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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Crossover Global: Plantando igrejas multiplicadoras entre os não-alcançados

Sara Kyoungah White - lausanne.org
Nesta entrevista, Bill Jones, João Mordomo e Ken Katayama compartilham suas experiências liderando a Crossover Global, uma organização que já plantou bem mais de 2.000 igrejas entre grupos não alcançados e espera plantar mais 4.000 até 2024.
Bill e João tinham 32 e 19 anos de idade quando cofundaram a Crossover Global em 1987, e Ken Katayama, o novo presidente a partir deste verão, tinha apenas 19 anos quando entrou na organização e 25 quando se tornou líder pela primeira vez. Os três também compartilham várias conexões com o Movimento de Lausanne: Bill participou do Encontro de Líderes Jovens de 1987 em Singapura e Ken do Encontro de Líderes Jovens de 2016 em Jacarta, e João atualmente é um co-catalisador da rede temática Negócios como Missão (BAM).
Os três discutem a estratégia que têm usado para o plantio de igrejas ao longo dos anos, como um futuro moldado pela COVID-19 afetará a organização, e o que os líderes mais jovens de hoje podem fazer se tiverem grandes sonhos para o reino. A entrevista é uma bela ilustração do porquê Lausanne acredita tão fortemente nos líderes mais jovens e nas conexões intergeracionais, encarnadas em nossa iniciativa Geração de Líderes Jovens.
O foco da Crossover Global é plantar igrejas entre grupos de pessoas não-alcançadas. Por que vocês escolheram este foco específico quando o plantio de igrejas é necessário em todos os lugares?
João: Ao longo da Bíblia e da história da redenção, o próprio Deus colocou muita ênfase em “todos os povos” – ele quer ser conhecido e adorado por representantes de todos os povos. Essa é a visão gloriosa do livro de Apocalipse que encontramos nos versos 5:9 e 7:9. A razão pela qual devemos fazer discípulos de todas as nações, para declarar sua glória entre todos os povos, não é nada menos que doxológica: porque grande é o Senhor e o mais digno de louvor.
Isso significa que se há algum povo onde o evangelho não está sendo proclamado, onde os discípulos não estão sendo feitos, a igreja deve ir até eles e nós devemos priorizá-los. Hoje existem cerca de 17.000 grupos distintos de pessoas no mundo, e cerca de 7.000 deles não são alcançados. Isso representa mais de 40% dos grupos de pessoas do mundo e mais de 40% da população mundial que não são alcançadas.
Como surgiu a ideia de fundar a Crossover Global?
Bill: Durante meses, Deus estava trabalhando profundamente no meu coração para eu assumir a responsabilidade pessoal pela evangelização do mundo. Foi no Encontro de Jovens Líderes de 1987 em Singapura, no entanto, que assumi o compromisso de lançar a Crossover Global, em um esforço para me juntar aos outros para ajudar a completar a tarefa inacabada de alcançar as nações para Cristo.
Eu conheci o João quando ele tinha 16 anos de idade. Ele participou e eu fui palestrante na mesma conferência por três anos seguidos. Durante esse tempo, construímos um relacionamento. Quando ele tinha 19 anos, logo após eu ter voltado de Singapura em 1987, João ligou perguntando se eu poderia ser seu mentor. Respondi que ele poderia encontrar pessoas muito melhores para orientá-lo, mas se ele quisesse ajudar a começar uma nova organização missionária para alcançar o mundo com o evangelho, então deveríamos conversar. Para minha (e sua) surpresa, ele logo se mudou de Orlando para Atlanta para iniciar a Crossover Global.
19 é muito jovem. Que qualidades você viu no João que o distinguiram como líder? E que qualidades você e João viram no Ken?
Eu rapidamente reconheci que o coração de João era voltado a Deus, seu desejo de crescer, seu caráter piedoso e sua forte motivação para glorificar a Deus entre todos os grupos de pessoas. Ken possui as mesmas qualidades.
Eu acrescentaria a essas qualidades que ambos vivem por prioridades, de forma que nunca sacrificaram suas famílias no altar do ministério; nem vice-versa. Ambos têm corações de servos. Observe-os em uma grande reunião e você notará que eles irão sempre para o fim da fila, e não para frente.
Mas a qualidade pela qual sou mais grato é que nos amamos profundamente um ao outro. Uma de minhas lembranças mais preciosas ocorreu em uma reunião para nossa equipe de liderança global. Durante um momento de oração, Ken começou a orar por mim, mas teve que parar de orar porque tinha ficado muito emocionado. Então, João disse ao grupo que terminaria a oração de Ken. Entretanto, ele não também não conseguiu orar porque também se tornou emotivo. A questão é que nunca oram por mim. Na verdade, não. A questão é que realmente amamos muito uns aos outros.
No início da história da Crossover Global, os objetivos de plantação da igreja estavam nas dezenas e centenas. Em 2011, como vocês deram o salto para ter como objetivo plantar 2.000 novas igrejas até 2020?
João: Quando nossa equipe de liderança global se reuniu em 2011 para considerar em oração o que o Senhor tinha reservado para nós, sabíamos que o Senhor queria que fizéssemos mais e melhor do que tínhamos feito anteriormente. O desafio precisava ser tão grande que só Deus poderia realiza-lo. Ele nos levou ao número 2.000.
