q
a
Louvado seja o Senhor, sim, exaltamos a Deus por tudo que Ele tem feito no Brasil e através dos missionários brasileiros! Depois de dois anos de dedicação na atualização da pesquisa da Força Missionária Brasileira, a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lançou o resultado final no VIII Congresso Brasileiro de Missões (CBM), realizado nos dias 23 a 27 de outubro em Águas de Lindoia (SP).
Hoje somos 15 mil missionários transculturais espalhados no Brasil e no mundo, desde os povos minoritários brasileiros até nas nações de mais difícil acesso. Somos um movimento missionário mais dinâmico e multifacetado do que podemos imaginar.
Alguns motivos de celebração:
- A pesquisa aponta para um movimento missionário crescente, principalmente no início dos anos 2000 e um novo impulso por volta de 2010, crescendo 8.2% ao ano;
- Há um grande foco no ministério evangelístico (41,2%) e de plantação de igreja (37,7%), seguindo a tendência notória da igreja brasileira;
- 23% dos missionários são envolvidos com mais de uma organização missionária nos seus ministérios, demonstrando que o movimento missionário é interdependente;
- Há um equilíbrio entre as faixas etárias, trazendo uma boa perspectiva de transição de geração.
- Equilíbrio entre o sexo dos missionários: homens (52%) e mulheres (48%);
- O bom entendimento das organizações dos pré-requisitos para ser missionário: possuir formação missiológica (59,2%), possuir formação bíblica (65,7%), filiação à uma igreja local (88,1%), possuir recomendação de um(a) pastor(a) ou líder (90,7%), ter caráter cristão (96%);
Alguns motivos de atenção:
- 11,8% das organizações não oferecem nenhum tipo de preparo missionário;
- Alto índice de missionários com nível escolaridade até o ensino médio: 30,2%;
- Baixo índice em treinamentos linguístico (27,6%) e antropológico (39,4%) oferecidos pelas organizações;
- Baixo índice de cuidado missionário quando ele regressa ao seu país ou cidade (26,3%);
- 79% e 71% das organizações, respectivamente, não se envolvem com os custos do plano de saúde e previdência social dos seus missionários;
- 50% das organizações não tem nenhum tipo de plano de evacuação em caso de risco eminente para os missionários;
- Baixo envolvimento nos ministérios de: cuidado missionário (1,3%), entre os surdos (1,7%), pescadores (1,7%), ciganos (2,2%), hindus (4.8%), budistas (5,4%) e pesquisas (5,9%);
- 65,8% das organizações relataram dificuldades na área financeira;
- A cada 3.953 cristãos evangélicos, um missionário é enviado. Precisamos de 13 igrejas para enviar apenas um missionário;
- Em base nas respostas das organizações que responderam o questionário, a média de oferta para missões dos brasileiros é menos de 2 reais ao mês;
Olhando para estes e outros pontos a serem considerados, devemos responder a seguinte pergunta: estamos preparados para receber e enviar essa força missionária de forma competente e cuidadora?
Acreditamos que o rápido crescimento numérico de missionários transculturais nos últimos anos nos leva a celebrar a bondade do Senhor, mas deve também nos fazer refletir. Por isso fazemos pesquisas, pois acreditamos que a pesquisa missionária é um processo de observação debaixo da dependência de Deus, pois seu alvo é compreender o que Deus fez, está fazendo e como ele direciona a sua igreja no espalhar do evangelho entre todos os povos. Contudo, tendo um olhar crítico, humilde e sincero diante dos êxitos e dos fracassos que cometemos, não acreditamos que são apenas números e estatísticas, mas são vidas sendo representadas.
Que o Cordeiro que tira o pecado do mundo possa nos encher de sabedoria e poder para prosseguirmos na obra que nos foi confiada!
Para acessar o relatório completo da pesquisa, confira no site.
* Felipe Fulanetto é pastor e missionário da Igreja do Nazareno, membro do departamento de pesquisa da AMTB e coordenador da pesquisa Força Missionária Brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário