Segundo os estudiosos no assunto e mesmo na opinião de autores renomados da área missiológica, um contingente expressivo de missionários retorna do campo prematuramente ou sentem-se impedidos de continuar a obra missionária por razões relacionais.
Há, porém, aqueles que esmorecem por questões financeiras, é o que nos informa Guthrie, no capítulo MAL-ESTAR MISSIONÁRIO. “Um casal veio até George Murray, então um missionário da grande agência TEAM, em uma conferência missionária para se voluntariar ao serviço no exterior, dizendo: ‘Deus falou conosco. Nós temos treinamento bíblico. Acreditamos que Deus nos quer no campo missionário. Só há uma coisinha que nos impede de ir. Acabamos de comprar uma casa e gostaríamos de quita-la antes de irmos’. Bem, disse Murray, um ex-missionário na Itália – e quanto tempo isso vai levar? ‘Vinte anos’ – eles responderam.
Para muitos candidatos a missões, a barreira mais desestimulante para o ministério no exterior não é aprender uma nova língua ou fazer cursos bíblicos de pós-graduação durante dois anos. Não é a possibilidade de um choque cultural, ou a solidão, ou até mesmo a perseguição. É o dinheiro. Freqüentemente é o desafio de levantar o sustento necessário junto aos amigos, aos vizinhos, às igrejas, às vezes, até mesmo às igrejas do outro lado do país.
Guthrie afirma também que “muitos missionários estão em estado crônico de sustento abaixo do almejado. Alguns dos contribuintes, sobrecarregados de dívidas, simplesmente deixam de pagar a contribuição mensal prometida. Outros contribuintes mais fiéis acabam morrendo, e ninguém surge para ocupar o seu lugar.(...) Murray, no entanto, nos faz refletir: “Minha pergunta é: se os missionários estão dispostos a irem sem capital, será que deveríamos considerar a possibilidade de ficarmos sem capital a fim de ajudar em seu envio?”
(Guthrie, Stan - Missões No Terceiro Milênio - Horizontes Amércia Latina - Pgs.: 43/44/47)
Via Missão Aliança Evangélica do Brasil - http://www.maeb.org.br/site/
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