quarta-feira, 29 de abril de 2015

Calvino: Amando a Deus e às nações - E-book


O Ministério Morávios, que tem realizado um excelente trabalho de promoção missionária, acaba de disponibilizar um excelente e-book gratuito, Calvino: amando a Deus e às nações, escrito por Gabriel Neubarth. O e-book versa sobre a relação de Calvino e a obra missionária.
Para baixar o e-book em pdf, CLIQUE AQUI.

terça-feira, 21 de abril de 2015

EMPRESÁRIOS INVESTINDO EM MISSÕES



(Matéria publicada em 2008) 
Não é novidade para a liderança cristã o fato que muitos projetos de expansão missionária ficam somente na pauta de oração porque faltam recursos e não há mantenedores. Muitos missionários ainda estão no time de reserva porque não há que os sustente no campo. Será que os membros das igrejas sofrem de "falta de visão missionária"?
 
Entrevistamos dois empresários de sucesso em suas áreas e que também são mantenedores fiéis de projetos missionários para entender melhor que critérios os levam a investir e que ações daqueles que recebem as doações os levam a manter suas contribuições.
 
Amado Góis é o presidente da Hydronorth, empresa do Paraná que atua na área de tintas e impermeabilizantes. Alberto Schlatter é o presidente do Grupo Schlatter, sediado no Mato Grosso do Sul e que atua nos segmentos de agricultura, pecuária, benefício de algodão, transportes e armazenagens.
 
Qual o seu envolvimento com missões atualmente?
 
Amado - Meu envolvimento com missões é feito em diferentes localidades. Em Londrina na Creche Rei Davi, onde, além da missão junto às crianças fazemos da creche um centro para atendimento aos pais com vários problemas. Isso tem dado excelentes resultados, pois além das crianças levarem a Palavra de Deus para casa, os pais também a recebem por ocasião de reuniões e também de aconselhamento. Na Missão Vida em Anápolis que cuida de mendigos e homens de rua. Em Marilia no Esquadrão da Vida. No Instituto Paqto consiste na manutenção deste ministério em Maringá (esse ministério presta consultoria às igrejas que querem investir em missões mas não têm experiência). E por último, na Missão Portas Abertas, que dispensa comentários.
 
Alberto - Temos nos envolvido de forma mais expressiva com o Projeto Com Cristo no Cerrado, que é um ministério voltado para a abertura de novas igrejas e de um centro de treinamento de obreiros na cidade de Rondonópolis. Temos envolvimento também com o Centro Gileade que trabalha na recuperação de dependentes químicos, em Chapadão do Sul. Além disso, no Ministério Palavra da Vida e no Projeto Vinde Meninos.
 
O que o levou a escolher estes projetos ou organizações para serem alvo de investimento e não uma outra entidade?
 
Amado - Para a escolha de missão eu analiso primeiro a idoneidade e comprometimento. Isto depois de conhecer as pessoas que a administram e lideram e após consultas. Analiso muito também para que se destina. Isso faz parte da minha responsabilidade em investir. Investir não é somente dar mas também: o quê, como e pra quem dar. O dinheiro de missão não é meu, sou apenas instrumento que Deus usa para dar então tenho que ser responsável ou então Deus vai cobrar de mim.
 
Alberto - Vejo missões como um projeto global da igreja, isto é, alcança o ser humano no seu aspecto físico, emocional e espiritual, através das boas novas, do evangelho de Jesus, enquanto que os clubes de serviço apenas atendem necessidades materiais.
 
Quais os critérios que levou em conta para ser um contribuinte regular?
 
Amado - Não existe critério. Trata-se de obediência. Vejo a necessidade, sinto uma ordem e então inicio o processo que detalhei na pergunta anterior.
 
Alberto - Exatamente porque em tais projetos ficamos bem mais informados sobre a destinação dos investimentos que fazemos na condição de mordomos de Deus. Também porque ficamos inteirados das necessidades emergenciais que acabam surgindo na trajetória deste projetos.
 
Na sua visão, de que forma deve ser a prestação de contas de uma agência missionária?
 
Amado - Isso também faz parte de minha responsabilidade. A prestação de contas deve ser criteriosa e regular. Essas missões de que falei me prestam conta mensalmente através de noticias e relatórios. Também de tempos e tempos visito a missão e me reúno com os responsáveis. Repito, não só dar mas sim acompanhar.
 
