DISTRIBUINDO
LITERATURA – DICAS DE GEORGE VERWER
Embora a
distribuição de folhetos possa parecer simples à primeira vista, na verdade, pode
ser um pouco difícil. Entregar um folheto a um passante é uma coisa, mas
entregá-lo de forma a levar a pessoa lê-lo é outra muito diferente. Embora
nosso contato com aquele indivíduo seja bastante breve, ele pode ter efeitos
duradouros, positivos ou negativos. Damos abaixo algumas sugestões práticas,
que consideramos bastante úteis para se fazer uma distribuição mais proveitosa.
1. ESTAR
BEM ARRUMADO E COM BOA APARÊNCIA
Infelizmente,
alguns crentes se descuidam muito da aparência, tornando-se desmazelados. E
nisso não existe nenhuma virtude. Paulo disse que fez-se "tudo para com
todos" a fim de ganhar alguns para Cristo. Precisamos estar sempre bem
arrumados, se é que desejamos ganhar um mundo que se interessa apenas por
aquilo que tem uma boa apresentação exterior. As pessoas nos julgam pela nossa
aparência, e sua avaliação a nosso respeito muitas vezes vai determinar se
querem ou não ler o folheto que estamos oferecendo.
2.
MOSTRAR-SE BEM HUMORADO E AMIGÁVEL
Um simples
sorriso, às vezes, pode ter uma importância básica no fato de alguém aceitar e
ler um exemplar da literatura evangélica. É difícil resistir a um sorriso, e
uma aparência feliz é essencial para se obter sucesso na distribuição.
3. TER
UMA ATITUDE CALMA E SEM TEMORES
As pessoas
logo percebem quando outra está temerosa e pouco à vontade. Se, ao
distribuirmos folhetos, tivermos uma atitude intranquila, de quem deseja sair
correndo, os outros nos julgarão mais como um indivíduo que deve ser levado
para um asilo de loucos. Devemos fazer a distribuição de literatura como quem
está distribuindo notas de cem reais para os pobres. O evangelho é boas-novas.
Ele é o poder de Deus para a salvação, portanto sejamos destemidos e arrojados.
4. DAR À
PESSOA QUE ESTÁ RECEBENDO O FOLHETO A IMPRESSÃO DE QUE ELA ESTÁ-NOS PRESTANDO
UM FAVOR.
A maioria
das pessoas não gosta de reconhecer que precisa de auxílio espiritual. Muitas
vezes, mesmo sem o perceber, elas se dispõem a ajudar a outrem, principalmente
se essa ajuda não exigir muito tempo e esforço. Ao entregar o folheto, se
dissermos: "Muito obrigado", tornamos mais difícil uma recusa. Talvez
seja a melhor coisa para se dizer, principalmente se estamos num lugar movimentado
e há muitos passantes. Outras sentenças que podemos dizer ao apresentarmos
folhetos são as seguintes:
a) — Olhe
aqui um folheto para você ler quando chegar em casa. Obrigado!
b) — Olhe
aqui uma coisa muito importante para você ler. Obrigado!
c) — Já
recebeu um folheto desses? Provavelmente a pessoa dirá que não, ou então
perguntara: "O que é isso?" Então, entregamos-lhe o folheto, dizendo:
— É uma oferta muito importante, que você precisa conhecer.
d) — Olhe
aqui um panfleto pra você. Obrigado!
e) — É de
graça! (Isso pode ser dito quando se aproxima um grupo grande de pessoas e não
temos tempo para maiores explicações.)
5. LEVAR
LITERATURA ÀS PESSOAS
Não
esperemos que as pessoas venham a nós e nos peçam os folhetos. Nós é que temos
de ir a elas, entregando-lhes os folhetos, como que já esperando que elas o
aceitem. Quando alguém recusar, podemos dizer uma das seguintes frases:
a) — É de
graça. Ou então — Não paga nada.
b) — Pegue,
por favor. Você o lerá num instante.
c) — Pode
pegar. Não pesa nada. — Se conseguirmos que a pessoa ria, geralmente ela pega o
foIheto. O bom humor pode derrubar a barreira da recusa.
Nunca devemos
obrigar ninguém a aceitar um folheto. Se
não conseguirmos convencer a pessoa a aceitá-lo, devemos dizer: "Bem,
obrigado assim mesmo.''
6.
CERTIFICAR-SE DE QUE O FOLHETO É REALMENTE BOM
É de grande
importância que distribuamos folhetos bem escritos e bem impressos. O ideal é
que seja escrito por uma pessoa do próprio país onde será distribuído. E quando
não, deve ser adaptado especialmente ao povo do lugar. Sempre que possível, deve
ser impresso no próprio país, para que não tenha características estrangeiras,
como por exemplo, Printed in USA.
Devemos
verificar se não está cheio de erros tipográficos ou gramaticais. O folheto
precisa conter uma mensagem teologicamente correta, mas, ao mesmo tempo, uma
linguagem simples que o homem da rua possa compreender.
É importante
lembrar também que as pessoas são diferentes, e que os tipos de folhetos devem
corresponder a essas diferenças. Portanto, é bom levar sempre consigo um bom
número de folhetos “sortidos”, para usar em contatos pessoais, dando a cada
pessoa o que melhor atende às suas necessidades espirituais. Por isso, acredito
que a melhor maneira de se distribuir literatura é por intermédio do contato pessoal.
