Publicamos aqui este significativo texto de Ralph Mahoney. Buscando um embasamento bíblico e histórico, o autor discorre sobre o desperdício de dinheiro e recursos por parte da Igreja, que os esbanja em grandes construções, o que ele chama de Barreira Babilônica.
Concordando ou não com as ideias do autor, julgamos que este texto merece ser lido por todos nós. E além de poder lê-lo aqui, você tem também a opção de baixar este texto como um pequenino ebook em PDF (confira ao fim deste post).
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QUEBRANDO A BARREIRA
BABILÔNICA
Por Ralph Mahoney
Capítulo extraído do livro O
Cajado do Pastor (The Shepherd’s Staff)
Capítulo 1
A Barreira Babilônica
Introdução
Há TRÊS GRANDES OBSTÁCULOS à propagação do Evangelho.
Estas coisas dificultam a evangelização dos que nunca ouviram as boas novas
sobre o que Jesus Cristo fez para salvar e abençoar a todas as nações. Estes
obstáculos são:
• CLERICALISMO
• DEFICIÊNCIAS PNEUMATOLÓGICAS
• CONSTRUÇÃO DE CATEDRAIS
Nesta seção, Quebrando
a Barreira Babilônica, você
aprenderá como vencer a CONSTRUÇÃO DE CATEDRAIS.
Os outros dois obstáculos serão abordados em outras
seções.
A. BARREIRA BABILÔNICA
A maioria dos líderes cristãos dos dias de hoje não sabem
que os eventos de cinco mil anos atrás estão influenciando hoje os seus valores
e ações. A influência de Babel ainda se encontra muito presente em nosso meio,
substituindo o que Deus ordenou pela sua agenda humanística, egocêntrica e
narcisista. Isto está roubando de nós o verdadeiro propósito de Deus na Igreja.
1. Histórico de Babel
Quando Noé e seus filhos saíram da área, as instruções de
Deus foram claras. “Deus... Lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei
a terra’’ (Gn 9:1). Deus tinha um propósito mundial para toda a terra. “Mas
vós, frutificai e multiplicai-vos; povoai abundantemente a terra, e
multiplicai-vos nela” (Gn 9:7).
O propósito de Deus para todos os sobreviventes do Dilúvio
era que eles “frutificassem e se multiplicassem, e enchessem a terra”
(Gn 9:1,7).
a. Pecado e Desobediência. Em Gênesis 10, os descendentes de Noé são citados como sendo Sem, Cão e
Jafé. Os descendentes de Sem e Jafé foram abençoados. Cão e os seus
descendentes (os cananeus) foram amaldiçoados.
“E Cão, o pai de Canaã, viu a nudez de seu pai... E Noé
despertou do seu vinho, e soube o que o seu filho menor
lhe fizera. E disse: Maldito seja
Canaã...” (Gn 9:22, 24, 25).
Muitos estudiosos acreditam que estes versículos descrevem
um ato homossexual cometido por Cão contra o seu pai Noé. Assim sendo, o
julgamento veio sobre Cão e os seus descendentes, os cananeus.
O primeiro filho de Cão foi Cuse. “Cuse gerou a
Ninrode, o qual se tornou poderoso na terra” (Gn 10:8). A palavra hebraica
GIBBOWR (traduzida por poderoso) significa “um poderoso guerreiro tirano”.
Ele caçava homens para subjugá-los e escravizá-los. Ele estava totalmente
tomado por um ardente desejo de exercer poder sobre a vida das outras pessoas.
O versículo 10 nos diz que “o início do seu reino foi Babel.”
b. Um Sistema
Religioso Falsificado. Babel foi o resultado do povo
camítico, sob a liderança de Ninrode, introduzindo no mundo um sistema
religioso falsificado. Ninrode agiu sob uma inspiração satânica e demoníaca
para produzir esse substituto da coisa verdadeira.
Eu gostaria de identificar o que é essa religião
babilônica, como você pode reconhecê-la e como você pode abordá-la, a fim de
que você possa quebrar a barreira babilônica na sua igreja e na sua vida. Essa
antiga influência ainda se faz presente em nosso meio nos dias de hoje.
2. Babel – Impede o Propósito de Deus
O que foi que se tornou o grande obstáculo ao propósito de
Deus? Deus desejava que o Seu povo “se multiplicasse e enchesse toda a terra, e a
fizesse frutífera.” O que se interpôs como obstáculo neste objetivo
de o mundo todo tornar-se frutífero e repleto do conhecimento de Deus?
Foi o “fator Babel”. A influência de Ninrode entremeou-se
no propósito divino para neutralizar o que Deus havia objetivado.
“E era toda a terra de uma mesma língua, e de uma mesma
fala. E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam uma planície na terra
de Sinear, e habitaram ali.
E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos, e
queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o barro por argamassa.
Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume
toque nos Céus, e façamo-nos um nome. Façamos tudo isto para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gn 11:1-4).
Deus queria que o Seu povo se dispersasse por várias
regiões, para frutificar, multiplicar-se, e encher a terra. Babel existia para
impedir isto. Eles construíram a sua torre “para que isso
não acontecesse”, isto é, para impedir que isso acontecesse.