Em 2018, parecia que havia uma chance de não alcançarmos a meta. Entretanto, a beleza de plantar igrejas multiplicadoras é que elas se multiplicam! A curva de movimento pela qual estávamos orando e com a qual contávamos começou a fazer efeito, e acabamos plantando todas as 2.000 igrejas até outubro de 2019, mais de um ano antes do previsto.
Isso é incrível! Imagino que plantar tantas igrejas em apenas 8 anos não acontece por acaso. Deve haver uma estratégia que vocês usaram.
Bill: Sim, nós o chamamos de Ciclo de Multiplicação do Ministério (MMC) – mas não o vemos como uma técnica ou modelo. Pelo contrário, nós o vemos como a estratégia bíblica com quatro táticas usadas por Jesus e aqueles que ele treinou e aqueles que eles subsequentemente treinaram. Passamos dois anos estudando o ministério de Jesus e aprendemos muito com as Escrituras. Em nosso estudo, descobrimos uma enorme ênfase na multiplicação e mobilização, à medida que Jesus transformava pessoas de fora em novos crentes através da evangelização, novos crentes se tornavam seguidores comprometidos através do estabelecimento, seguidores comprometidos em trabalhadores efetivos através do equipagem, e trabalhadores efetivos se transformavam nos cristãos do mundo através da extensão.
Outra nota importante sobre nossa estratégia – temos um ditado na Crossover Global que diz que a Grande Comissão não é algo que acontece do Ocidente para o resto do mundo, mas do alcançado para o não-alcançado. Não somos uma organização norte-americana que trabalha internacionalmente. Somos uma organização verdadeiramente global. Em um sentido geográfico, somos policêntricos. De uma perspectiva de liderança, nossos 20 líderes mais sêniores são de pelo menos doze países, principalmente do Oriente Médio e da Ásia.
Dada a pandemia da COVID-19, estes são tempos bastante turbulentos para os líderes. Ken, como novo presidente da Crossover Global, você acha que sua liderança terá que ser diferente?
Acredito que é muito cedo para compreendermos plenamente os efeitos a longo prazo da COVID-19 para os líderes globais. Mas há dois ajustes importantes aos quais, como líderes globais, devemos prestar atenção.
Primeiro, um mundo virtual. Isto não é novidade, mas acredito que a COVID-19 acelerou o processo de digitalização na forma como trabalhamos. Alguns encontros e reuniões globais que costumavam ser feitos pessoalmente antes da COVID-19 provavelmente serão substituídos por reuniões virtuais online, treinamentos virtuais e formação de equipes virtuais. Esta possível substituição fará sentido para a administração de fundos e tempo. Vejo uma grande oportunidade para reorganizar o pessoal global de uma perspectiva virtual, em vez de um aspecto geográfico.
Segundo, um mundo temeroso. Mais uma vez, nada de novo aqui, especialmente considerando o terrorismo global nas últimas duas décadas. A pandemia global trouxe um novo tipo de medo para nossa sociedade global. Novos padrões de distanciamento social, espaço pessoal e viagens internacionais mudarão o nosso modo de funcionamento. Precisaremos adaptar nossas práticas de curto prazo, grandes reuniões globais e esforços de mobilização.
Quando se trata de alcançar os 7.000 grupos etnolinguísticos restantes que ainda não têm ou quase não têm acesso ao evangelho e a meta da Crossover Global de plantar 4.000 novas igrejas até o ano 2024, ainda estou lutando para entender o impacto da COVID-19. Considerando que grupos de pessoas não-alcançadas precisam de pessoas enviadas como trabalhadores pioneiros para pregar o evangelho (Romanos 10), pode-se concluir rapidamente que é impossível fazer um trabalho pioneiro enquanto nos distanciamos socialmente. Mas eu acredito firmemente na promessa de Jesus de construir sua igreja, e nada, nem mesmo a COVID-19, vai detê-la.
Finalmente, que incentivo ou conselho você daria aos líderes mais jovens de hoje que sonham em começar algo grande para Deus?
João: Quando consideramos fazer grandes coisas por Deus, devemos primeiro perguntar: “Senhor, como eu posso ser melhor para sua glória?” Então perguntamos: “Senhor, o que posso fazer que te traga mais glória? E então podemos dialogar com Deus sobre como Ele pode estar nos chamando especificamente para fazer algo grande por Ele. Não podemos colocar o carro à frente dos bois, o que significa que podem surgir problemas sérios se começarmos a agir sem antes considerar a parte do ser e ter esse diálogo com Deus.
Se você acha que Deus está lhe chamando para sonhar e depois fazer algo grande, isso é fantástico. Só não faça isso sozinho/a! Todas as analogias do Novo Testamento que descrevem a igreja são orgânicas e relacionais. Junte uma equipe e então comecem o grande projeto, juntos. No caso de Bill, ele poderia ter começado a Crossover Global sozinho e depois me convidar, protegendo sua posição de fundador único, mas sua compreensão de como o corpo de Cristo funciona o levou a começar de tal forma que nunca seria capaz de dizer que a coisa era dele. Deus é dono da Crossover Global, não uma única pessoa. A maioria dos empresários adota esta abordagem, e com boa razão. Conseguimos ir mais longe e melhor, quando vamos juntos.

