não me alcançava ainda.
É interessante uma comparação que penso, há anos, no que diz respeito ao entendimento do meu entendimento enquanto brasileiro sobre a missão transformacional. Uma vez me vi numa sala de aula estudando com outros alunos de países sem a tradição protestante que outros como muitos da América do Norte e Europa têm. Estávamos cursando um mestrado da Universidade das Nações e debatendo o último livro do Vishal Mangalwadi, “O Livro que Fez o seu Mundo: Como a Bíblia criou a Alma da Civilização Ocidental”. O material contém muitos exemplos de como nações a partir da época de Lutero, que possuíram a Bíblia traduzida para a língua do seu povo, começaram a aplicar e transformar suas instituições gerando incrível desenvolvimento humano. Debatíamos e apreciávamos a história, até que nos surpreendemos pelo fato de que nenhum de nós tinha visto até hoje, nos nossos próprios países, a realidade do que significava uma nação transformada.
Muitos ali tinham saído das ilhas do Pacífico e América Latina, onde apesar de terem passado por incrível avivamento missionário, continuavam com seus países infestados de pobreza e iniquidade. Ainda assim, ali todos éramos missionários chamados por Deus e comprometidos a construir o reino de Deus em nações não alcançadas, que apesar de invisível se expressa visível, mas que nós mesmos não entendíamos como trazer à realidade, sem possuir o exemplo de nossos próprios países.
Não é verdade que os países desenvolvidos do mundo sejam a mais pura evidência do que é o Reino de Deus. Porém, é verdade que os países de origem protestante, e isso é fato, criaram sistemas diferentes valorizando a vida humana de tal forma que hoje todos possuem altos índices de desenvolvimento humano. E que esses países possuem uma tradição missionária de séculos, onde pessoas como William Carey saíam com ardor e entendiam que valorizar o indivíduo num sistema de vida e cultura pagão significava montar uma fábrica nova na sociedade geradora de ondas transformacionais que seriam capazes de refletir então o próprio céu na terra. E para onde iam começavam projetos com uma longevidade tal que lhes era necessário entregar todos os anos de suas vidas. Visões como a implantação de universidades, construção de hospitais, fundação de meios de mídia, tradução das Escrituras e o desenvolvimento de outros setores diversos da sociedade que vinham a modificar comportamento e alterar cultura.
Quando cheguei na Ásia Central no final dos anos ’90 pela primeira vez, uma sensação interessante de me sentir em casa tomava conta de mim. Eu havia ido morar no Uzbequistão para aprender a língua e me mudar então para o norte do Afeganistão, onde moravam cerca de 2 milhões de uzbeques que jamais haviam ouvido da Bíblia.
O Uzbequistão, como o Tadjiquistão e a maioria dos países da nossa região, é uma nação fechada, pós-soviética onde suas milhões de pessoas haviam recentemente se libertado do regime totalitário implantado por Lênin e Stalin há mais de 70 anos. Seu povo é relacional, tradicionalmente religioso e pacífico. O seu presidente é até hoje respeitado como alguém que foi contra a ditadura soviética, bradando independência e liderando a transição da criação de sua nova nação. Me lembrava do PT e de outros partidos do qual participei dos comícios desde a minha infância, ouvindo de todos que lutaram contra a ditadura militar e que trouxeram ao país o movimento das Diretas Já.
Eu vejo hoje que o meu país, assim como outros sul-americanos, é muito semelhante aos países da Ásia Central. Os altíssimos impostos, o controle da economia, a manipulação da política, o populismo de nossos líderes, a decadência da saúde e educação e o enorme estado que facilita tanto a imensa corrupção. Me parece que se tivesse que me referir ao meu país, como os colegas americanos e ingleses e alemães fazem, como exemplo do que o deles deveria se parecer, não teria a mínima chance. Na Ásia Central eles ganham de mil ainda de nós no setor segurança, onde não há sequer crime nas ruas. Hoje, alguns de nós brasileiros nos encontramos ameaçados de não voltar ao país se formos ao Brasil, porque eles pensam que irão contrair zika se nos permitirem em seus países.
