Estamos cercados por pessoas que vivem no sofrimento,
especialmente neste momento de pandemia do coronavírus. As incertezas, angústias e
o medo da morte dominam os corações e as mentes das pessoas neste mundo. Neste sentido,
para que alguém seja alcançado
pelas bênçãos divinas e possa experimentar a paz e a alegria indivisível de
pertencer ao reino de Deus é necessário a manifestação dos servos de Deus. Quem
são os seus servos? São porventura os que servem a si mesmos ou os que servem a
Deus?
Então, servir a Deus, um ser invisível e
indivisível por seus atributos, que opera no mundo físico e espiritual a sua
vontade, pode ser feito por aqueles que estão em comunhão com Deus e que operam
pela observação da Palavra de Deus. Nesta perspectiva, o que podemos oferecer
ao próximo, seria apenas o pão físico, a despeito de ser legítimo e necessário
para viver. Todavia, quando abro a
Bíblia e a leio enxergo que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra
que procede da boca de Deus. Logo, procuro me alimentar dos favos de mel que
ela produz, a fim poder oferecer um conselho ao “próximo”, ou seja, leia a Bíblia.
Entretanto, para muitas pessoas, o fato de ler
a Bíblia Sagrada não se subtende esclarecimento, pois, evoca-se a necessidade
de alguém explicar e ensinar. Neste sentido, gostaria de convidá-lo a olhar
para o cenário apontado no livro dos Atos dos Apóstolos no cap. 8, a
partir do versículo 26 até o versículo 38, a fim de percebermos o seguinte
episódio: o Eunuco - alto funcionário de Candace, rainha dos etíopes, que
carregava dentro de si a seguinte inquietação: “Não entendo o que leio”. Salvo
se alguém como Felipe, servo de Deus, desse alguma explicação, a fim de que o
eunuco pudesse compreender o amor de Deus, a partir das Sagradas Escrituras.
Por isso, quando
Jesus afirmou: “Examinai as Escrituras porque vós julgais ter nelas a vida
Eterna”. Obviamente que uma pessoa como o eunuco, de pouco conhecimento, não a
entenderia. Mas um crente como Felipe, convertido ao Senhor, saberia dar uma
explicação e sobretudo testemunhar sobre Cristo Jesus.
Neste sentido, a passagem Bíblica citada,
nos chama atenção para quatro atitudes missionais, a partir do entendimento que
missional é uma igreja que compreende ser uma testemunha de Cristo em vida,
obras e palavras, a fim de oferecer o melhor de Deus ao nosso próximo, ou seja,
Jesus Cristo, o Salvador e Redentor de pecadores. A primeira atitude missional diz
respeito à obediência; Felipe tomou a decisão de responder ao chamado do
Espírito de Cristo (V.26). A partir disso, Felipe toma a iniciativa de se
aproximar do eunuco e de abordá-lo com uma pergunta – “Compreendes o que vens lendo?”
O eunuco respondeu: “Como poderei
entender se alguém não me explicar?” Então, esteja você meu irmão e minha irmã
disponíveis para Deus, a fim de explicar e apresentar ao seu próximo, o Senhor
Jesus.
A segunda atitude missional, aponta para a
intencionalidade de Felipe, ou seja, o estado de consciência do seu chamado e
de sua responsabilidade diante de Deus. Por isso, Felipe correu ao lado do eunuco,
a fim de ajudá-lo a compreender o que estava lendo e sobretudo não desperdiçou
a oportunidade de estar ao lado do eunuco para anunciar Jesus (v.30-31). Seja
você meu irmão, esta pessoa para estar ao lado do seu próximo, com o propósito
de ajudá-lo a compreender quem é Jesus, a partir do seu testemunho de vida em
Cristo Jesus.
A terceira atitude diz respeito à disposição
de Felipe, de cumprir a seguinte ordenança de Jesus: “Ide, portanto, fazei
discípulos de todas as nações” (Mat. 28.18). Pois, bem no caminho de Gaza, um
lugar deserto e inóspito, onde muitos de nós não desejaríamos caminhar, pode
ser o local onde se encontre um predestinado à salvação e um discípulo de Cristo.
Como aquele eunuco, que era etíope. Este pediu a Felipe: “Explique a quem se
refere o profeta”. Assim, Felipe anunciou-lhe Jesus, até ao ponto de chegar a
um local, onde havia água para ser batizado. Pois, o coração do eunuco, rendeu-se
ao governo de Cristo, por meio da exposição da Palavra Deus (v. 34-35). Ao
ponto deste alto funcionário público da Etiópia (um equivalente nos dias de
hoje, digamos, ao presidente do Banco Central da Etiópia) seguir o seu caminho
com alegria indivisível, em virtude da salvação. Obviamente que a Bíblia
Sagrada não relata sobre seus passos de fé na sua nação, mas possivelmente, a
sua alegria e a consciência da sua fé em Cristo, o tenha levado a dar
testemunho de Cristo junto à rainha Candace e talvez à sua equipe de trabalho na
corte e dentre o séquito da rainha.
Finalmente, a quarta atitude diz respeito à
disposição de Felipe, de ir além, ou seja, avançar na evangelização de outras cidades
até chegar em Cesareia (v.40). Por isso,
amados irmãos, somos chamados para ir além dos nossos muros geográficos,
atendendo a ordem de Jesus em Atos 1.8: “Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém
(ou Ceilândia) como em toda a Judéia e Samaria (ou outros estados) e até os
confins da terra (ou nações).
Portanto, irmãos,
oferecer o melhor de Deus ao nosso próximo exigirá de nós atitudes missionais enquanto
Igreja missionária, a partir da decisão de obedecer e responder à convocação imperativa
do Espírito de Cristo, ou seja, IDE! Para além disso, agir com intencionalidade,
que é o nosso estado de consciência acerca da nossa vocação ministerial bíblica
e pessoal de fazer discípulos. E, sobretudo, indo além das nossas fronteiras
geográficas e culturais anunciando o Senhor Jesus, pois este é o dever de todo o
cristão.
Rev.
Sergio Rezende
Igreja
Presbiteriana P Sul - Ceilândia - DF
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