Alberto - Com a maior transparência possível para que os investidores possam se alegrar em Deus vendo como seus investimentos estão abençoando vidas e fazendo o Reino de Deus prosperar.
 
O irmão acredita que os empresários não cristãos investiriam em missões?
 
Amado - Não acredito e vou além. Empresário não cristão não deve investir em missões porque não será uma boa obra. A ordem para investir em missões deve vir de Deus e nunca de homens. Repito: Os valores que invisto em missões não são meus, são de Deus, e eu não sou louco de roubar de Deus, ou seja, ficar com a "grana". A prova de que não são meus é o fato de nunca ter sentido falta desses valores. Creia: se fossem meus provavelmente não investiria, eu sou tão mau como qualquer outro homem.
 
Alberto - Não tenho muito o que falar sobre isso mas afirmo que isto até poderia acontecer se as agências missionárias os procurassem com um projeto bem elaborado e bem transparente, avalizado pelo bom testemunho dos empresários cristãos.
 
E quanto à igreja? Por que não há mais investidores?
 
Amado - Ovelha escuta o pastor e empresário escuta empresário. O que a Igreja precisa é envolver empresários cristãos para falar com empresários. A Igreja tem poucos investidores porque é a própria Igreja que gera dificuldades. Com receio de perder sua receita, não divulga com ênfase a missão. Vejo incompetência da Igreja nesse sentido.
 
Alberto - Não há como negar que vivemos uma crise generalizada de credibilidade das instituições eclesiásticas e isto gera um desconforto na aplicação de investimentos fora do dízimo, ou seja, das ofertas alçadas que são dever de todo crente.
 
Quais são suas sugestões aos líderes de ministérios, missões e igrejas para atraírem investidores?
 
Amado - Não sou a melhor pessoa para isso mas creio que algumas dicas já foram descritas anteriormente.
 
Alberto - Esta questão já foi tratada anteriormente, mas quero reforçar. A questão crucial é a credibilidade e a transparência. Isto com certeza motivaria mais investidores que estão à procura de oportunidade de poderem exercer com mais inspiração a mordomia que o Senhor espera de cada um. Sejam eles grandes investidores ou somente uma viúva que coloca uma simples moeda.


Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o sitewww.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mailartigos@institutojetro.com