A que posso me referir para trazer transformação aos setores da sociedade de outros países? Que presunção é a minha de achar que posso sonhar em consertar o país dos outros enquanto o meu anda tão desconstituído? Seria eu impossibilitado de discipular as nações?
É verdade que não possuímos uma matriz a que nos referir. Afinal, nosso país tem sido sempre e é até hoje uma colônia de exploração de commodities, onde hoje nós brasileiros somos os colonos. Isso porque nunca paramos para fundar uma nação com os valores do reino, de maneira totalmente atruísta. A igreja ainda não gerou líderes governamentais com chamado para construir um legado de nação política que reflita o céu na terra. Temos feito isso de maneira indireta, à medida que a igreja se multiplica. E muitas vezes nos contentamos com isso. Porém, salvo em alguns poucos quesitos, o Brasil não é modelo para replicarmos fora. Mas será que isso importa?
“E ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído [discipulado] acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.” Mateus 13:52
Digamos que, como é o caso de muitos, como foi o meu, nós tenhamos que começar uma família sem entender muito o que família significa. Nós geralmente buscamos alguém que respeitamos como pai/mãe de família e fazemos várias perguntas, nos aconselhamos e damos início na prática à nossa própria família. A graça de Deus manifesta o poder do evangelho na nossa história nos fazendo completamente livres. Em Tito 2:11, vemos que a graça tem poder soteriológico (de salvação) mas também pedagógico (de educação). Por isso, possuímos, nesse processo de sermos discípulos, instrução que nos dá o poder de constituir novas gerações com uma cosmovisão completamente diferente da de quando éramos do mundo. Então agora nos encontramos como pais de família. Assim como um dia aconteceu com Abraão.
Abraão se tornou o pai de uma nação através da qual todas as famílias da terra seriam abençoadas. Famílias. Eu posso analisar as atuais diferenças do Brasil com o mundo o quanto eu quiser, e sempre me sentir incapaz de montar uma nação transformada baseado naquilo que eu sei de desenvolvimento. Mas de uma coisa fomos todos feitos capazes. Gerar família. Eu posso sonhar o quanto eu quiser com a transformação do Afeganistão, mas enquanto eu não formar uma família, me casando com a terra e gerando nela filhos, eu não conseguirei perpetuar a vida do Reino naquele lugar.
Para se discipular nações é necessário ir em busca de filhos e filhas em quem você irá entregar todos os seus anos, trazendo à vida, alimentando, vigiando, pagando, dispostos a tudo para buscar o melhor, compartilhando com eles o nosso tesouro, as pérolas que obtemos do Senhor, antigas e novas. Mesmo quando eles andarem em busca da herança que o Pai celestial tem para eles. Sempre os promovendo, acolhendo, buscando, e ensinando a fazer o mesmo, entregando os nossos anos no altar do Senhor como oferta agradável para vê-los fazer coisas maiores que nós. Sei que valerá a pena, e será a chave para ver a história alterada. Essa micro-nação chamada família será a matriz na qual iremos nos basear para buscar a transformação do lugar para onde formos e de todo o mundo. E quanto mais filhos que geram filhos, mais rapidamente veremos que “o reino deste mundo se tornou no reino do Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos.” (Ap. 11:15)
E quanto tempo isso levará? Pergunta pro seu pai e sua mãe!
A.P.P.*
*Missionário e mobilizador para Missões na Ásia Central