Ore Conosco

Por João Mordomo
Senhor Deus, sois grande e glorioso, e digno de ser conhecido e adorado entre todos os povos. Por favor, continuai a suscitar novas gerações de jovens servos comprometidos, altruístas e ousados que estão dispostos a ir onde ninguém mais vai, fazer o que ninguém mais está fazendo e arriscar o que ninguém mais está arriscando, para o bem comum e a glória de seu Rei!

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Frases e algumas ilustrações sobre a vida de Albert Schweitzer



O PODER DE UMA MENSAGEM 

Um folheto escrito por Alfred Boegner foi o elemento importante na decisão de Albert Schweitzer para deixar Paris e marchar para a África.
Um dia, tarde da noite, Schweitzer regressou da universidade onde trabalhava como professor. Estava tão cansado que prestou pouca atenção às cartas que sua governanta havia colocado em sua mesa, então olhou-as rapidamente, até que uma revista com uma capa verde chamou sua atenção. Folheando-a, foi atraído por um artigo escrito por Alfred Boegner intitulado: "As necessidades da Missão no Congo".
"Aqui sentado na África", escreveu Boegner, "oro a Deus pedindo que os olhos de alguém em quem o olhar do Senhor já tenha caído, leia e responda a esse chamado dizendo: 'Eis-me aqui, Senhor.'"
Comovido pelo poderoso e fervoroso convite de Boegner para ir ao Congo e ajudá-los, Schweitzer inclinou a cabeça naquela noite e orou: "A busca acabou. Eu irei”.
Aquilo o inspirou a se tornar um médico missionário. Schweitzer estudou medicina na Universidade de Estrasburgo, e em 1913 ele estava marchando para a África, onde começou a servir em Lambarene, na África Equatorial Francesa. Seu primeiro hospital na selva começou em uma cozinha.
Quando ele decidiu ser missionário-médico, Schweitzer era o diretor da Escola Teológica Saint Thomas da Universidade de Estrasburgo. Ele já era um renomado escritor, teólogo, pastor e músico. Ele era o melhor intérprete, no órgão, das composições de Johan Sebastian Bach. Mas, sentindo o chamado de Deus, virou as costas a todo prestígio e promessa de sucesso e mergulhou sua vida na obscuridade da África.
O compromisso total de sua vida de serviço em nome de Jesus Cristo teve seu início no artigo escrito por um missionário desconhecido que servia no Congo.
José Luis Martínez - 502 Ilustraciones Selectas



PERDA DE VIDA E VITÓRIA – DE PRINCESA DO FÚTIL A SERVA (ÚTIL) DE CRISTO

Marion Preminger (1903 - 1972) é um exemplo vivo do que disse Jesus sobre perder e ganhar a vida. Ela nasceu em 1913 na Hungria e cresceu em um castelo com sua família aristocrática, cercada por empregados, tutores, governanta e motoristas. Sua avó, que morava com eles, insistia que quando viajassem eles levassem seus próprios lençóis, porque ela achava que era rebaixar-se o dormir entre lençóis de pessoas comuns.
Enquanto estudava na escola em Viena, Marion conheceu um jovem médico muito bonito. Eles se apaixonaram, fugiram e se casaram quando ela tinha apenas dezoito anos. O casamento durou apenas um ano. Ela voltou para Viena e começou sua vida como atriz.
Ao ensaiar uma peça, ele conheceu o brilhante diretor de orquestra alemão Otto Preminger. Eles se apaixonaram e se casaram. Logo depois eles se mudaram para os Estados Unidos, onde ele começou sua carreira como diretor de cinema. Lamentável e tragicamente Hollywood é um lugar de dramáticos exemplos de pessoas que se mordem e devoram umas às outras. Marion estava deslumbrada com o brilho, as luzes e a emoção superficial da vida de Hollywood e começou a viver o tipo de vida próprio do lugar. Quando Preminger descobriu, ele divorciou-se dela.
Marion voltou à Europa para morar em Paris. Em 1948, ela soube pela imprensa que Albert Schweitzer, o homem de quem ela tinha ouvido falar quando era criança, estava fazendo uma de suas visitas periódicas à Europa e estava em Gunsbach. Ela ligou para a secretária de Schweitzer solicitando uma consulta, que foi concedida para o dia seguinte. Quando Marion chegou a Gunsbach, descobriu o missionário tocando o órgão no templo do lugar. Ela ouviu a música e o ajudou virando as páginas da partitura para ele. Ele a convidou mais tarde para comer juntos em sua casa; no final do dia ela sabia que tinha encontrado o que procurara por toda a sua vida. Marian acompanhou Schweitzer durante todo o resto de sua estadia na Europa e quando ele voltou para a África ele a convidou para ir a Lambarene e trabalhar no hospital.
Ela fez isso, e se encontrou. Lá em Lambarene, a jovem que nasceu em um castelo e cresceu como uma princesa, acostumada a viver com todos os tipos de luxos e como uma mulher caprichosa, se tornou uma servente. Dedicou-se a trocar ataduras, dar banho nas crianças e alimentar leprosos... e se libertou. Marion escreveu sua autobiografia e a intitulou All I Euer Wanted Was Everything (Tudo que eu sempre quis foi tudo). Ela não conseguiu o "tudo" que lhe daria satisfação e significado, até que ela desse tudo. Quando ela morreu em 1979, o jornal New York Times inseriu a notícia em sua coluna obituária, que incluía uma frase de Marion: "Albert Schweitzer disse que existem apenas dois tipos de pessoas neste mundo: aquelas que ajudam e aquelas que não ajudam. Eu sou alguém que tentou ajudar".
José Luis Martínez - 503 Ilustraciones Escogidas



GANHAR DINHEIRO OU SALVAR ALMAS?