Deste modo, podemos procurar saber qual é o problema mais sério daquele
indivíduo e oferecer um folheto adequado a ele.
Quando
selecionamos folhetos para distribuição generalizada, devemos ter em mente
tanto o contato inicial, como o objetivo de plantar uma semente no coração de
quem o ler. Nesses últimos anos, temos sentido que os que produzem os melhores
resultados são as "cartas-folheto". Esses folhetos são feitos sob a
forma de uma carta, onde geralmente se apresentam várias razões por que a
pessoa deve escrever de volta, a fim de receber mais informações sobre a Bíblia
ou sobre o plano da salvação. Ele deve conter uma espécie de cupom, com espaço
para colocar nome e endereço, que a pessoa deve enviar ao remetente solicitando
mais literatura evangélica. Geralmente, aqueles que enviam o cupom recebem um
curso por correspondência. Esse é um dos melhores métodos de se distribuir
literatura evangélica [hoje em dia, na era da internet, é possível colocar um
link, QR Code e endereço de e-mail para que a pessoa busque retornar o contato
inicial].
7.
PRONTOS PARA IR?
Onde podemos
ir? Alguns lugares a que podemos ir são os seguintes:
a) Estação
rodoviária ou ferroviária. As pessoas que ali se encontram provavelmente
estão aguardando o momento do embarque, e portanto têm mais chance de ler. Pode
ser que o segurança da estação lhe peça para sair. Se isso acontecer, aceite
sua palavra simpaticamente.
b) De
casa em casa. Em minha opinião, este é o melhor método de distribuição em
alguns países. Eu aconselharia a falar mais demoradamente com as pessoas,
sempre que Deus nos der a oportunidade. Na visita de casa em casa, podemos
também tentar a venda de livros. Nas ocasiões em que desejarmos distribuir o
máximo possível em tempo limitado, podemos simplesmente colocar folhetos na
caixa de correspondência.
c) Mercados.
Em muitos países, o mercado é um lugar excelente, pois ali há sempre muitas
pessoas. E muitas delas colocam os folhetos nas sacolas de compra, para lerem
ao chegar em casa.
d) Numa
esquina ou praça. Desejando-se uma distribuição rápida, este é o melhor
lugar, principalmente durante a hora do rush. Contudo, depois que o
movimento diminui, podemos atingir um maior número de pessoas, se as
procurarmos pessoalmente, em vez de permanecermos parados num lugar só, dando
folhetos apenas àquelas que passam por nós. É muito fácil ficarmos preguiçosos,
depois de passarmos algumas horas parados numa esquina. Mas essa nossa preguiça
pode implicar em que várias pessoas fiquem perdidas por toda a eternidade.
Sabendo que um homem está perdido e que Cristo o ama e morreu por ele, devemos
fazer tudo que pudermos para ganhá-lo para o Senhor.
e) Ônibus
e trens, etc. Estes são os lugares ideais para distribuirmos folhetos.
Podemos ir caminhando de uma ponta a outra do trem, um sorriso no rosto, dando
a todas as pessoas uma literatura qualquer para ler na viagem. Isso exigirá de
nós um pouco de destemor, mas, se Deus não nos der um destemor santo, nunca
pregaremos o evangelho ao mundo todo.
f) Hospitais,
prisões e outras instituições. Nesses casos, precisamos obter permissão
para fazer a distribuição. Se a conseguirmos, temos uma excelente oportunidade
de divulgar o evangelho.
g) Universidades,
escolas e repartições. Devemos ir a esses lugares no horário em que as
pessoas estão saindo. Em geral, os jovens são mais prontos a receber a
literatura do que os adultos. Mas, por outro lado, podem também rir e zombar.
Em momentos assim, temos que nos voltar para Deus e pedir-lhe graça.
h) Pelo
correio. As cartas-folheto são as moio res para serem enviadas pelo
correio, e geralmente ' dão melhor resultado quando distribuídas dessa for ma.
Existem muitos meios de obtermos nomes e endereços, entre os quais a lista
telefônica e os jornais, ou mesmo a internet.
8. AONDE
FORMOS.
Aqui está o
segredo da distribuição da Palavra de Deus. Imaginemos se todos os crentes
distribuíssem literatura em todos os lugares a que fossem. A distribuição de
folhetos seria uma prática normal de nossa vida, e não um esforço especial
durante uma campanha evangelística. Seria ato praticado o tempo todo, onde quer
que estivéssemos.
Muito mais
ainda poderia ser dito acerca da distribuição de literatura, mas o principal é
que, antes de qualquer coisa, comecemos a agir. A experiência é nosso melhor
mestre. Podemos ler livros e livros sobre o assunto, mas nenhum deles será
melhor que sairmos e entrarmos em ação.
Milhares de
pessoas têm sido salvas como resultado do trabalho da distribuição de livros,
folhetos e cursos de correspondência. E milhões de pessoas poderiam ser ganhas
por este método. O grande empecilho somos nós. Se não nos dispusermos a ir e
perseverar nesse ministério, esses milhões não serão alcançados com a mensagem.
Uma coisa é distribuir folhetos numa semana de campanha especial. Outra muito diferente
é usarmos todas as nossas horas de folga para fazer essa distribuição, apresentando
Cristo a todos que dele precisam, lembrando sempre que cada pessoa com quem
falamos é tremendamente importante, e estando prontos a seguir com o trabalho de
consolidação com aqueles que revelarem interesse na mensagem.
George Verwer, no livro Evangelismo pela Literatura.
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