A religião de Ninrode ainda é muito proeminente no mundo,
e a sua influência projeta uma espessa sombra sobre a Igreja Cristã.
B. QUAIS ERAM AS MARCAS DE BABEL?
1. Façamos Primeiramente: “Façamos tijolos e argamassa.” A iniciativa
humana, independentemente e em contraposição à vontade de Deus, elevou-se e
disse: “Façamos!’’
Contraste isto com Mateus 16:17,18, onde Jesus diz: “Eu
farei! Sobre esta rocha, Eu farei a edificação...” Esta é a
iniciativa divina. A iniciativa humana se exalta contra o propósito de Deus. A
iniciativa divina complementa o propósito de Deus. A afirmação de Babel é: “Façamos!”
A afirmação divina é: “Eu farei!”
Na qualidade de líder de igreja, a qual destes dois você
quer hoje entregar a sua fidelidade? O “Eu farei” de Jesus ou o “Façamos” da
sua própria iniciativa? Você tem de fazer essa escolha. O “Façamos’’ leva às
torres de Babel dos dias atuais. O “Eu farei” nos leva a um envolvimento na
evangelização do mundo.
2. Construamos
Em Segundo Lugar: “Construamos
uma cidade.” Uma vez mais, contraste isto com as palavras de Jesus: “Sobre
esta rocha edificarei a Minha Igreja.” Quem vai fazer a edificação? será
que o “Façamos’’ fará a edificação? Ou será que vai ser o “Eu
edificarei’’?
Você não sabe que Jesus é um grande construtor? O Seu
propósito é mundial, e o que Ele faz nunca, nunca, nunca será localizado. A
coisa babilônica será totalmente localizada. Será totalmente enfocada num só local, em si
próprios. A ênfase será na IGREJA “LOCAL”. (A palavra “local” não se encontra
na Bíblia.) Esta é a distinção principal e você precisa observá-la e se
precaver com isto.
Isso soa de maneira semelhante às ambições de muitos
pastores das nações ocidentais? Sim, de fato. Muitos deles são “Ninrodes” da
atualidade, apropriando-se indevidamente de suas ambições locais, egos, planos
de construção e vontade contra o propósito de Deus de evangelização mundial.
Assim sendo, em contraste com o “Construamo-nos uma
cidade – construamo-nos uma torre; edifiquemos para cima”, a Grande
Comissão é sairmos para
todo o mundo, levando o Evangelho a toda criatura. O
propósito de Deus ainda é o de “... sairmos e enchermos a terra”.
O espírito babilônico é “edificar para cima”, ao invés de “para fora”. Qual dos
dois hoje está você fazendo, pastor?
a.
Construtores de Catedrais. Não é por
acaso que Ninrode e Babel ainda influenciam a arquitetura das igrejas.
A torre de Ninrode era chamada de um Zigurate, que
significa um “memorial”. Ela tinha mais de 180 metros de altura (equivalente a
um prédio de sessenta andares).
Olhando-se diretamente do Céu, num plano perpendicular a
ela, o seu formato era semelhante ao de uma Cruz de Colombo. Do norte, sul,
leste e oeste, novecentos degraus de escada subiam de cada lado numa linha
reta, da sua base até o topo.
O seu perfil era muito semelhante ao de uma pirâmide.
“E disseram... edifiquemo-nos... uma torre, cujo cume
possa tocar nos Céus...” (Gn 11:4).
Por que os líderes de igrejas das nações ocidentais
constroem catedrais com elevadíssimas torres de igreja? Será que existe
um único versículo em toda a Bíblia que nos diz para erigirmos catedrais ou
prédios de igreja de qualquer tipo – muito menos os que possuem “...cumes
nos Céus’’?
Se você conhecer qualquer versículo, por favor me avise.
Em mais de quarenta anos ainda não encontrei um único versículo sobre isto.
A seguinte afirmação é um sumário de Babel: “Façamo-nos
uma cidade, uma torre cujo cume esteja no Céu. Façamo-nos um nome, para que não
sejamos dispersos.”
Tenho dito frequentemente: “A maneira pela qual os
líderes de igrejas nas nações ocidentais esbanjadamente gastam todo o dinheiro
em argamassa (construções) nos levaria a crermos que a Grande Comissão foi: Ide
por todo o mundo e edificai catedrais para toda a criatura.”
Jesus e os primeiros apóstolos enfatizaram a MENSAGEM, E
NÃO A ARGAMASSA!
Não havia nenhuma catedral até a época de Constantino
(cerca de quatro séculos depois de Cristo). Este imperador romano “convertido”
radicalmente alterou e politizou a Igreja. Ele converteu os templos pagãos em
catedrais – introduzindo assim as vaidades de Ninrode na tradição da Igreja. A
sua influência, em última análise, produziu a apostasia de mil anos, chamada de
“Idade Média” (ou “Eras Escuras”).
A Igreja nas nações ocidentais ainda não está livre da
influência de Ninrode e de Constantino.
3. Recebamos Adoração
Ninrode tomou o lugar de Deus. A cada ano, Ninrode exigia
ofertas de adoração, a si próprio, de centenas de quilos de incenso de nardo,
no cume do Zigurate de Babel, o que valia milhões de dólares.