Palavras de Albert Schweitzer
O grande médico da África, o missionário Albert Schweitzer, foi convidado para um jantar em casa do presidente do Senado de Bruxelas (Bélgica), do qual participaram membros do governo, e a rainha-mãe, Elizabeth. Uma senhora presente, pensando fazer-lhe uma lisonja, disse:
"Senhor, eu não faria o que o senhor está fazendo no centro da África para a redenção dos nativos nem por um bilhão de esterlinos". Ele respondeu simplesmente: “Moi nonplus, madame.”
"Tampouco eu, minha senhora".
O alvo desse importante homem, deve ser também o alvo de cada obreiro! - Ganhar Almas para Cristo!
D. P. Silva - Mil Ilustrações



VOCAÇÃO PARA CUIDAR DO PRÓXIMO

Em 1913, o médico Albert Schweitzer e sua esposa viajaram para Lambaréné, na África Francesa (Gabão). Num consultório montado em um antigo galinheiro, ele começou a atender pacientes com uma variedade de enfermidades: febre do pântano, malária, lepra, reumatismo, feridas abertas, insônia, diarreia e ocasionais casos de elefantíase. Sua esposa, Helene, era sua enfermeira, e Joseph Azvawami, um nativo que falava oito dialetos, seu intérprete. Ele dizia: “O que o mundo mais necessita é de homens que se dediquem às necessidades dos outros homens”.
Edino Melo - 1002 Ilustrações para Sermões



O ORGULHO DE SABER UM POUCO

Há frequentemente a circunstância de que quanto mais você estuda e conhece, mais humilde se torna, porque percebe que mal sabe. Pelo contrário, aqueles que sabem muito pouco, e praticamente ainda o ignoram, às vezes pensam que são muito sábios. Dizem que o grande missionário Albert Schweitzer, que era muito culto e um mundialmente reconhecido intelectual multifacetado, estava um dia arrastando um tronco de árvore para usá-lo no prédio do hospital missionário em Lambarene (África), quando passou por ele um nativo que acabara de aprender a ler e escrever. Albert Schweitzer pediu ajuda e esse homem respondeu: "Não preciso arrastar troncos porque sou um intelectual". Ao que o missionário respondeu: "Você teve sorte, amigo, eu tentei isso a vida toda e ainda não consegui". Então ele continuou puxando o tronco. Quantos andam pela vida inchados de orgulho, acreditando que sabem, sem perceber que os mais sábios reconhecem que mal sabem! Paulo recomenda em Romanos 12:3 que " ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter".
José Luis Martínez - 502 Ilustraciones Selectas



EXEMPLO DE COMPAIXÃO

O Dr. Albert Schweitzer em 1913 começou o seu trabalho como missionário médico em Lambaréné, na África Equatorial Francesa. Com o tempo Schweitzer construiu ali um grande hospital e base missionária. Milhares de africanos foram tratados no hospital a cada ano.
Em 1952 ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho em África. Mas em vez de usar o alto valor do prêmio em suas próprias necessidades, ele usou o dinheiro para expandir e melhorar o hospital e construir uma colônia de leprosos.
Quando Schweitzer foi pela primeira vez à África, estava tratando uma vez um homem que apesar de gravemente doente, tinha ainda a esperança de que o missionário cristão fosse capaz de curá-lo.
Olhando para o rosto tranquilo do médico, o africano perguntou:
- Quem te enviou aqui?
A que o compassivo médico respondeu:
- O homem de Nazaré me enviou.
José Luis Martínez - 502 Ilustraciones Selectas


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FRASES de ALBERT SCHWEITZER


"Nós jamais podemos experimentar a vida sozinhos, mas devemos partilhar a experiência da vida que acontece ao nosso redor."

"O mundo tornou-se perigoso, porque os homens aprenderam a dominar a natureza antes de se dominarem a si mesmos."

"A nossa civilização está condenada porque se desenvolveu com mais vigor materialmente do que espiritualmente."

"Só são verdadeiramente felizes aqueles que procuram ser úteis aos outros."

"Não há heróis da ação; só heróis da renúncia e do sofrimento."

"Para nós os grandes homens não são aqueles que resolveram os problemas, mas aqueles que os descobriram."

"A quem me pergunta se sou pessimista ou otimista, respondo que o meu conhecimento é de pessimista, mas a minha vontade e a minha esperança são de otimista."

"Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo faz enrugar a alma."

"Não devemos contentar-nos em falar do amor para com o próximo, mas praticá-lo."

"A quem o sofrimento pessoal é poupado, deve sentir-se chamado a diminuir o sofrimento dos outros."

"A tragédia da vida é o que morre dentro do homem enquanto ele vive."

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes."

"Um homem é verdadeiramente ético apenas quando obedece sua compulsão para ajudar toda a vida que ele é capaz de assistir, e evita ferir toda a coisa que vive."

"Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única."

"Assim como o sol derrete o gelo, a gentileza evapora mal entendidos, desconfianças e hostilidade."

"O erro da ética até o momento tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens."

"Não sei qual será o seu destino, mas uma coisa eu sei: os únicos dentre vocês que serão realmente felizes são os que procurarem e encontrarem um meio de servir."

"O verdadeiro valor de um homem não pode ser encontrado nele mesmo, mas nas cores e texturas que faz surgir nos outros."

domingo, 9 de agosto de 2020

Curso online gratuito: ACT - Até os Confins da Terra



A Missão Frontiers oferece o curso gratuito ACT - Até os Confins da Terra.

O curso é virtual e TOTALMENTE GRATUITO, sendo focado no mundo oriental, apresentando roteiros concentrados em: Intercessores, Mobilizadores, Voluntariado e Campo Missionário.

Para maiores informações e inscrições, acesse:

sábado, 1 de agosto de 2020

O ALDEÃO CHINÊS E A SUA BÍBLIA DE DEZ PÁGINAS, uma peça teatral missionária


  
O ALDEÃO CHINÊS E A SUA 
BÍBLIA DE DEZ PÁGINAS

Peça teatral

A peça reflete a situação de cristãos secretos no interior da China. Por tais grupos só possuírem poucos exemplares da Bíblia, muitas vezes apenas um por igreja, ela é rasgada em blocos ou em cada livro, e as partes são distribuídas entre os irmãos, para que todos possam ler e decorar os versículos.
Nosso personagem, que vive numa província onde a circulação de Bíblias tinha sido proibida, fica com o Livro de Romanos, e, tendo sido interceptado por soldados em patrulha, precisa pregar para esses homens, utilizando apenas o fragmento que possui. Ele vale-se da chamada Estrada Romana, que é um roteiro de evangelização baseado unicamente em versículos do livro de Romanos. (Essa explicação ou uma adaptação dela pode ser dada pelo apresentador da peça, a título de introdução).
A peça se presta tanto a representações com foco ou em momento missionário (culto de Missões etc.), quanto referentes ao Dia da Bíblia, e também a propósitos de cunho evangelístico.

Personagens: CRISTÃO (Chaosheng), TENENTE (Win Lu), SOLDADO 1 (Quon), SOLDADO 2 (Kun Lao) e SOLDADO 3 (Meng).


Cena inicia com personagem CRISTÃO caminhando pelo cenário. Ele veste roupas humildes, como de camponês, e leva às costas uma pequena e surrada bolsa ou trouxa de pano. Aproximando-se de outra direção, vem um grupo de quatro soldados uniformizados e armados.
SOLDADO 1 (apontando a arma): - Ei! Você aí! Pare aí!
Parando assustado, CRISTÃO levanta as mãos, rendido, e depois as abaixa. Os soldados o cercam, o revistam e abrem sua bolsa. Encontram pequenas peças de roupa, uma garrafa d’água e um pedaço de algum sanduíche embrulhado num papel. Um dos soldados bebe a água, e outro come o sanduíche. Um deles puxa um pequeno bloco de papel impresso, bastante surrado, de umas dez páginas, representando o livro de Romanos. Começa a ler, e diz:
SOLDADO 1: - Hum... Veja, tenente. Que livrinho estranho... Este parece ser aquele livro dos cristãos!
TENENTE: - Não pode ser, soldado. O livro cristão possui muitas páginas. Deixe-me ver (apanhando com truculência o livrete, e lendo). Realmente me parece suspeito... Sim, é ele mesmo. Você, aldeão, de onde está vindo?
CRISTÃO: - Senhor tenente, eu estava em casa de amigos, onde fui levar algumas abóboras de minha plantação, que me haviam sido encomendadas.
TENENTE: - E este livro cristão? Não sabe que é proibido portar tal livro nesta província? Qual o seu nome?
CRISTÃO: - Senhor militar, é apenas um pequenino trecho, veja você; e apenas para minha leitura particular. Veja como está desgastado e sujo. Quanto a mim, sou o menor dos chineses, e meu nome é insignificante; sou o seu servo, Chaosheng.
TENENTE: - Não importa. O que um humilde agricultor como você faz com esse livro ocidental? Que benefícios ele pode lhe trazer? Que sabe sobre esse engano contrarrevolucionário?
CRISTÃO: - Venerável oficial, nada intento contra a revolução ou nossa mãe, a república chinesa; este pedaço do livro cristão é apenas para minha reflexão. Na verdade, é um livro oriental, vindo do país chamado Israel; e este livro santo é tesouro de sabedoria e saúde para todos os homens, podendo ajudar com boas coisas e conselhos a qualquer um que o ler.
SOLDADO 3: - “Livro oriental”... Ora veja! Temos Confúcio que nos aconselha em todo bom procedimento. Não lhe basta, aldeão?
CRISTÃO: - Camarada soldado, muito aprecio a doutrina moral de nosso antepassado Confúcio; e foi ele mesmo quem disse: “Os homens de mentalidade superior se empenham primeiro em penetrar na raiz das coisas; conseguido isto, abre-se lhes o rumo certo”.  Assim, busco estudar tudo que minhas humildes mãos alcançam; e tenho obtido sabedoria ao aprofundar-me no estudo deste livro. Confúcio nos instrui para esta vida; no entanto, este livro fala desta e da vida vindoura, a vida eterna.
SOLDADO 2: - Esse já teve a mente corrompida pelo livro estrangeiro! Win Lu, vamos espancá-lo ou coisa pior... Esse porco não vale nem a ração que comerá no presídio.
TENENTE: - Quieto, Kun Lao! Eu dou as ordens aqui.
TENENTE (para Cristão): - Sabe, cristão... Minha avó tinha uma Bíblia. Eu nunca a li, pois sempre soube que era um livro contrarrevolucionário. Mas me lembro de que era um livro bem grande... E você aí, com essas dez folhinhas, dizendo que seu livro é santo e bom e que pode nos ajudar! Como, cão? Diga: Como essa reles e incompreensível migalha pode conter algo de bom?
CRISTÃO: - Senhor tenente, com sua licença lhe afirmo que este livro não é contrarrevolucionário, mas ele próprio é uma revolução. Não política, não terrena, mas nos corações dos homens. Esse livro fez uma mudança em meu coração sombrio, e pode fazer da mesma forma no coração de todos aqui.
SOLDADO 3: - Não ouviu o tenente, traidorzinho? Que livro, se tudo o que você tem são dez páginas amareladas?
CRISTÃO: - Pois acreditem em mim: Apenas este humilde pedaço é suficiente para comunicar os melhores conselhos que um homem poderá obter em sua vida.
SOLDADO 3: - Bah! Veja o que este traidorzinho do campo diz! Teu livro então é maior do que o Tao Te King, o Livro das Virtudes de nosso antepassado Lao Tsé?
SOLDADO 2: - É um puxador de carroças, e amargará alguns bons anos de cadeia e fome! Onde já se viu, um livro “revolucionário”! Se o fosse não seria usado por norte-americanos...
CRISTÃO: - Nobre soldado, este não é um livro norte-americano, e sequer ocidental; conforme disse, todo ele foi redigido em Israel, no Médio Oriente, muito antes de existirem os Estados Unidos... Nosso antepassado, o sábio Lao Tsé, falava-nos do Tao, o estado de pacificação mental e reunião na unidade. Uma doutrina dura e fria, confusa para os humildes. No entanto, este livro traz revelações que até uma criança pode compreender, e uma estrada segura para a salvação de nossa triste condição humana!
TENENTE: - Oh, o caipira tem conhecimentos! Agora nos dá aulas de Geografia e de História das Religiões? Que seja, caipira. Pois lhe faço um desafio: Se este livro é mesmo revolucionário “para os corações dos homens”, se este livro é sagrado, se este livro é mesmo a forma do tal Deus verdadeiro se comunicar com os homens e ajudá-los, leia-o. Leia estas poucas folhas esfarrapadas e prove que apenas nelas há tanta sabedoria, superior mesmo a Confúcio e Lao Tsé! Sua vida depende disso, “plantador de abóboras”.
SOLDADO 1: - Sim, camarada tenente! Se o tal Deus existe e o livro é inspirado desde os céus, essas poucas páginas bastarão para nos convencer. Quem sabe não larguemos até mesmo a bebida e as jogatinas (gargalha).
CRISTÃO: - Nobres senhores, com prazer lhes apresentarei, humildemente, o pouco conteúdo que possuo aqui, da Palavra de Deus. No entanto, rogo que me permitam fazer uma breve oração, para pedir a Deus que me ilumine.
SOLDADO 2: - Hahaha! Pois faça, velhaco! Mas faça sua reza em voz baixa. Melhor, reze em silêncio!
(O Cristão abaixa a cabeça, chega as folhas da Bíblia ao peito e ora em silêncio por alguns segundos. Antes que ele acabe, um dos guardas [SOLDADO 1] lhe dá um pontapé no traseiro, dizendo):
SOLDADO 1: - Como é, cristão? Já basta.
