Alterando as
Fronteiras
Há alguns anos,
durante um seminário de uma semana numa grande universidade cristã da
Califórnia, desafiei os alunos a fazerem a oração de Jabez (1Cr 4.10), pedindo mais
bênçãos e maior influência. Sugeri que o corpo discente de mais de dois mil alunos
estabelecesse um objetivo ministerial digno da importância daquela escola.
- Porque não
olhar para o globo e escolher uma ilha? – sugeri - Depois de escolher o lugar,
reúnam um grupo de alunos, fretem um avião e conquistem a ilha para Deus.
Alguns alunos
riram. Os outros questionaram minha sanidade. Mas quase todo o mundo ouviu.
Insisti. Tinha viajado à ilha de Trindade e constatado a carência do lugar e
por isso disse a eles:
- Vocês podem
pedir Trindade para Deus. E também um DC-10.
Ninguém comprou
a ideia.
Mesmo assim, o
desafio deu início a uma agitada conversa. Vi que a maioria dos alunos estava
ansiosa por fazer alguma coisa significativa com seus talentos e com seu tempo
disponível, mas estavam inseguros sobre como começar. Normalmente eles faziam questão
de relatar sua falta de habilidade, de dinheiro, de coragem e oportunidade.
Passei a maior
parte daquela semana fazendo-lhes uma pergunta: se o Deus do céu o ama
infinitamente e quer que você esteja diante dele a cada instante, e se você
sabe que o céu é um lugar muito melhor para você, então porque será que Ele
deixou você aqui na terra?
Expus a cada
aluno que encontrava o que eu achava ser uma resposta bíblica para aquela
questão: você está aqui porque Deus quer que você alargue suas fronteiras,
conquistando novos territórios para Ele – talvez uma ilha – e alcançando
pessoas em nome dEle.
Deus estava
operando. Uma semana depois de voltar para casa, recebi uma carta de um aluno
chamado Warren. Ele e seu amigo, Dave, tinham decidido desafiar o poder de Deus
e pedir que os abençoasse e alargasse suas fronteiras. Eles oraram especificamente
que Deus lhes desse a oportunidade de testemunhar ao governador daquele estado
naquele final de semana. Jogaram seus sacos de dormir no porta-malas do
Plymounth Valiant ano 1963 de Waren, viajaram mais de 600 quilômetros até a
capital do estado e foram bater na porta do governador.
A carta
prossegue assim:
Veja o que tinha
acontecido até a noite de domingo, quando voltamos de sacramento:
Havíamos
testemunhado de nossa fé a dois frentistas de um posto de gasolina, a quatro
seguranças, ao chefe da Guarda Nacional dos Estados Unidos, ao diretor do
Departamento de saúde, Educação e Ação Social do Estado da Califórnia, ao chefe
da Polícia Rodoviária da Califórnia, à secretária do Governador e por fim ao
próprio Governador.
Estamos
agradecidos e assustados feito crianças com o crescimento que Deus nos tem dado.
Obrigado mais uma vez por seu desafio!
Isso foi só o
começo. Nas semanas e meses que se seguiram, uma visão de fronteiras mais
largas varreu o campus. No outono, um aluno, orientado por Warren e Dave, já havia
montado um grande projeto missionário para o verão seguinte, chamado “Operação
Jabez”. Seu objetivo: reunir um grupo de alunos auto-sustentados, fretar um
avião e – adivinhe – voar para a ilha de Trindade para um ministério de verão.
E foi exatamente
isso que eles fizeram. O grupo foi composto de 126 alunos e professores. Quando
levantou voo de Los Angeles, a Operação Jabez já contava com grupos prontos
para ministrar mediante dramatizações, construção, escola bíblica de férias,
música e visitação. Nas palavras do reitor da universidade, a Operação Jabez
foi o mais bem sucedido ministério estudantil da história daquela entidade.
Dois alunos
pediram que Deus lhes alargasse as fronteiras – e Deus atendeu! Uma pequena
oração refez um mapa e impactou a vida de milhares de pessoas.
Trecho do livro A Oração de Jabez (Ed. Mundo Cristão).
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