Esta foi a mesma espécie de nardo que foi posto sobre os
pés de Jesus (Veja Mateus 26:7 e João 12:3: “Então veio até Ele uma mulher
com uma caixa de alabastro com unguento muito precioso, de nardo, muito caro...”).
Ninrode se proclamou governador e deus de Babel. Ele se
tornou a primeira deidade política. Ele iniciou o sistema de governantes deificados, assim
como é o caso do imperador do Japão, onde o governante é adorado e venerado
como se fosse Deus.
Por que Daniel, séculos mais tarde, foi lançado na Cova
dos Leões? Foi porque o Rei Dario decretou que Ninguém fizesse petições a
nenhum outro deus ou homem, exceto a ele próprio. A recusa de Daniel significou
a sentença de morte. Daniel estava se opondo à religião de Ninrode, que
percorreu o mundo nos tempos antigos.
De onde os Césares romanos tiveram a ideia de que eram
deuses? Na época em que o Novo Testamento foi escrito, era contra a lei romana
o uso da palavra grega Kurios (traduzida
por Senhor) para qualquer outra pessoa, além do César. Isto também veio da
influência de Ninrode. Os primeiros discípulos correram o risco de serem
aprisionados e mortos por chamarem a Jesus de “Kurios” (Senhor – veja
Romanos 10:9,10).
Para mim é muito interessante o fato de que a palavra
grega traduzida por anti-Cristo seja definida na Concordância de Strong da
seguinte forma: “anti, significando ao invés de; no lugar de; sendo, portanto,
geralmente usada para denotar uma substituição.”
Ela não é simplesmente uma palavra de oposição a Cristo,
mas significa “tomar o lugar de Cristo”. Você já ouviu dizer sobre o principal
prelado da Igreja Romana, que ele é o “Vigário de Cristo na terra” e que ele
toma o “lugar de Cristo”?
Os nossos queridos bispos anglicanos são “Senhores
espirituais” e “Senhores temporais”. Na qualidade de “Senhores espirituais”,
eles governam na Igreja. Na qualidade de “Senhores temporais”, desfrutam de um
assento reservado na CASA DOS LOR-DES (ou SENHORES) no Parlamento da
Inglaterra.
Eu seria o primeiro a reconhecer que muitas pessoas boas e
tementes a Deus já ocuparam e ocupam esses cargos nas Igrejas Romana e
Anglicana (e também Protestantes).
Contudo, os conceitos e a teologia associados com estas
práticas são uma escandalosa contradição dos claros ensinamentos de Jesus aos
Seus Apóstolos sobre o assunto.
“Mas Jesus os chamou para junto de Si, e disse: Sabeis
que os príncipes dos gentios exercem domínio sobre eles, e os grandes exercem
autoridade sobre eles. Mas não será assim entre vós; todo aquele que quiser ser
grande entre vós, que seja o vosso servo. E qualquer um que quiser ser o
primeiro dentre vós, que seja o vosso servo, assim como o Filho do Homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos”
(Mt 20:25-28).
Pastor? Líder de igreja? Você crê nas palavras de Jesus e
as pratica?
4. Façamos um Nome Para Nós Próprios
“Façamos um nome para nós próprios, para que não
sejamos dispersos.” Isto é um denominacionalismo sectário, impregnado de
orgulho, em sua pior faceta.
A palavra “denominar” significa “nomear”. Esta influência
tem perturbado a Igreja desde o primeiro século. O denominacionalismo sectário
encontrava-se nos discípulos de Jesus:
“E João respondeu e disse: Mestre, vimos um que em Teu
nome expulsava os demônios e o proibimos porque não Te segue conosco” (Lc
9:49).
Paulo teve que lidar com isto junto aos cristãos carnais
de Corinto: “Cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de
Cefas, e eu de Cristo. Pois enquanto um diz: Eu sou de Paulo, e outro, eu sou
de Apolo, porventura não sois carnais?” (1 Co 1:12).
A nossa identificação ou o fato de pertencermos a uma
família eclesiástica específica (denominação) não é errado. O que é errado é o
orgulhoso elitismo, exclusivismo e sectarianismo – e não deveria ter NENHUM
lugar no coração e na mente de nenhum verdadeiro seguidor de Cristo.
Observe a resposta de Jesus ao seu Próprio discípulo: “E
Jesus lhe disse: não o proibais, porque quem não é contra nós, é por nós”
(Lc 9:50). Senhor! Livra-nos dessas barreiras de sectarismo babilônico – quer
se originem do nosso orgulho denominacional, ou da nossa arrogância por sermos
uma igreja “independente”.
C. BABEL AINDA VIVE!
Quando o julgamento de Deus veio sobre Babel e eles foram
dispersos, eles levaram consigo a sua falsa religião.
1. Ela Circundou o Globo Terrestre
O sistema religioso de Ninrode é visto nas pirâmides do
Egito – que eram Zigurates modificados. Encontramos a influência de Ninrode no
Novo Mundo, dentre os astecas e os incas, os quais construíram os seus Zigurates
com um modelo bem semelhante.
Encontramos a religião de Ninrode na Índia hoje em dia,
nos templos hindus. Nós a encontramos também no Tibete, Laos, e Camboja, dentre
os budistas. Esta antiga influência religiosa circundou o globo terrestre e
implantou o seu domínio satânico sobre a raça humana, com todas as maldições
que a acompanharam.
Coexistentes com Babel (os descendentes de Cão),
encontravam-se os descendentes de Sem e Jafé, os quais permanecem fiéis ao
verdadeiro conhecimento de Deus. A história secular dos tempos nos conta que os
semitas eventualmente se levantaram contra Ninrode e o mataram pela blasfêmia –
de se fazer como Deus.
2. Ela Frustra o Propósito de Deus de Evangelização
A religião de Babel enfocava as expressões de religião que
eram localizadas, e que serviam e ministravam a si próprias, em contraposição a
visão e causa mundiais que Deus tinha em Sua mente. Ela tem sido o obstáculo
através dos séculos, para antagonizar e frustrar os propósitos de Deus. Ela tem
sido o inimigo da propagação do verdadeiro conhecimento de Deus e do Evangelho,
desde a época de Ninrode até agora.
D. DEUS PROMETE ABENÇOAR TODAS AS NAÇÕES
1. Abraão – o Primeiro Missionário de Deus
Foi cerca de um milênio após o Zigurate de Babel, que Deus
chamou a Abraão para que ele saísse de Ur dos Caldeus, como o Seu primeiro
missionário.
Jeová fez uma aliança com Abraão. Esta aliança exigia dele
algo difícil: “O SENHOR havia dito a Abraão: Deixa o teu país, o teu povo, e
a casa de teu pai, e vai para a terra que te mostrarei” (Gn 12:1). Assim
sendo, foi renovada a visão de Deus por um povo que faria com que todo o mundo
O conhecesse. Isso exigiria que fosse deixada a família e se fosse a povos de
outras nações, línguas e culturas. Abraão tornou-se o primeiro missionário de
Deus.
A Aliança Abraâmica incluía sete promessas. A sétima era a
mais importante.
“Em ti todas as famílias (no hebraico =
mishpachah, significando “tribos ou grupos étnicos”) da terra serão abençoadas” (Gn 12:3).
Para que não fosse deixada nenhuma dúvida com relação ao
que Deus quis dizer com isto, Paulo esclarece, sem sombra de dúvida, que Deus
estava falando sobre a evangelização do mundo.
“As Escrituras previram que Deus justificaria os
gentios pela fé e anunciaram o Evangelho de antemão a Abraão: ‘Todas as nações
serão abençoadas através de ti’” (Gl 3:8).
Dois mil anos antes de Cristo, Deus declarou a Abraão o
Seu desejo de que o mundo pagão fosse justificado e evangelizado. Foi uma
promessa que seria frustrada pela influência de Babel. “Façamo-nos...
edifiquemo-nos... para que não sejamos dispersos.”
a. Um Fracasso de Responsabilidade. Deus havia feito o Seu povo Israel “uma luz para iluminar os gentios”
(Is 42:6,7). Será que eles cumpriram este papel? Não! Eles fracassaram
miseravelmente.
Jeová contou a Abraão o que aconteceria com os seus
descendentes. “Saibas, de certo, que os teus descendentes serão estrangeiros
numa terra que não é deles, e serão escravizados e afligidos por quatrocentos anos... na quarta
geração, os teus descendentes voltarão aqui...” (Gn 15:13,16).
Isso aconteceu! Jacó mudou a sua família de setenta almas para o Egito na época
de José (Gn 46:26, Êx 1:5).
Moisés os tirou de lá quatro séculos mais tarde, como Deus
havia dito a Abraão. “E aconteceu, no final dos quatrocentos e trinta
anos... que todos os exércitos do SENHOR saíram da terra do Egito” (Êx
12:41).
2. Israel Deveria Ser Um Reino de Sacerdotes
Quando Israel saiu do Egito, a primeira aliança que Deus
Lhes ofereceu abrangia a responsabilidade e o privilégio que possuíam a nível
mundial. Ele disse: “Se obedecerdes a Minha voz e guardardes a Minha
aliança, farei de vós um reino de sacerdotes, uma nação santa” (Êx 19:5,6).
Por que Deus precisaria de uma nação
santa de 2,5 milhões de
sacerdotes (ex 12:37)? O único motivo racional seria o cumprimento da promessa
feita a Abraão, Isaque e Jacó.
“Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e
poderosa nação, e todas as nações da terra serão abençoadas nele?” (Gn 18:18).
“E em tua semente serão abençoadas todas as
nações da terra, porquanto
obedecestes a Minha voz” (Gn 22:18).
“E multiplicarei a tua semente como as estrelas do céu,
e darei à tua semente todas estas terras; e em tua semente todas as nações da terra serão abençoadas” (Gn 26:4).
“E a tua semente será como o pó da terra, e
estender-se-á ao ocidente, e ao oriente, e ao norte, e ao sul, e em ti e na tua
semente todas as famílias da terra serão abençoadas” (Gn 28:14).
Deus queria abençoar todas as
nações (tribos, grupos étnicos), e
Ele precisava de um grande número de sacerdotes missionários para comunicarem a
Sua verdade a essas nações. A esperança de Deus era que Israel tivesse fé para
aceitar a Sua oferta e cumprir o seu destino. Mas isto não aconteceu! “Por
isso Me indignei contra esta geração... [porque] ...a mensagem que
ouviram não Lhes foi de valor algum, porque os que a ouviram não a combinaram
com a fé” (Hb 3:10;4:2).
a. Duas Condições. A aliança (contrato) oferecida tinha duas condições para os israelitas:
1) “obedecer a
Minha voz” e
2) “guardar a
Minha aliança.”
