quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quais as implicações do nosso "jeitinho brasileiro" no campo missionário?

Creio que em todas as culturas, há um “jeitinho” que a caracteriza como uma cultura particular e única. O “jeitinho” brasileiro é parte integrante de nossa cultura e da cosmovisão do povo brasileiro. Isso a torna única e especial. Creio que devemos ter orgulho do que somos e como somos. E como em todas as culturas há pontos positivos e negativos no que se refere ao seu “jeito”.
Em particular, o “jeitinho” brasileiro tem – como em todas as culturas – seu lado positivo que nos ajuda em varias situações e em diferentes circunstâncias, como seu lado negativo que nos atrapalha e nos faz errar, quer em questões éticas e morais quer em questões bíblicas.
Quando nos referimos a missões, devemos lembrar, que nós – brasileiros – temos incrustado em nossas raízes este jeitinho, e que conseqüentemente o levamos para todos os lugares; e com isso precisamos ser moldados por Deus e pela Sua Palavra para que possamos ser bênçãos aonde quer que estivermos. Principalmente quando se tratar de missões transculturais, devemos ter a preocupação de cuidarmos com os jeitos e trejeitos brasileiros para que as nossas atitudes e estilo de vida não sejam uma pedra de tropeço no campo missionário.
Há em nosso “jeito” implicações positivas como a criatividade diante das dificuldades, sendo o brasileiro capaz de sair-se bem em diferentes situações; a nossa solidariedade para com o próximo; nosso modo simpático de se relacionar com pessoa de vários lugares e de diversas culturas, e em conviver com maior facilidade com pessoas de diferentes opiniões. Todas estas qualidades devem ser usadas para o sucesso da missão. Porém mesmo diante das qualidades devemos ter cuidado para que as usemos de forma equilibrada dependendo do meio onde estivermos vivendo.
E há também os pontos negativos, como a facilidade que o brasileiro tem em burlar as leis; em tirar vantagens de todas as situações; o nosso imediatismo nos levando muitas vezes a pegar atalhos que pareçam ser mais fáceis; como também o dualismo, onde aceita outras culturas e pensa que será aceito por todos. Estes defeitos pertencentes ao “Jeitinho brasileiro” têm graves implicações no âmbito da moral, da ética e principalmente na parte Espiritual, em nosso relacionamento com Deus. Por isso devemos nos lembrar que para Deus, não importa qual é o nosso “jeito”, aonde nascemos ou que cultura recebemos, mas o importante é que andemos em obediência a Sua Palavra que vai muito além de qualquer cultura e de qualquer “Jeito”.
Concluo com tudo isso que indiferente da cultura, indiferente dos “jeitos” – com seus pontos positivos ou com seus pontos negativos – que sempre devemos prezar pelo equilíbrio e direção de Deus. Pois quando somos direcionados por Deus somos moldados por Ele de acordo com as necessidades do campo para que o nosso testemunho somado a ministração da Sua Palavra possa atingir a sua finalidade que é glorificá-lO e exaltá-lO em todos os povos, línguas, nações e “JEITOS”.

“Todos tropeçam em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavras ‘ou em jeitos’, esse homem é perfeito, e capaz de refrear todo o corpo” (Tg 3:2).

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