quinta-feira, 4 de setembro de 2025

DISTRIBUINDO LITERATURA EVANGELÍSTICA – DICAS DE GEORGE VERWER


DISTRIBUINDO LITERATURA – DICAS DE GEORGE VERWER


Embora a distribuição de folhetos possa parecer simples à primeira vista, na verdade, pode ser um pouco difícil. Entregar um folheto a um passante é uma coisa, mas entregá-lo de forma a levar a pessoa lê-lo é outra muito diferente. Embora nosso contato com aquele indivíduo seja bastante breve, ele pode ter efeitos duradouros, positivos ou negativos. Damos abaixo algumas sugestões práticas, que consideramos bastante úteis para se fazer uma distribuição mais proveitosa.

 

1. ESTAR BEM ARRUMADO E COM BOA APARÊNCIA

Infelizmente, alguns crentes se descuidam muito da aparência, tornando-se desmazelados. E nisso não existe nenhuma virtude. Paulo disse que fez-se "tudo para com todos" a fim de ganhar alguns para Cristo. Precisamos estar sempre bem arrumados, se é que desejamos ganhar um mundo que se interessa apenas por aquilo que tem uma boa apresentação exterior. As pessoas nos julgam pela nossa aparência, e sua avaliação a nosso respeito muitas vezes vai determinar se querem ou não ler o folheto que estamos oferecendo.

 

2. MOSTRAR-SE BEM HUMORADO E AMIGÁVEL

Um simples sorriso, às vezes, pode ter uma importância básica no fato de alguém aceitar e ler um exemplar da literatura evangélica. É difícil resistir a um sorriso, e uma aparência feliz é essencial para se obter sucesso na distribuição.

 

3. TER UMA ATITUDE CALMA E SEM TEMORES

As pessoas logo percebem quando outra está temerosa e pouco à vontade. Se, ao distribuirmos folhetos, tivermos uma atitude intranquila, de quem deseja sair correndo, os outros nos julgarão mais como um indivíduo que deve ser levado para um asilo de loucos. Devemos fazer a distribuição de literatura como quem está distribuindo notas de cem reais para os pobres. O evangelho é boas-novas. Ele é o poder de Deus para a salvação, portanto sejamos destemidos e arrojados.

 

4. DAR À PESSOA QUE ESTÁ RECEBENDO O FOLHETO A IMPRESSÃO DE QUE ELA ESTÁ-NOS PRESTANDO UM FAVOR.

A maioria das pessoas não gosta de reconhecer que precisa de auxílio espiritual. Muitas vezes, mesmo sem o perceber, elas se dispõem a ajudar a outrem, principalmente se essa ajuda não exigir muito tempo e esforço. Ao entregar o folheto, se dissermos: "Muito obrigado", tornamos mais difícil uma recusa. Talvez seja a melhor coisa para se dizer, principalmente se estamos num lugar movimentado e há muitos passantes. Outras sentenças que podemos dizer ao apresentarmos folhetos são as seguintes:

a) — Olhe aqui um folheto para você ler quando chegar em casa. Obrigado!

b) — Olhe aqui uma coisa muito importante para você ler. Obrigado!

c) — Já recebeu um folheto desses? Provavelmente a pessoa dirá que não, ou então perguntara: "O que é isso?" Então, entregamos-lhe o folheto, dizendo: — É uma oferta muito importante, que você precisa conhecer.

d) — Olhe aqui um panfleto pra você. Obrigado!

e) — É de graça! (Isso pode ser dito quando se aproxima um grupo grande de pessoas e não temos tempo para maiores explicações.)

 

5. LEVAR LITERATURA ÀS PESSOAS

Não esperemos que as pessoas venham a nós e nos peçam os folhetos. Nós é que temos de ir a elas, entregando-lhes os folhetos, como que já esperando que elas o aceitem. Quando alguém recusar, podemos dizer uma das seguintes frases:

a) — É de graça. Ou então — Não paga nada.

b) — Pegue, por favor. Você o lerá num instante.

c) — Pode pegar. Não pesa nada. — Se conseguirmos que a pessoa ria, geralmente ela pega o foIheto. O bom humor pode derrubar a barreira da recusa.

Nunca devemos obrigar ninguém a aceitar um folheto.  Se não conseguirmos convencer a pessoa a aceitá-lo, devemos dizer: "Bem, obrigado assim mesmo.''

 

6. CERTIFICAR-SE DE QUE O FOLHETO É REALMENTE BOM

É de grande importância que distribuamos folhetos bem escritos e bem impressos. O ideal é que seja escrito por uma pessoa do próprio país onde será distribuído. E quando não, deve ser adaptado especialmente ao povo do lugar. Sempre que possível, deve ser impresso no próprio país, para que não tenha características estrangeiras, como por exemplo, Printed in USA.

Devemos verificar se não está cheio de erros tipográficos ou gramaticais. O folheto precisa conter uma mensagem teologicamente correta, mas, ao mesmo tempo, uma linguagem simples que o homem da rua possa compreender.

É importante lembrar também que as pessoas são diferentes, e que os tipos de folhetos devem corresponder a essas diferenças. Portanto, é bom levar sempre consigo um bom número de folhetos “sortidos”, para usar em contatos pessoais, dando a cada pessoa o que melhor atende às suas necessidades espirituais. Por isso, acredito que a melhor maneira de se distribuir literatura é por intermédio do contato pessoal. Deste modo, podemos procurar saber qual é o problema mais sério daquele indivíduo e oferecer um folheto adequado a ele.