Só precisamos ler Êxodo 20 para vermos que Israel rejeitou
a primeira condição:
“obedecer a Minha voz’’.
“E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos; mas que Deus não fale conosco...” (Êx 20:19).
“...cuja voz os que a ouviram suplicaram que a
palavra não mais Lhes fosse dirigida” (Hb 2:19).
Tendo rejeitado a voz de Deus, era impossível para esses
israelitas cumprirem a vontade e o propósito de Deus para eles no sentido de
serem um “reino de sacerdotes”.
Alguns capítulos mais tarde vemos que os israelitas também
violaram a segunda condição:
“guardar a Minha aliança”.
“E Moisés voltou e desceu do monte e as duas tábuas do
testemunho [aliança] estavam
em suas mãos...”
“E aconteceu que, tão logo se aproximou do arraial, ele
viu o bezerro e as danças, e acendeu-se o furor de Moisés, e arremessou as
tábuas das suas mãos, e quebrou-as ao pé do monte” (Êx.
32:15,19).
Moisés somente fez o que os israelitas já haviam feito
através do seu pecado e desobediência – eles haviam quebrado a aliança; não
haviam guardado a aliança. Assim sendo, Moisés arremessou as tábuas em que
estava escrita a aliança e as quebrou. “ ...a aliança
que fiz com os seus pais no dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra
do Egito; aliança esta que eles
quebraram...” (Jr 31:32).
3. O Sacerdócio Levítico
A promessa feita a Israel no Sinai de serem feitos “um
reino de sacerdotes” não se refere ao sacerdócio levítico. Os levitas se
tornaram sacerdotes como consequência do fracasso e da desobediência delineados
acima.
A primeira condição – “obedecer a Minha voz” – foi
quebrada. Como Deus poderia manter a Sua aliança e promessa de fazê-los “um
reino de sacerdotes’’ uma vez que não queriam ouvir a Sua voz?
O propósito de Deus foi uma vez mais frustrado quando os
israelitas quebraram a aliança. Naquele dia, Deus decretou um julgamento: “Moisés
ficou na entrada do arraial e disse: Quem é do SENHOR, venha a mim. Então,
todos os levitas se
ajuntaram a ele. Aí ele Lhes disse: Isto é o que o SENHOR, o Deus de Israel
diz: Cada um ponha a sua espada sobre a sua coxa. Voltai e percorrei o arraial
de uma extremidade a outra, com cada um matando a seu irmão, e amigo, e ao seu
próximo” (Êx 32:26,27).
No final das contas, havia apenas uma tribo com armas
prontamente disponíveis: a Tribo de Levi. O que havia acontecido com todas as
outras tribos? O registro diz: “Aarão os havia despido na presença de seus inimigos.”
Ao ler isto, temos a impressão de que eles estavam
circulando sem nenhuma roupa! não é isto, no entanto, o que a palavra hebraica
significa. Eles se encontravam militarmente expostos (nus) na
presença dos seus inimigos. Eles
haviam deposto as suas armas, muito embora estivessem
rodeados por inimigos.
Os filhos de Israel haviam retirado do Egito todo o ouro e
toda a prata. Eles haviam multiplicado uma quantia equivalente a milhões de
dólares pelos padrões de hoje.
Lá estavam eles, os herdeiros do tesouro do mundo antigo,
mas haviam deposto as suas armas. Não estavam protegendo a herança.
Encontravam-se militarmente nus! Que tolice!
Os levitas foram a única tribo fiel. Estando armados,
entraram no meio dos desarmados e mataram três mil pessoas naquele dia. Deus
designou os levitas para serem sacerdotes porque eles haviam mantido as suas
armas ao seu lado. Eles foram os defensores da nação e de sua herança. Todos os
demais haviam comprometido a segurança e o bem-estar da nação.
“Os levitas fizeram conforme o que Moisés ordenara. E
naquele dia, cerca de três mil pessoas morreram. Aí então, disse Moisés: Vós [levitas] fostes consagrados ao SENHOR hoje... e Ele vos abençoou neste dia” (Êx 32:28,29).
Assim sendo, a Tribo de Levi tornou-se a tribo sacerdotal.
Entretanto, o propósito de Deus de ter uma nação sacerdotal foi
adiado por mais quinze séculos. A maior parte do mundo agora teria que esperar
muitas gerações antes de poder conhecer sobre o único Deus verdadeiro.
Através de toda a história os Zigurates continuariam a ser
construídos ao redor do mundo. A influência de Ninrode aumentaria e
obscureceria o conhecimento do Único Deus Verdadeiro.
O mundo esperaria durante mais de um milênio por um povo
que “obedeceria a voz de Deus” e “guardaria a Sua aliança”.
4. A Promessa Cumprida
“Mas, quando a plenitude dos tempos chegou, Deus enviou
o Seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, para redimir os que se
encontravam debaixo da lei, para que pudéssemos receber a adoção de filhos”
(Gl 4:4,5).