terça-feira, 14 de abril de 2015

As Responsabilidades da Igreja para com o Missionário



Pr. Sidney Siqueira
Dentre os muitos privilégios que o Senhor tem dado à sua Igreja está o de se envolver com missões transculturais. Privilégios, naturalmente, envolvem responsabilidades. Enviar missionários requer compromisso e seriedade daqueles que se propõem a fazê-lo.       
A igreja deve, em primeiro lugar, ter discernimento espiritual para reconhecer se o candidato tem o chamado para ser um missionário. Em seu relato em Atos 13, Lucas deixa claro o discernimento que a igreja em Antioquia recebeu do Espírito Santo antes de enviar Paulo e Barnabé. Atos 13.1-3. Liderança afinada com o Senhor estará em sintonia também com aqueles que Ele mesmo escolheu para um trabalho específico. Essa convicção do chamado, tanto no coração do candidato quanto no da liderança, servirá de forte alento nos momentos de provas futuras.
O desenvolvimento de um ministério efetivo exige preparo. Os exemplos bíblicos se multiplicam: Moisés, 40 anos no palácio, 40 anos no deserto; José, 13 anos em terra estranha; Paulo, 14 anos no deserto. Deus ainda não mudou seu método. Por isso é uma grande bênção quando uma igreja local, após o reconhecimento de um vocacionado, se envolve no seu preparo. Há situações em que um candidato pode arcar com suas despesas; outras, não. Tomando como exemplo o curso preparatório que a Missão Novas Tribos do Brasil oferece aos futuros missionários, percebemos a inviabilidade do sucesso se alguém não se responsabilizar pelo suprimento financeiro. Em regime de tempo integral são oferecidos cursos teológico, missionário e linguístico. É bom lembrar que a necessidade não é apenas financeira. Esse candidato já começa a sofrer as investidas do inimigo. Até chegar ao campo missionário ele dependerá também do pastoreio eficaz de sua igreja: orações, palavras de ânimo, puxão de orelha quando necessário.
Após seu preparo a igreja deve enviá-lo, em parceria com uma missão, para um campo missionário. A igreja que teve o cuidado de se envolver no preparo do candidato continuará alegremente apoiando-o no ministério a ser desenvolvido. O sentimento que deve dominar uma igreja é que ela é missionária onde seu missionário está. O sucesso dele é também o dela; o fracasso dele é também o dela. Por isso o cuidado vai além do suprimento financeiro. As lutas espirituais são partilhadas por ambos. Num campo isolado, longe de familiares, amigos, convívio com os irmãos, as carências emocionais são grandes. A igreja deve entender essa situação para estender seu apoio de forma integral ao seu enviado. Quando a igreja se propõe a cumprir fielmente seu papel, o missionário terá mais tranquilidade para cumprir seu ministério com eficiência.
A certeza da presença maravilhosa do nosso Mestre, conforme promessa em Mateus 28.20, anima o missionário. Ele sabe que não está sozinho, a pessoa mais importante está com ele. Essa convicção o ajuda a aprender a língua nativa para comunicar ao povo tribal o amor de Deus e a perseverar nos momentos difíceis. Mas não nos esqueçamos de que Igreja, Missionário e Agência Missionária precisam andar juntos. Se um elo da corrente se quebrar, todo o trabalho será prejudicado.
O compromisso de uma igreja com seu missionário é, antes de tudo, um compromisso com o Senhor. Obra missionária não é para ser feita quando sobra dinheiro. Construções e outros projetos não devem ser priorizados em detrimento do missionário no campo. Há igrejas que enviam e abandonam seus obreiros em todos os aspectos. A obra missionária não ocupa a mente da igreja. Consequentemente, o sustento financeiro vai de vez em quando, se vai. As orações são escassas, mas o missionário fiel continua apesar da falta de apoio. Cuidado Igreja! O Senhor pedirá contas. Não percamos o grande privilégio de apoiar e zelar pelos que dão suas vidas.
Hoje estou do lado de cá, segurando a corda, mas já fui enviado para o treinamento missionário e para o campo sem apoio financeiro. Meu pastor me disse “Vai, porém sustento financeiro você não receberá da igreja.” Nunca vi uma pessoa tão fiel à sua palavra!  Eu fui e, por doze anos, Deus usou os mais diversos meios para suprir minhas necessidades. Estou há trinta e quatro anos no ministério e Deus nunca falhou. Ele me deu esposa, dois filhos, uma nora e uma netinha. Quão precioso é ser servo do Deus Altíssimo!
Preparar, enviar, sustentar obreiros na obra do Mestre são algumas das responsabilidades de uma igreja local. Há mais uma não menos importante para a igreja que, de fato, se considera parceira do missionário: acompanhar o desenvolvimento do trabalho na linha de frente. Para isso a igreja deve ter boa comunhão e boa comunicação com a agência missionária à qual seu obreiro está afiliado, pois ela tem a estrutura adequada para fazer esse acompanhamento. Cobrança em cima do missionário? Não. Cobrança não é uma boa palavra. Zelo, essa é a palavra ideal. Se a igreja é fiel em investir tempo em oração, dispensar cuidado espiritual e emocional, ofertar mensalmente, é justo que ela deseje ver fidelidade em seu enviado. O trabalho transcultural nunca foi e nunca será fácil. Diligência e perseverança são duas palavras-chave para quem pretende aprender língua e cultura tão diferentes da sua, e nós sabemos que sem esse aprendizado não haverá comunicação efetiva do evangelho. Portanto a igreja está sendo apenas uma parceira zelosa quando verifica o progresso dos seus missionários nessas áreas. O sucesso do missionário é o sucesso da igreja. Lembra?
Deus nos deu o privilégio de estar na linha de frente e agora na retaguarda. Como um dos pastores da I Igreja Batista Bíblica em Vitória da Conquista, é com alegria que vejo o povo de Deus empenhado no apoio a quase sessenta missionários. A liderança da igreja, contudo, precisa estar atenta para que a igreja cumpra fielmente seu ministério: discernir espiritualmente o vocacionado, preparar, enviar e zelar pelo bom andamento do trabalho; estas são alegrias e responsabilidades que o Senhor deixou a todas as igrejas locais.
A chama por missões continua e continuará até que a última tribo seja alcançada para glória do Senhor.
 Pr. Sidney Siqueira – Pastor de Missões da Igreja Batista Bíblica em Vitória da Conquista-BA e Missionário Cooperador da MNTB

terça-feira, 7 de abril de 2015

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