quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Evangelização dos índios guaranis

Pr. Paulo Cézar Tupã Mirim


Estima-se que na chegada dos primeiros colonizadores, no ano de 1500, havia cerca de mil tribos indígenas espalhadas por todo o território brasileiro. Calcula-se que havia mais de dois milhões de índios que compunham essas tribos, o que significa uma população quase quatro vezes superior à população existente em Portugal na época.
Hoje já se passaram quinhentos e sete anos do descobrimento do Brasil e as tribos existentes se resumem em cerca de duzentas e vinte espalhadas por todo o Brasil, somando-se uma população de cerca de duzentos e vinte e sete mil índios. Esse número representa bem menos que 1% da população total do nosso país. Os índios, na medida das suas forças, lutaram bravamente (brava gente brasileira) contra os colonizadores portugueses que queriam tomar as suas terras e acabar com a sua liberdade. A reação indígena, porém, foi sufocada pelas armas de fogo dos colonizadores. Cruelmente, a pólvora do homem branco massacrou o heroísmo indígena de arco e flecha.

Essas nações indígenas foram classificadas, de acordo com a língua que falavam, em quatro grandes grupos:

Os Tupis: que habitavam o litoral brasileiro, principalmente dos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão e do Pará;
Os Nuaruaques: que habitavam a Ilha de Marajó, parte da Amazônia e o estado de Mato Grosso;
Os Caraíbas: que habitavam a região amazônica;
Os Tapuias ou Jês: que habitavam o interior do Brasil Central.

O povo guarani divide-se em três subgrupos:

1) Os guaranis Nhandeva: Ocupam território mais ao sul, em áreas limítrofes do Mato Grosso, Paraná e Paraguai e, ainda, no interior e litoral de São Paulo.
2) Os guaranis Kaiwá: Estão distribuídos num território que ocupa a região fronteiriça no Mato Grosso do Sul e no Paraguai Oriental.
3) Os guaranis Mbyá: Ocupam território localizado na parte central do Paraguai Oriental o qual se estende, hoje, pelo Norte de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Pará e Espírito Santo.
Como já vimos o povo guarani, que fala uma língua que tem origem no tupi, e que fez frente na batalha contra os colonizadores, continua habitando grande parte do litoral e vários estados brasileiros. São cerca de trinta mil índios guaranis vivendo em território brasileiro. Temos aproximadamente cinco mil índios guaranis morando no estado de São Paulo. São cerca de vinte aldeias. Quatorze delas estão ao longo do litoral paulista e sete mais próximas da capital. Três dessas aldeias estão praticamente dentro da Grande São Paulo: Aldeia Morro da Saudade – Santo Amaro; Aldeia Krukutu – Santo amaro; Aldeia do Jaraguá – Jaraguá (este último grupo vive em condições de favelados, morando em barracos de lona plástica).
Aldeia Rio Silveira – Boracéia
Aqui vivem cerca de trezentos e cinqüenta a quatrocentos índios. Moram em casas que são chamadas de ocas de primeiro mundo, que foram construídas pelo governo estadual em parceria com a prefeitura municipal de São Sebastião. São cerca de sessenta casas que foram construídas através desse projeto. Essas casas possuem água encanada, luz elétrica, banheiros com chuveiro, vaso sanitário e pia.
Na aldeia, temos uma escola que foi construída pelo governo do estado em parceria com a prefeitura municipal de Bertioga, pois a aldeia fica entre os dois municípios. Já temos alguns índios que estão fazendo pedagogia na USP, entre eles o vice-diretor da escola.
Temos uma enfermaria onde os índios são atendidos quando estão doentes. Na área da saúde os índios recebem a ajuda da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde).

Missão Batista na Boracéia

O trabalho existe há sete anos e recebe o apoio da Junta de Missões Nacionais e Estaduais, Associação Batista do Cone Leste de São Paulo, Igreja Batista do Jardim Satélite – São José dos Campos.

Área de atuação:


1) Assistência Social: Temos feito distribuição de roupas, remédios, calçados, comidas etc. (que nos são enviados pelas igrejas batistas)
2) Lingüística: Já estamos a vinte e dois anos estudando a língua guarani do dialeto Mbyá. O nosso objetivo é comunicar o evangelho na própria língua do povo guarani.
3) Cultura: Também temos nos dedicado todos esses vinte e dois anos para conhecer a vida cultural dos índios guarani. Queremos apresentar o evangelho para esse povo dentro do seu contexto lingüístico e cultural.
4) Evangelização: Já temos uma família sendo discipulada e cremos que em breve teremos uma farta colheita por aqui entre os guaranis.
Contamos com as suas preciosas orações por mim, Pr. Paulo Cezar e pela minha família.
Por melhor sustento para investirmos na obra.
Pela nossa filha que está estudando no Seminário Palavra da Vida em Atibaia (por sustento).

Autor: Há mais de vinte e dois anos trabalhando com os índios; no momento escreve dicionário em Guarani para auxiliar na evangelização.

Fonte: www.evangelizabrasil.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi graça e paz...

Gostaria de mais informções sobre os indios...
Estou organizando um conferencia missionária sobre eles...

Se puder me ajudar...

Deus abençoe,

Kelly Virgínia
kelly.soares@kdebrasil.com.br

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