E. POR QUE JESUS VEIO?
1. Jesus Veio Para Dar a Israel Uma Última Chance
De Abraão a Cristo passaram-se 2.000 anos – vinte séculos
em que Israel deixou de se apossar das promessas feitas a Abraão. Todas as nações não
estavam sendo abençoadas, como Deus havia objetivado. Israel não estava
iluminando os gentios, como Deus desejava. “Eu, o SENHOR, te chamei em
retidão... para uma luz dos gentios.”
“E Ele disse: também te darei para ser uma luz aos
gentios, para que possas ser a Minha salvação até aos confins da terra” (Is
42:6;49:6).
Em vez de ser a luz de Deus para os gentios, isto é o que
foi dito a Israel: “Pois o nome de Deus é blasfemado dentre os gentios
através de vós...” (Rm 2:24). “E santificarei o Meu grande nome... o
qual profanastes no meio delas; e os pagãos [gentios] saberão que Eu sou o SENHOR...” (Ez 36:23).
Quando Jesus veio, Ele chorou sobre Israel e a sua
capital: “Ao Se aproximar de Jerusalém e ver a cidade, Ele chorou sobre ela
e disse: Se tu ao menos soubesses neste dia o que te traria a paz...
Os dias virão sobre ti em que os teus inimigos... te
derribarão, a ti, e a teus filhos dentro dos teus portões. Eles não deixarão
pedra sobre pedra, porque não reconheceste o tempo da visitação de Deus para
ti” (Lc 19:41-44).
Ao ser finalmente rejeitado pelos judeus, Jesus disse: “Portanto
Eu vos digo: O Reino de Deus será tirado de vós e será dado a uma nação que dê
os seus frutos’’ (Mt 21:43). Quem foi essa nação a quem foi concedido o
Reino? Descobriremos isto logo em seguida.
Israel pecou e perdeu o seu dia de oportunidade, a sua
última chance de ser a nação missionária de Deus – um reino de sacerdotes.
Agora outros receberiam a bênção e a chance de serem os sucessores naquilo em
que Israel havia fracassado.
2. Jesus Veio Para Acabar com os Templos e a
Construção Deles
Ele veio para quebrar o poder do sistema religioso de
Ninrode, o qual se orgulhava muito das construções religiosas.
“E enquanto alguns falavam sobre o Templo, de como era
adornado com formosas pedras e dádivas, Ele disse: Quanto a estas coisas que
contemplais, os dias virão em que não será deixada pedra sobre pedra que não
seja derribada” (Lc 21:5,6).
“E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes
edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada” (Mc 13:2).
Havia uma boa razão pela qual Jesus acabaria com os
templos. “Assim diz o SENHOR: O céu é o Meu trono, e a terra é o escabelo
dos Meus pés. Onde está a casa que Me edificaríeis?” (Is 66:1)
“...o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos
humanas...” (At 7:48). “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há,
sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templo feito por mãos humanas”
(At 17:24).
Deus queria habitar no coração do Seu povo. Este era o Seu
plano.
“Não sabeis que sois o templo de Deus, e que o Espírito
de Deus habita em vós?” (1 Co 3:16).
“...Deus habita em nós, e o Seu amor é aperfeiçoado em
nós” (1 Jo 4:12).
“...pois sois o templo do Deus vivo, como Deus disse:
Neles habitarei, e entre eles andarei, e Eu serei o seu Deus, e eles serão o
Meu povo” (2 Co 6:16).
Pastor, você é como o rico insensato da parábola de Jesus?
“E disse: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros
maiores...” (Lc 12:18).
Seja como Jesus e os primeiros apóstolos, os quais
enfatizaram A MENSAGEM – E NÃO A ARGAMASSA (construções). A MENSAGEM produz
corações prontos a fornecerem a Deus um lugar de habitação. A argamassa
(Catedrais – Zigurates) acaricia os egos dos que constroem essas coisas.
3. Jesus Veio Para Abençoar TODAS as Nações
Jesus veio para reavivar a antiga
promessa e o propósito de Deus – de que todo o mundo fosse abençoado através do
conhecimento de Deus.
Ao ressuscitar dos mortos, Ele disse: “Todo poder Me é
dado no céu e na terra, e eis que estou convosco sempre, até a consumação dos
séculos... Portanto IDE!” (Mt 28:18-20).
Qual era o significado disto? Jesus estava renovando a
antiga “Comissão” a Noé e seus filhos. Ele estava reavivando o chamado
missionário a Abraão e sua descendência. “Portanto... Ide!”
Bem, a Igreja foi... mas somente até Jerusalém. Desde a
época de Noé até agora parece que o principal problema do Senhor tem sido o de
encontrar pessoas com uma visão mundial. A preocupação comigo, com a minha
família, com os meus desejos e ambições parece personificar a maioria de nós.
Muitos de nós, crentes pentecostais, temos a seguinte atitude: “Eu, minha
esposa, meus dois filhos – nós quatro e fim de papo, Atos 2:4.”
Antes que a Igreja Primitiva implementasse a clara
comissão de Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda
criatura” (Mc 16:15), o Senhor teve de permitir a perseguição. Foi
necessário isto para tirá-los de seus confortáveis ninhos e para obedecerem o
que Ele havia ordenado. Mesmo assim, não foram os pregadores (os apóstolos) que
obedeceram.
