domingo, 23 de setembro de 2012

O Clamor dos Povos, poema de Dulcinéia S. Lima



O clamor dos povos
           
Na selva amazônica,
No interior nordestino,
Nas fronteiras brasileiras.
Em países vizinhos.

Não ouves tu um clamor?
São povos perdidos na escuridão,
Sem esperança, sem alegria.
Errantes, sem direção.

Do verdadeiro Criador ainda não ouviram,
Não conhecem a Verdade que liberta,
O Pão que sacia a fome,
A água Viva que jamais acaba,
Aquele que um dia foi homem,
O amor que vidas transforma.

Agora olha para ti mesmo!
Tens a Palavra que liberta,
A Luz que sempre te ilumina,
A Rocha que te mantém seguro,
Tua vida, em Cristo, está completa.
Nos lábios, tens um novo cântico.

Tudo isso tu tens
Porque alguém por ti se importou
E ouviu teu clamor.

Olha então para os povos!
Seus corpos e rostos pintados.
Alma triste, sem cor.
Marcados pelo sofrimento,
Não sabem por onde vão
Podes então ouvir o clamor?
Permanece com os ouvidos atentos,
Mas estende tuas mãos, sem reserva.
Prepara teus pés,
Olha para a frente.

Podes ver quem aguarda por ti?
Ele jamais te abandonará.
Sejam montanhas, planícies ou desertos.
Por todos os caminhos já passou.
Permanece fiel e amoroso.
É um Pai Supremo e Amigo.
Podes ainda deixar de ouvir o clamor dos povos?

*Dulcinéia S. Lima é missionária de base da Missão Novas Tribos do Brasil.

Fonte: Livro Missões, a razão da existência da igreja, Jairo de Oliveira, Abba Press.

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