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

domingo, 5 de novembro de 2017

Semana Nacional de Oração pelos Quilombolas


Semana Nacional de Oração pelos Quilombolas - 20 a 26 de novembro 

 Os Quilombolas estão entre os grupos menos alcançados do Brasil. Estima-se que 2 mil comunidades não contam com nenhuma igreja ou crente entre elas para lhes anunciar as Boas Novas do Evangelho. A Semana Nacional de Oração pelos Quilombolas tem por objetivo mobilizar através da oração crentes e igrejas locais em favor dos quilombolas. É uma iniciativa da Aliança Evangélica Pró-Quilombolas do Brasil com o apoio de diversas organizações. 

 Faca o cadastro e receba o guia de oração individual ou para a sua igreja, via email.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Conheça os infográficos sobre a obra missionária de MissioGraphics



O ministério Missiographics é um ministério norte-americano que utiliza as artes gráficas para promover a causa de Cristo. São especializados na produção de infográficos de grande qualidade e que retratam a realidade e os números dos assuntos relativos ao cristianismo e à obra missionária, no objetivo de informar e facilitar a tomada de decisões de ação por parte da Igreja.

Os gráficos estão em sua grande maioria em inglês, mas há já gráficos em português, espanhol e em outras línguas. O site permite que se faça o download gratuito dos gráficos, em formato PDF ou JPG, em grande definição.

Eles mesmos explicam os motivos da utilização da infografia:

"Por que Infografia?

É mais difícil do que nunca romper a confusão de informações. Precisamos de novas ferramentas para se comunicar efetivamente. A infografia é uma dessas ferramentas. Você sabia que uma infografia tem 30 vezes mais chances de interagir com um artigo? Ao apresentar os dados visualmente, você permite que mais dados sejam apresentados com mais rapidez com maior impacto!

Como você pode usar Infografia

Infografia é uma ferramenta incrível para envolver seus vários públicos sobre informações importantes que estão afetando seu ministério. Infografias estão sendo usadas ​​para conscientização, angariação de fundos e planejamento estratégico."

Acompanhe o trabalho de Missiographics:

Novo site: https://missionexus.org/missiographics
Facebook: https://www.facebook.com/missiographics
Instagram: https://www.instagram.com/missiographics


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Fé, Amor e Esperança: Um livro gratuito para sua edificação


      Amor (ou caridade), Esperança e Fé: As três principais virtudes cristãs, conforme arroladas pelo apóstolo Paulo no décimo terceiro capítulo da Primeira Carta aos Coríntios, um dos ou talvez mesmo o mais belo capítulo de todo o Novo Testamento. Os católicos chamam-nas de virtudes teologais, que seriam infundidas por Deus no homem, e cuja ação é complementada pelas virtudes cardinais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
      Este pequeno e-book surge por ocasião das comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante, deflagrada pelo monge agostiniano Martinho Lutero. Nesta breve seleta, reunimos nada menos que setecentas e cinquenta citações, duzentas e cinquenta abarcando cada uma das virtudes. São textos notadamente de autores cristãos (reformados e de outras vertentes), mas não somente; autores de outras confissões religiosas aqui comparecem, e mesmo agnósticos e livres pensadores os mais diversos, contribuindo para o entendimento e a reflexão plurais sobre tais temas de infindável profundidade. Assim, mesmo focado na seara cristã, esta pequena antologia é de valia para todo tipo de leitor, todo aquele que tem sua atenção capturada pelo mundo das ideias.
      “Mas, as virtudes teologais: o que tem isso a ver com a Reforma?”, perguntará o leitor mais desatento. E que foi a Reforma, senão um retorno ou esforço de retorno aos fundamentos da fé cristã uma vez perdidos ou obnubilados? Anseio desesperado de tornar às bases e raízes que foram amortecidas ou banidas em troca de conceitos débeis e prostituídos? Se assim entendermos, percebemos que nada há de mais basilar em nossa crença do que o consórcio destas três virtudes capitais. São elas que garantem a simplicidade revolucionária da mensagem dAquele que se ofereceu na cruz.
      Como editor e antologista, esta é minha singela forma de celebrar o reempoderamento da verdade manifesta no entendimento do suficiente poder salvífico da fé, herança maior da Reforma. E também um presente aos leitores.
      Entendo a fé como certeza alicerçante, base de todas as bases, chão do ente feito à imagem de Deus. A esperança é uma rebelião contra um status, revolta primeva e perene contra uma maldição herdada no Éden, que seja, a morte (Gn 3). Esperança é rebelião contra a Queda, contra a sua consequência: Deus puniu e não há recuo, mas ainda assim Deus encontrará em amor uma forma de nos remir. E o elo de tudo, o amor, ah... como escrevi algures, prefaciando o livro de um amigo: Este mistério fundacional da espécie [e do cosmos], a um tempo barco e co-navegante com o Homem sobre o mar do Tempo, esta magna transcendência que desvela o motivo de ser do próprio Universo, o Amor é âmago e imago (imagem) das razões de Deus.  
      Que esta pequena seleta seja de proveitosa e edificante leitura a você, amigo leitor.  Mais que um livro a ser lido, nosso esforço foi para tornar este pequenino volume um livro a ser revisitado.

