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Pr. Paulo FerreiraA maior tragédia haitiana, porém, são as trevas espirituais em que se mantém o povo
Obra Missionária no Haiti |
O violento terremoto que sacudiu este pobre país caribenho despertou o mundo para uma ferida social aberta bem ali ao sul dos Estados Unidos, a nação mais rica e poderosa da terra. Poucas pessoas, mesmo as de boa cultura, sabem onde fica o Haiti. Mesmo no Brasil, país que há quatro anos lidera a Minustah (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti), pouco se sabe a respeito desse país, pois a imprensa, que não abre espaço para divulgação de notícias militares, ignorou solenemente, até agora, esta importante missão, desempenhada de maneira excepcional pelas nossas Forças Armadas.
O Haiti foi descoberto em 1492, por Colombo, que deu o nome de Hispaníola (Espanha Pequena) à ilha onde hoje se situam o Haiti e a República Dominicana. Trata-se de um país paupérrimo, com 6 milhões de habitantes, onde se diz que o esforço maior do governo é promover a transição entre a miséria e a pobreza.
A maior tragédia haitiana, porém, são as trevas espirituais em que se mantém o povo. A principal religião é o Vodu, mistura de catolicismo com crendices afro-caribenhas. Dizem que 80 por cento dos haitianos são católicos, mas 100 por cento são voduístas. Existem no país algumas missões evangélicas, pouco expressivas, pois durante o governo do ditador François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc, se associaram ao ditador, em sua luta e perseguição à Igreja Católica. Papa Doc morreu no poder, deixando o governo como herança ao seu filho Jean-Claude, que foi deposto. Seria extremamente desejável que as Igrejas evangélicas das Américas voltassem sua atenção para o Haiti. Ali há muito espaço para missões. A população é em extremo carente. A tragédia teve o efeito colateral de abrir os olhos do mundo para a miséria explícita lá reinante.
A tarefa mais urgente, além das orações, é restabelecer ali um pólo missionário, verdadeiramente voltado para a assistência espiritual a esse pobre e sofrido povo.
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