sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Participando de projetos sociais apoiados pela igreja – Alguns exemplos de sucesso

 


Em seu livro Missões Para Pequenos Grupos Multiplicadores (JMN, 2017), o pastor Djalma Albuquerque dá alguns exemplos de ações sociais evangelísticas realizadas por sua igreja.


Nossa igreja (1ª PIB de Campo Grande) apoia muitos projetos sociais aqui em Campo Grande (MS), alguns dos quais precisam de voluntários para funcionar. Imagino que em sua cidade haja projetos assim também, quem sabe até organizados por sua igreja. Se for assim, o líder de missões pode incentivar os membros ou os participantes de grupos como células ou PGMs (Pequenos Grupos Multiplicadores, metodologia adotada por algumas igrejas) e segmentos como a Secretaria de Missões a marcar um dia para servir e abençoar vidas. Certamente será uma experiência inesquecível.

O grupo pode começar um trabalho em um hospital, e se já tiver alguém atuando em um, ele pode se unir e somar forças. Podemos visitar os enfermos, orar com eles, entregar presentes ou cartões escritos pelos membros da igreja, cantar músicas cristãs, entre muitas outras atividades. Para isso, podemos inclusive aproveitar as datas comemorativas do ano, como o Natal. Ações como essas farão toda a diferença na vida de quem as recebe e de quem as pratica. Às vezes não precisamos dizer nada, nem fazer nada demais, porém somente nossa presença já "fala alto" por si só. Mas esse contato precisa ser constante o ano todo.

O trabalho em nossa igreja tem o nome de Equipe da Esperança. Essa equipe visita duas mil pessoas por mês, vinte e quatro mil por ano. É muito bom quando temos alguém que ama esse ministério e se dedica a ensinar os membros de seu grupo a fazer visitas e ajudar no que for preciso. O grupo pode, por exemplo, pintar uma parede do hospital, levantar doações de cadeiras de rodas, muletas, chinelos, fraldas para adultos e produtos de higiene pessoal. No dia da entrega, o líder de missões do grupo deve estar preparado para fotografar, filmar, organizar um momento de culto com a direção do hospital para que vejam que a igreja se importa e participa.

Lembro-me de uma vez que o Projeto IDE (Instituto de Desenvolvimento Evangélico) precisava pintar as paredes de seu prédio mais antigo. Voluntários da nossa igreja se prontificaram e, em um fim de semana, conseguiram pintar prédio inteiro por dentro e por fora. Glória a Deus! Em outra oportunidade, num Natal a igreja coletou e encapou caixas de sapato e colocou dentro um brinquedo simples, além de um minipanetone, balas e pirulitos. Marcamos o dia para levar os presentes a uma comunidade carente. Foi algo maravilhoso que marcou a todos. Esse projeto atende hoje mais de cem mil pessoas por ano e, por se dedicar a crianças em risco, já recebeu recursos do Criança Esperança e da Petrobras. Hoje as crianças têm uma história linda para contar. Elas aprendem a montar instrumentos musicais e recebem aulas de robótica. Várias delas tocam na orquestra do projeto. Melhoraram seu comportamento em casa, na escola e na sociedade. Isso tudo é fruto da integração do projeto com uma igreja que ora e participa.

Há também o Projeto Nova, que resgata mulheres "profissionais" do sexo e as abriga em uma casa. No começo não sabíamos como fazer. Havia muito preconceito, muito medo. Como preservar o anonimato e ao mesmo tempo trabalhar e colher frutos? Deus levantou uma irmã abençoada, que junto com seu marido iniciaram o projeto. Depois de alguns anos a igreja começou a aprender a interagir além de orar nos grupos e células. O próximo passo foi perguntar o que podíamos fazer para ajudar. Em certa ocasião os grupos se organizaram e, em um sábado, pegaram caixas de madeira, envernizaram, cortaram e montaram suportes de flores e hortas, que embelezaram a sede do projeto. Foi um dia em que aquelas mulheres perceberam que a igreja ama longe e perto. Foi inesquecível! Eu também estava lá e perguntei a uma irmã, Elza:

- Você já conhecia o projeto?

A reposta foi negativa.

- O que está achando do trabalho? - quis saber.

- Maravilhoso! - ela disse. - Não imaginava que eu poderia ser tão útil fazendo tão pouco e me divertindo tanto na obra de Deus!

Hoje Elza é voluntária do projeto e contagia outros voluntários.

Temos outro projeto chamado Nova Criatura, que há mais de vinte anos trabalha com resgate, restauração e ressocialização de egressos do sistema prisional. São pessoas que aceitaram Jesus dentro do presídio e que, quando saem, vão para uma casa abrigo, onde tiram documentos, aprendem uma profissão e recomeçam a vida. O projeto começou pequeno, foi ganhando experiência e hoje tem uma associação que cuida dessas pessoas. No início alguns irmãos da igreja tinham dificuldades de oferecer uma nova oportunidade para alguém com aquele perfil, mas aos poucos Deus foi permitindo que o coração desses irmãos fosse tocado com testemunhos vitoriosos, e as portas foram se abrindo.

Alex é um bom exemplo. Começou sozinho a fazer tapeçaria, e deu tão certo que hoje é empresário e faz sofás, pufes, cadeiras e é líder de um PGM abençoado. Outro exemplo é Oscar. Preso por assaltar bancos, conheceu Jesus dentro do presídio e, depois de cumprir sua pena, foi para a casa abrigo. Começou lavando carros usados e aos poucos foi crescendo. Hoje é gerente da Michelin Pneus na cidade de Três Lagoas-MS. Há muitos outros testemunhos como esses. Tudo começa quando pedimos direção de Deus para fazer a sua vontade e nos dispomos a obedecer.

Outro projeto que a nossa igreja apoia é o Impacto Aventuras, que surgiu com Fernando Campos, um dos ex-presidiários. Ele abriu uma empresa de dedetização e é apaixonado por esportes radicais e de aventura. Lidera uma equipe de voluntários que vão a escolas, praças, retiros e igrejas para levar alegria e ensino de vida. Eles usam cama elástica, futebol de sabão, torre para fazer escalada, piscina de bolinhas, malha de escalada, tirolesa, giroscópio, floorball e rapel. A criançada fica louca de ver tanta coisa boa e dá atenção a uma palavra que impacta por meio do amor e da dedicação de cada um. Os PGMs da igreja abençoam o Projeto orando e se envolvendo para conhecer como é na prática o seu cotidiano. Os voluntários ajudam a montar e desmontar o equipamento, organizar filas e colocar os equipamentos, preencher fichas, cuidar da segurança, preparar lanches, limpar as áreas, conversar com os pais e ainda participam ativamente das brincadeiras.

Garanto que, quando envolvemos os membros dos PGMs em projetos sociais e eles começam a ver os milagres de Deus por meio das orações chegando ao campo missionário, eles não permanecem os mesmos.

Djalma Albuquerque


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