Sammis Reachers, editor

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Colabore conosco, repassando este e-book para seus amigos e contatos. Você pode ainda disponibilizá-lo para download (sempre gratuitamente) a partir de seu site ou blog. E caso não consiga realizar o download, e queira receber o arquivo por e-mail, escreva para: sreachers@gmail.com

sábado, 21 de outubro de 2017

A Reforma Protestante e a Tradução da Bíblia



Norval Silva

Introdução


A Reforma Protestante do século XVI foi sem sombra de dúvidas um movimento sócio-político. Como tal representou o rompimento com os poderes absolutos de Roma. Porém, mais que um movimento sócio-político, foi um movimento de renovação espiritual, de retorno aos princípios ensinados por Jesus e seus apóstolos.

Os clássicos sola (sola Scriptura, sola gracia, sola fide, etc.), marcaram os pilares do movimento da Reforma. Neste artigo, quero enfocar um destes pilares e afirmar a sua importância para o movimento missionário subseqüente. Trata-se de Sola Scriptura. 

1. A tradução da Bíblia antes da Reforma

Traduzir a Bíblia de suas línguas originais para línguas vernáculas sempre foi uma prática do povo de Deus. Antes mesmo de o Novo Testamento ser escrito, o povo judeu já havia traduzido o Velho Testamento para a língua Grega. Esta tradução ficou conhecida como Septuaginta ou versão dos setenta. Nos primeiros séculos da igreja cristã a Bíblia inteira foi traduzida para línguas como siríaco, armênio, latim, gótico, etíope, etc.
Com o fortalecimento da igreja no ocidente e a adoção do latim como língua da igreja, o processo de tradução ficou esquecido. Anglada, falando sobre o assunto diz: "A Igreja Católica havia se dado por satisfeita com a versão latina de Jerônimo e não estimulava sua tradução para outros idiomas, por considerar a Bíblia um livro obscuro e não apropriado para ser lido por leigos"1

Assim, a Igreja Católica passou a usar quase que exclusivamente o latim. Como o povo comum não falava esta língua nem a entendia, a compreensão do texto bíblico passava totalmente pelas mãos do clero. Os padres liam e interpretavam, à sua maneira, os ensinos sagrados. Nesse período, o que a igreja dizia tinha peso igual ou maior ao que a Bíblia dizia.

2. A Reforma e novas traduções

Lutero, Calvino e outros defendiam as Escrituras Sagradas como única regra de fé e prática para todos os cristãos. Havia porém um problema. Como o povo poderia ler e interpretar as Escrituras se elas estavam acessíveis quase que somente em latim ou em suas línguas originais? Foi então que um esforço enorme pela tradução da Bíblia foi feito. Neste período inúmeras traduções surgiram. Lutero mesmo traduziu as Escrituras para o alemão. A sua tradução foi tão importante para o povo do seu país que estudiosos têm considerado Lutero como o pai da língua alemã. Um primo de Calvino traduziu a Bíblia para o Francês. A famosa versão King James foi produzida na Inglaterra, o sínodo de Dort, na Holanda, promoveu a tradução para o holandês. Meio século mais tarde, mas ainda como fruto da Reforma, João Ferreira de Almeida traduziu a Bíblia para a língua Portuguesa. Desde então, centenas de línguas têm recebido o texto sagrado.