CRISTÃO: - Veneráveis amigos, antes de iniciar, lhes recordo que possuo apenas uma muito pequena parte do Livro Santo. No entanto, já a li bastante e com grande proveito, e creio que, pela graça de Deus, posso compartilhar seu maravilhoso plano para socorro dos homens a partir destas humildes páginas. A Bíblia foi escrita ao longo de milênios, por mais de trinta autores diferentes, muitos dos quais sequer sabiam uns dos outros. Seu conjunto é composto por 66 livros que, uma vez reunidos, formaram um todo harmonioso e coeso. Este fragmento que possuo é o livro de Romanos. Trata-se de um tipo de carta que um grande autor cristão enviou para o povo da antiga Roma imperial. Comecemos por este trecho, em Romanos 1.20,21. Tais numerações referem-se às divisões inseridas no texto, sendo a primeira referente ao capítulo e a segunda ao versículo, para que se possa melhor memorizar e estudar as escrituras (sendo bruscamente interrompido)
SOLDADO 2: - Pare de nos enfadar com explicações e leia o maldito livro!
CRISTÃO: - Mil perdões, honorável soldado. Lerei e lhes mostrarei: (Lê o trecho):
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.” Amigos, aqui a Bíblia diz que o Deus criador de todas as coisas pode ser percebido nas maravilhas da sua criação; no entanto, muitos homens e povos endurecem seus corações contra este conhecimento, e voltam as costas ao Deus verdadeiro. Perdem-se em vãs especulações! Antes de tudo, precisamos reconhecer que Deus é o Criador de tudo e aceitar nossa posição humilde na ordem e propósito criados por Ele.
SOLDADO 3: - Realmente o Universo é maravilhoso, e talvez tenha sido criado por algum ser superior...
SOLDADO 1: - Veja o que o soldado Meng diz, tenente!
TENENTE: - Quieto, Quon! Deixemos o aldeão expor sua doutrina; isso nunca lhe intrigou? Quem sabe realmente não tenhamos sido criados por alguma inteligência maior, assim como foram criados os objetos como nossos casacos e nossos fuzis, e tudo o que fazem os homens? De mais a mais, comporte-se à altura de um investigador. Lembre-se do que nos diz o Livro Vermelho de Mao Tsé-Tung: “As conclusões extraem-se do fim da investigação e não no seu começo. Apenas os tolos se lançam, sós ou em grupo, na tortura mental de encontrar uma solução, de descobrir uma ideia, sem proceder a investigações.
CRISTÃO: - Sábias palavras pronunciaste, honorável tenente. Continuarei, com vossa licença, senhores. Lerei agora o trecho de Romanos 3.23: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Amigos, isto é muito importante: Nossos primeiros pais pecaram contra Deus, causando a separação entre nossa espécie e o Criador. Somos herdeiros de uma condenação. Situação terrível em que fomos lançados! Sabemos que há um Deus pelo que vemos na natureza, mas nós mesmos o afastamos, e temos por isso vivido num mundo de dores e trabalhos, sem poder jamais vê-lo realmente! Mas como nos achegarmos novamente a Ele, como sermos perdoados?
Leiamos este trecho, um pouco adiante, aqui em Romanos 5.8: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” Queridos camaradas militares, não podíamos pagar a dívida feita ou contraída; e não podendo fugir de diante do Deus de todas as coisas, aguardávamos tristemente nosso castigo final. Mas este mesmo Deus, vendo nossa impossibilidade de pagar a dívida, movido de grande amor enviou seu próprio Filho, Jesus, para pagar essa dívida em nosso lugar. Coisa fabulosa foi isto, camaradas! Um homem sem pecado algum foi morto para que nós, grandes pecadores, pudéssemos ser aceitos por Deus.
SOLDADO 3: - Ora, então é isso que o tal Jesus dos cristãos fez, morreu por todos nós? Um deus que morre pelos fiéis... Não deveria ser o contrário? E de mais a mais, como isso é possível: Sendo ele um só, pagar por todos?
CRISTÃO: - Amigos, lembram que lhes falei que, pelo pecado de nosso pai, o primeiro homem, fomos separados de Deus, pois o erro dele passou em herança para todos nós? Pois se o pecado entrou no mundo por um único homem, da mesma forma o preço do pecado foi pago por um único homem! O que não tinha pecados quebrou a cadeia de causa e efeito dos pecados, a roda a que estávamos presos.
TENENTE: - A roda, você diz... Como samsara, a roda das reencarnações a que os budistas dizem estarmos todos aprisionados?
CRISTÃO: - Honrado tenente, não se trata da mesma coisa, embora o mecanismo possa ser algo parecido. No entanto, Buda diz, assim como o fazem todas as demais religiões dos homens, que podemos nos libertar por nosso próprio esforço; no entanto, o amigo percebe como, ao invés disso, mais e mais pessoas nascem neste mundo miserável, e tornam-se reféns da pobreza, da opressão, e da falta de sentido? Se Buda estivesse certo, deveríamos ver se multiplicar o número de iluminados – mas miseravelmente é o contrário o que ocorre! E tudo isso, camaradas, está bem diante de nossos olhos!
TENENTE: - Especulações interessantes, senhor aldeão, mas muito difíceis de acreditar. No entanto, continue o seu relato...
CRISTÃO: - Lerei agora o trecho de Romanos, 6.3: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor." Vejam, amigos, esta ao mesmo tempo terrível e maravilhosa notícia! É dela que este livro, tanto essa humilde porção como o exemplar completo, trata! Se estávamos condenados à morte pelo pecado, o prêmio que recebemos pelo sacrifício do melhor dos homens, Jesus o filho de Deus, nos traz a cura contra a morte, e nos oferece uma vida eterna de paz e amizade com Deus. E tudo isso, vejam vocês, é dom de Deus, ou seja, um presente que nada nos custa! Isso é salvação!
SOLDADO 2: (Gargalhando) – Ora vejam! Então é fácil assim?! Pois onde está essa tal salvação? Vamos, me dê um pouco. Quero ver o tal Deus e quero descansar de minha dura rotina militar. Minhas botas me matam! (sapateia, enquanto aponta para os pés)
CRISTÃO: - A resposta a esta questão, venerável soldado, está neste trecho do livro, em Romanos 10.9,10: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação.” Amigos, a salvação é oferecida para todos aqueles que nela crerem, ou melhor, crerem naquele que a proporcionou, Jesus Cristo, a ponte que nos religa ao Deus que tudo fez.
TENENTE: - Explique melhor sua doutrina, cidadão. Então é simples assim? E os rituais, e as penitências, e os sacrifícios a que é preciso submeter-se para alcançarmos tal beatitude? E os ancestrais, não é preciso lhes tributar oferendas e sacrifícios? Que pede este Deus de nós, para nos dar esta tal salvação?
SOLDADO 3: - Sim, camarada tenente; na instrução militar, quando estudamos o venerável Sun Tzu e sua Arte da Guerra, nos é ensinado que “a vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço”. Que preço paga você em honra a esse teu grande Deus salvador, aldeão?