“E naquela época houve uma grande perseguição contra a
igreja que estava em Jerusalém; e todos eles foram dispersos por todas as
regiões da Judéia e Samaria, exceto os
apóstolos” (At 8:1).
Foi um movimento “conduzido por leigos” que quebrou a
exclusiva franquia dos Apóstolos Judeus sobre o Evangelho. “Portanto, os que
foram dispersos [nenhum apóstolo – somente leigos] foram por toda parte, pregando a Palavra” (At 8:4).
4. Jesus Veio Para nos Fazer Uma Nação de Sacerdotes
Os apóstolos judeus não prestaram maior atenção à Comissão
de Jesus do que nós o fazemos hoje em dia. Eles ficaram sentados, desfrutando
do reavivamento e das bênçãos em Jerusalém.
Até o Oitavo Capítulo de Atos, quando veio a perseguição,
eles não estavam fazendo nada a respeito do propósito mundial de Deus de
propagação do Evangelho. Os leigos finalmente responderam, quando a perseguição
os dispersou.
Pedro diz: “Mas vós sois um povo escolhido, um sacerdócio real, uma nação santa,
um povo que pertence a Deus...” (1 Pe 2:9). A mesmíssima coisa
que Deus havia prometido aos filhos de Israel, em Êxodo 19, cumpre-se agora em
nós.
Deus não estabelece condições. Ele simplesmente diz: “VÓS
SOIS sacerdotes reais [reis e sacerdotes], uma nação santa!” Não condicionalmente, como era sob a Antiga Aliança, mas
incondicionalmente.
“Eis que dias vem, diz o SENHOR, em que Eu farei uma nova aliança com
a Casa de Israel, e com a Casa de Judá:
“Não de acordo com a aliança que fiz com os seus pais no
dia em que os tomei pela mão para tirá-los da terra do Egito, e esta Minha aliança
eles quebraram...”
“...Depois daqueles dias, diz o SENHOR, Eu colocarei a Minha lei
no seu interior, e a escreverei em seus corações...” (Jr 31:31-33).
Agora, na verdade, Deus está dizendo: “Eu farei”.
“Tentei obter a cooperação voluntária da Minha nação, Israel, mas eles
recusaram. Agora vou fazer a obra, independentemente deles.”
Não existe nenhum “clero” nem “leigo” em nenhuma parte da
Bíblia. Jesus nos declara “reis e sacerdotes”. “E nos fez reis e sacerdotes
para Deus e Seu Pai; a Ele seja a glória e o domínio para todo o sempre. Amém”
(Ap 1:6). “E para o nosso Deus nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos
sobre a terra” (Ap 5:10).
F. O QUE QUEBRARÁ A BARREIRA BABILÔNICA?
O que quebrou a barreira babilônica foi o fato de Deus
haver descido e feito com que todos eles falassem em outras línguas. “Por
isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o SENHOR a língua de
toda a terra, e dali os espalhou o SENHOR sobre a face de toda a terra” (Gn
11:6-9).
Era isso o que o Dia de Pentecostes objetivava alcançar:
espalhar sobre toda a terra os que falaram novas línguas – para pregar o
Evangelho de Cristo. Tal acontecimento foi para quebrar a barreira babilônica.
O propósito daquele Dia não foi o de formar clubinhos do
tipo “abençoe-me” que edificam para cima, ao invés de alcançarem os que estão
de fora, e sim o de nos capacitar para irmos a todo o mundo e tornarmo-nos
mártires para Jesus Cristo (At 1:8). Foi a confusão das línguas que quebrou a
barreira babilônica.
1. Enfoque a Evangelização Mundial
Deus queria que o Pentecostes (At 2:4) fosse isto para a
Sua Igreja. O derramamento do Espírito Santo deveria fazer com que nos
tornássemos internacionais e globais em nossa forma de pensar em nossa
mentalidade. O Pentecostes deveria fazer com que percebêssemos que há pessoas
de outras nações e línguas que estão esperando pelo Evangelho.
Todas as vezes que você fala em línguas você deveria
lembrar-se do programa global de Deus para todos os povos de “...todas as tribos e línguas, e povos,
e nações.”
O Livro do Apocalipse nos leva ao Céu e nos mostra o
resultado da Era da Igreja. Reunida diante do Trono encontra-se uma multidão
inumerável.
“E cantavam um novo cântico: Tu és digno... porque...
com Teu sangue compraste homens para Deus de toda tribo, e língua, e povo, e
nação, e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre
a terra” (Ap 5:9,10).
Se é a vontade de Deus que essas pessoas “de toda
tribo, e língua, e povo, e nação” estejam no Céu, é melhor que você ore
para que o Deus Todo-Poderoso o ajude a fazer a sua parte, a fim de que elas
possam receber o Evangelho.
Um enorme segmento do mundo ainda espera pelo Evangelho.
Duas entre cinco pessoas (dois bilhões de seres humanos) ainda estão esperando
que a Igreja obedeça o mandamento de Cristo de IR e pregar – de cooperar com o
desejo de Deus de justificar os pagãos através da fé em Jesus Cristo.