3. A tradução da Bíblia e a expansão do Evangelho

Foi o acesso à Bíblia traduzida e sua comparação com os ensinos da igreja de Roma que provocaram as maiores perdas no rol de membros da Igreja Oficial. À medida em que as pessoas descobriam o verdadeiro ensino bíblico se rebelavam contra todo e qualquer ensino que o contradissesse. Não é à toda que a igreja de Roma tenha feito um esforço enorme para destruir cópias das Escrituras traduzidas. A tradução para línguas de povos considerados não-cristãos, também provocou um grande avanço do evangelho em países como Índia, China, Coréia, etc.

Mais recentemente, as organizações Wycliffe para tradução da Bíblia (fundada por um presbiteriano) e as diversas Sociedades Bíblicas têm produzido traduções em muitas outras línguas do mundo. 
A Reforma mostrou que não pode haver verdadeiro cristianismo sem acesso às Escrituras. Mostrou também que somente as Escrituras devem ser a regra de fé e prática para o cristão.

4. Povos sem a Bíblia

Apesar de todo o esforço por parte dos Reformadores, hoje, em pleno século vinte e um, há ainda mais ou menos 3 mil línguas sem qualquer tradução das Escrituras, nem sequer João 3:162. Creio piamente que é tarefa da nossa igreja traduzir e promover as Escrituras para essas línguas. Aliás, isso está assegurado na nossa Confissão de Fé, que diz:

"O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo estas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, estes livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem..." (Art. VIII).

Meu coração se alegrou sobremaneira ao ver a Agencia Presbiteriana de Missões Transculturais reconhecer a importância desse ministério e considerar a tradução da Bíblia como um dos pilares de atuação da nossa igreja. 

5. Projeto Na'iruz

Cumprindo a nossa Confissão de Fé, estamos envolvidos na área de tradução da Bíblia. O nosso projeto chama-se projeto na'iruz (lê-se nairúi). Esta é uma palavra que vem da língua Guajajara, falada pelo povo do mesmo nome, tribo indígena do Maranhão. Ela significa simplesmente "três". Nosso projeto tem esse nome porque queremos promover as Escrituras na língua de três povos indígenas na divisa dos estados Pará e Maranhão. O leitor que desejar uma descrição detalhada do projeto pode nos escrever solicitando uma cópia ( lauenorval@hotmail.com )

6. Plantação de igrejas e a tradução da Bíblia

A ênfase que os Reformadores deram ao uso das Escrituras nas línguas vernáculas pode ser considerada como um dos maiores ganhos para a cristandade, tanto do ponto de vista educacional e cultural, como de uma perspectiva missionária. Quantos não aprenderam a ler porque queriam ler as Escrituras. Quantos não se tornaram crentes ao lerem alguma porção bíblica. Quantas não são as histórias de colportores no Brasil que ganharam centenas de pessoas para o Senhor simplesmente por venderem-lhes a Bíblia.

Finalmente, promover o acesso do povo à Bíblia em sua língua materna deve ser uma tarefa prioritária em nosso empreendimento missionário. Plantar uma igreja e não promover o acesso dessa igreja às Escrituras na língua materna do povo é correr o risco de ver essa igreja nunca amadurecer, ou ainda pior, enveredar por tradições e costumes que não só não estão contidos no texto bíblico, mas ainda o contradizem. Portanto, para cada programa de plantação de igreja, deve haver um programa simultâneo de tradução das Escrituras. 

"A fé vem pelo ouvir e ouvir a Palavra de Deus". Rom. 10:17.