Baht
Singh, famoso evangelista da Índia, certa vez deu uma entrevista acerca da
mensagem cristã que ele pregava:
—
O senhor fala sobre a ira do Deus? — perguntaram.
—
Não; todos os deuses da Índia são irados — replicou ele.
—
O senhor fala acerca do amor? — foi a próxima pergunta.
—
Não - respondeu Singh - o povo da Índia relaciona a palavra “amor” com o sexo.
—
Fala o senhor sobre a morte de Cristo?
—
Não — replicou Singh — meu povo já tem muitos mártires.
—
Bem, então ... fala o senhor sobre a vida eterna?
—
Não com frequência — respondeu ele. — O conceito hindu da eternidade é cíclico.
De acordo com o pensamento hindu, a vida eterna não é algo desejável. É algo
para ser suportado.
—
Bem, então, que destaca o senhor em sua pregação? — foi a pergunta final.
—
Damos ênfase ao perdão dos pecados, à paz e à serenidade íntima. É isto o que
os hindus mais procuram. É neste ponto que Deus se encontra com eles.
Baht
Singh realizou um poderoso ministério na Índia, graças ao qual dezenas de
milhares de pessoas aceitaram a Cristo. Ele teve sabedoria suficiente para usar
uma estratégia cujo objetivo era pregar as doutrinas do evangelho que mais
satisfaziam às necessidades mentais e emocionais do povo. Isso não quer dizer
que ele não pregava todo o evangelho. Ensinava as demais verdades bíblicas
depois que os ouvintes se convertiam e se tornavam crentes. Mas, para
evangelizá-los, destacava os temas evangélicos que ofereciam resposta às
necessidades do povo.
Larry D. Pate, in Missiologia: A missão transcultural da igreja (Ed.
Vida).
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