Quando selecionamos folhetos para distribuição generalizada, devemos ter em mente tanto o contato inicial, como o objetivo de plantar uma semente no coração de quem o ler. Nesses últimos anos, temos sentido que os que produzem os melhores resultados são as "cartas-folheto". Esses folhetos são feitos sob a forma de uma carta, onde geralmente se apresentam várias razões por que a pessoa deve escrever de volta, a fim de receber mais informações sobre a Bíblia ou sobre o plano da salvação. Ele deve conter uma espécie de cupom, com espaço para colocar nome e endereço, que a pessoa deve enviar ao remetente solicitando mais literatura evangélica. Geralmente, aqueles que enviam o cupom recebem um curso por correspondência. Esse é um dos melhores métodos de se distribuir literatura evangélica [hoje em dia, na era da internet, é possível colocar um link, QR Code e endereço de e-mail para que a pessoa busque retornar o contato inicial].

 

7. PRONTOS PARA IR?

Onde podemos ir? Alguns lugares a que podemos ir são os seguintes:

a) Estação rodoviária ou ferroviária. As pessoas que ali se encontram provavelmente estão aguardando o momento do embarque, e portanto têm mais chance de ler. Pode ser que o segurança da estação lhe peça para sair. Se isso acontecer, aceite sua palavra simpaticamente.

b) De casa em casa. Em minha opinião, este é o melhor método de distribuição em alguns países. Eu aconselharia a falar mais demoradamente com as pessoas, sempre que Deus nos der a oportunidade. Na visita de casa em casa, podemos também tentar a venda de livros. Nas ocasiões em que desejarmos distribuir o máximo possível em tempo limitado, podemos simplesmente colocar folhetos na caixa de correspondência.

c) Mercados. Em muitos países, o mercado é um lugar excelente, pois ali há sempre muitas pessoas. E muitas delas colocam os folhetos nas sacolas de compra, para lerem ao chegar em casa.

d) Numa esquina ou praça. Desejando-se uma distribuição rápida, este é o melhor lugar, principalmente durante a hora do rush. Contudo, depois que o movimento diminui, podemos atingir um maior número de pessoas, se as procurarmos pessoalmente, em vez de permanecermos parados num lugar só, dando folhetos apenas àquelas que passam por nós. É muito fácil ficarmos preguiçosos, depois de passarmos algumas horas parados numa esquina. Mas essa nossa preguiça pode implicar em que várias pessoas fiquem perdidas por toda a eternidade. Sabendo que um homem está perdido e que Cristo o ama e morreu por ele, devemos fazer tudo que pudermos para ganhá-lo para o Senhor.

e) Ônibus e trens, etc. Estes são os lugares ideais para distribuirmos folhetos. Podemos ir caminhando de uma ponta a outra do trem, um sorriso no rosto, dando a todas as pessoas uma literatura qualquer para ler na viagem. Isso exigirá de nós um pouco de destemor, mas, se Deus não nos der um destemor santo, nunca pregaremos o evangelho ao mundo todo.

f) Hospitais, prisões e outras instituições. Nesses casos, precisamos obter permissão para fazer a distribuição. Se a conseguirmos, temos uma excelente oportunidade de divulgar o evangelho.

g) Universidades, escolas e repartições. Devemos ir a esses lugares no horário em que as pessoas estão saindo. Em geral, os jovens são mais prontos a receber a literatura do que os adultos. Mas, por outro lado, podem também rir e zombar. Em momentos assim, temos que nos voltar para Deus e pedir-lhe graça.

h) Pelo correio. As cartas-folheto são as moio res para serem enviadas pelo correio, e geralmente ' dão melhor resultado quando distribuídas dessa for ma. Existem muitos meios de obtermos nomes e endereços, entre os quais a lista telefônica e os jornais, ou mesmo a internet.

 

8. AONDE FORMOS.

Aqui está o segredo da distribuição da Palavra de Deus. Imaginemos se todos os crentes distribuíssem literatura em todos os lugares a que fossem. A distribuição de folhetos seria uma prática normal de nossa vida, e não um esforço especial durante uma campanha evangelística. Seria ato praticado o tempo todo, onde quer que estivéssemos.

Muito mais ainda poderia ser dito acerca da distribuição de literatura, mas o principal é que, antes de qualquer coisa, comecemos a agir. A experiência é nosso melhor mestre. Podemos ler livros e livros sobre o assunto, mas nenhum deles será melhor que sairmos e entrarmos em ação.

Milhares de pessoas têm sido salvas como resultado do trabalho da distribuição de livros, folhetos e cursos de correspondência. E milhões de pessoas poderiam ser ganhas por este método. O grande empecilho somos nós. Se não nos dispusermos a ir e perseverar nesse ministério, esses milhões não serão alcançados com a mensagem. Uma coisa é distribuir folhetos numa semana de campanha especial. Outra muito diferente é usarmos todas as nossas horas de folga para fazer essa distribuição, apresentando Cristo a todos que dele precisam, lembrando sempre que cada pessoa com quem falamos é tremendamente importante, e estando prontos a seguir com o trabalho de consolidação com aqueles que revelarem interesse na mensagem.


George Verwer, no livro Evangelismo pela Literatura.



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