Até cerca de 200 anos atrás, a Igreja encontrava-se
totalmente presa nesta escravidão babilônica. A Idade Média havia trazido a
total imersão do propósito divino sob o sistema religioso de Ninrode. Era
chamado de “cristianismo”, mas, na verdade, era algo totalmente Ninródico. Era
um sistema político com líderes religiosos dirigindo o espetáculo.
2. Pare de Construir “Templos”
O que a Igreja fez durante aquelas trevas da Idade Media?
Ela descartou o mandamento de evangelizar o mundo e começou a construir
catedrais com lindas e altas torres “...cujo cume toque nos Céus...”
De que espírito você acha que isto saiu? Será que saiu da
Grande Comissão? Será que saiu do amoroso coração de Jesus “que veio para
buscar o que se havia perdido” (Lc 19:10)?
Não! Saiu da religião de Ninrode, a qual espalhou os seus
tentáculos de trevas sobre a Igreja e a amaldiçoou, e produziu a venda
dissoluta de indulgências para financiar a construção de torres e catedrais em
direção ao Céu – não, como se afirmava, para a glória de Deus, mas sim para a
vaidade carnal do homem.
Não sou contra o aspecto de a Igreja ter as suas
dependências para executar a Sua obra, mas a construção desvairada de torres de
Babel para satisfazer o ego do homem é uma maldição pecaminosa sobre a Igreja.
Deus nunca ordenou isto. Deus nunca deu este mandamento. Não há sequer uma
palavra de autoridade para isto, de Gênesis a Apocalipse.
No entanto, em que nós, líderes de igrejas do ocidente,
enfocamos a maior parte dos nossos recursos, tempo e esforços. Na minha
opinião, a predominância dos líderes são “Ninrodes”, dizendo: “Façamo-nos!
Edifiquemo-nos! Para que não sejamos dispersos – e acabemos indo para todo o
mundo com o Evangelho.” (Considere isto como um sarcasmo.)
As nossas torres de igrejas se projetam em direção ao céu
e competimos uns com os outros para vermos quais os edifícios mais ostentosos
que podem ser erigidos. É o antigo sistema de Ninrode levantando a sua horrenda
cabeça: “Para que não sejamos dispersos por toda a terra para cumprirmos o
propósito divino.” Não seria uma tragédia se isto acontecesse? (Esta pergunta é
um sarcasmo divino).
Esse é um problema antigo, que não desaparecerá com o
Ralph Mahoney pregando sobre ele uma vez.
Mas se você for um líder com coragem e fé, você poderá
levantar-se e quebrar a barreira babilônica. Você poderá começar a orar contra
ela, amarrando aqueles antigos e demoníacos principados e potestades que
dominam mortalmente as finanças da Igreja e se recusam a liberá-las para a
grande colheita do mundo.
3. Re-Ordene as Prioridades Financeiras
Nos Estados Unidos, damos 3 centavos de cada 100 dólares
doados em nossas igrejas (não 3 centavos de cada dólar, mas sim 3 centavos de
cada cem dólares)
para a evangelização missionária. Este é um triste comentário sobre uma Igreja
dominada pela escravidão de Babel.
Quarenta por cento do mundo ainda não possui o Evangelho.
Essas pessoas nunca o ouviram e não se encontram ao alcance do Evangelho hoje.
Que crime!
Quase dois mil anos se passaram desde que Jesus disse aos
Seus seguidores o que Ele queria especificamente que fizessem. Quatro mil anos
se passaram desde que Deus contou a Abraão sobre o Seu desejo de possuir um
povo que abençoaria a todas as nações. Cinco mil anos se passaram desde que
Deus falou sobre o Seu plano mundial a Noé e seus filhos – e o mundo
não-evangelizado ainda está aguardando.
“Despertai para a retidão e não pequeis; pois alguns
ainda não têm o conhecimento de Deus: Falo isto para vergonha vossa” (1 Co
15:34). Se era uma vergonha trinta anos após o Pentecostes, quando Paulo
escreveu isto, é uma vergonha dupla, hoje em dia, o fato de que alguns ainda
não possuem o conhecimento de Deus.
Nós, líderes de igrejas em nações ocidentais, temos
decisões a tomar sobre quando, onde, e como nos levantaremos para quebrarmos a barreira
babilônica. Precisamos ter como nossa prioridade número 1 a pregação do
Evangelho – espalharmos a mensagem e pararmos de espalhar tanta “argamassa” (a
construção de apriscos maiores para abrigarmos as ovelhas). As ovelhas foram
feitas para o campo e não para os apriscos. “O campo é o mundo” (Mt
13:38).
Digo pela terceira vez que a ênfase da Bíblia é a mensagem. A ênfase do
cristianismo ocidental é a
argamassa. Pense nisto!
G. CONCLUSÃO
Um dos principais obstáculos à evangelização mundial é o
conceito das catedrais. As catedrais absorvem a maior parte dos recursos
financeiros que deveriam ser usados para a propagação do Evangelho. “Senhor!
Faça com que nos arrependamos deste terrível pecado contra os
não-evangelizados. AMÉM!”
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O
livro O Cajado do Pastor é
distribuído gratuitamente para pastores da África, Ásia e América Latina.
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