CRISTÃO: - Honorável camarada tenente, honorável companheiro soldado, aí é que está a maravilha! Basta apenas crer nesse mesmo Jesus, pois o preço já foi pago, como lhes disse. Trata-se de um presente. Os senhores jamais terão recebido presentes? Os outros deuses exigem que nos sacrifiquemos, e mesmo sacrifiquemos a outros, por eles; outros elaboram rituais de purificação severos e falam até em reencarnações quase infinitas até nos livrarmos deste mundo de dores; mas este, o Deus verdadeiro, Ele mesmo se sacrifica por amor a nós! Em Romanos 10.13 lemos palavras que são como ouro: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” Deus nada requer do homem, senão fé e obediência. Mas, se tropeçarmos em nosso esforço para obedecê-lo, não somos massacrados: Arrependendo-nos do erro, Ele é misericordioso para nos perdoar e renovar nossas forças.
SOLDADO 1: - Se esse Jesus morreu por nós, para nos salvar, ele mesmo se perdeu?
CRISTÃO: - De maneira nenhuma, venerável camarada. Esse mesmo Jesus, o campeão do amor que se ofereceu por nós, foi morto pregado numa cruz, mas dentro de três dias ressuscitou, vencendo a morte! E ao ressurgir subiu aos céus, onde reina e aguarda o fim e a consumação de todas as coisas, quando Ele se reunirá com os que nele creram, para uma vida eterna de gozo e alegria. Gozo e alegria que então serão perfeitas, quando teremos novos céus e nova terra, onde a dor e a lágrima não mais existirão. Infelizmente, aqueles que não crerem em tão gracioso presente, em tão favorável dádiva, continuarão reféns da morte aqui e no além, e serão por fim lançados em castigos eternos... Sim, pois somos seres eternos; após nossa forte física, haverá um juízo, pois “o salário do pecado é a morte”.
SOLDADO 1: - Ora! Então serei lançado em castigos por não crer em Jesus? Pois lançaremos a você, seu tolo, na cadeia, e veremos se esse Jesus vem lhe resgatar!
CRISTÃO: - Amigos, vejam que não desejo o mal de nenhum de vocês, e rogo que não me prendam sem que eu nada de grave tenha feito; apenas lhes comunico a verdade como a aprendi, e a ofereço a vocês, que a solicitaram. Ofereço como a amigos, a informação que pode mudar suas vidas aqui e na eternidade.
TENENTE: - Ancião, confesso que até aqui não vejo em quê sua doutrina seja ofensiva ou contrarrevolucionária. No entanto, fico cada vez mais curioso com este livro “proibido”... Continue a leitura.
CRISTÃO: - Venerável tenente, realmente este livro, a Bíblia, é o livro dos livros, e a maior fonte de sabedoria universal! Não em vão é o livro mais impresso e vendido em todo o mundo, mais até que o Livro Vermelho de Mao. No entanto, eu tenho apenas este humilde trecho, e não há muito mais que lhes explicar aqui. Convido os amigos militares a buscarem aprender mais dessa boa doutrina, e se achegarem a este Deus de amor, como não há nenhum outro, em nenhuma das religiões dos homens. Em Romanos 11.36, temos que: “Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente.”
TENENTE: - Não pensei jamais que esse livro falasse sobre coisas tais; sempre acreditei que era um livro maligno, criado no Ocidente com o objetivo perverter os povos. No entanto, nesses poucos trechos que nos leste e nos explicaste, vejo apenas uma mensagem de esperança. Tal mensagem está mesmo presente nas outras partes faltantes deste livro?
CRISTÃO: - Sim, honorável amigo; infelizmente sou um humilde camponês e a muito custo obtive este trecho; mas já tive a oportunidade de ler ou ouvir boa parte da Bíblia, e é um livro magnífico, como nenhum outro. Recomendo que o venerável tenente, se não lhe for ofensivo, busque adquirir um desses livros, para sua leitura e reflexão. Sua mensagem jamais se esgota; a cada dia, o próprio Deus revela novas verdades àquele que se entrega com fé e humildade à leitura de seu livro.
SOLDADO 1: - Veja, tenente, além de portar tal livro, ele ainda recomenda que o adquiramos! Vamos prendê-lo afinal ou não, senhor?
TENENTE: - Soldado, por acaso você ouviu alguma coisa que lhe ofendeu? Algo que lhe inspirou a praticar o mal, ou a insurgir-se contra o Partido? Não foi somente uma mensagem de vida e esperança o que ouvimos aqui?
SOLDADO 2: - Senhor, realmente. Eu temia dizer, mas agora que vejo que o senhor pensa assim, afirmo que também conhecia um pouco deste livro, mas agora a sua mensagem me pareceu bem mais clara... Também gostei muito do que ouvi; peço humildemente perdão ao senhor agricultor pelas ofensas e maus tratos (faz a mesura tradicional chinesa – juntando as mãos e abaixando o tronco)
SOLDADO 3: - Camaradas, confesso também que tais palavras me pareceram claras e de boa saúde. Vejo humildemente que tal sabedoria não nos trouxe ofensa, mas ao contrário, deixou-me também com vontade de aprender mais... Quem sabe possamos convidar este aldeão num outro dia para nos expor melhor a sabedoria deste livro?
TENENTE: - Sim, nobre camarada Meng. Mas a hora é avançada e precisamos retornar ao posto de controle. Deixemos ir a este humilde camponês. (Dirigindo-se ao CRISTÃO:) Senhor, sabe que não deve portar tal livro em público, pois em nossa província ele é proibido de circular, e somos aqui os guardiões da lei. Portanto, doravante tenha cuidado ao andar com seu livro; embora seja dito em sua defesa que o que você possui é apenas um pequeno fragmento. Sua palavra nos foi agradável; como um mestre ancião, humildemente nos expôs palavras de vida, superiores talvez às de Confúcio e Lao Tsé. Vá em paz, e que esse Deus de que fala possa lhe proteger e abençoar, e também a nós. Confesso que espero algum dia poder ler esse misterioso mas desejável livro, e saber mais desse fascinante herói chamado Jesus, “o campeão do amor” que, se morreu para a salvação de todos os homens, me parece ser o maior herói que já viveu, e realmente o filho de Deus.
Caem os panos.

NARRADOR EM OFF: - E você, espectador: É capaz de pregar a palavra a um descrente a partir de um pequeno trecho das Escrituras? Porventura você já maneja bem a palavra da verdade?
E quando vier a verdadeira perseguição, estará pronto para não silenciar, mas sofrer a ofensa enquanto fala daquilo em que crê?
E se você, espectador, não é ainda um dos discípulos de Jesus: O que está esperando? Somente Ele, que morreu por você, tem as palavras de vida eterna, vida eterna que Ele deseja lhe dar como presente. Pois o preço já foi pago. Você aceita?

FIM

Autor: Sammis Reachers

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