quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Manual das Missões

Esequias Soares

Extraído da Revista "Lições Bíblicas"
Jovens e Adultos - Lições do 3o. trimestre de 2000
CPAD - Casa Publicadora das Assembléias de Deus

A Bíblia é o manual de missões por excelência. Nela encontramos precedentes de toda experiência, estratégia de trabalho, e até exemplos dos problemas que o obreiro pode enfrentar no campo missionário, pois a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse.
O empreendimento missionário constitui-se parte fundamental do interesse de sua igreja?
Para respondermos a esta pergunda, devemos antes, examinar as fontes básicas da nossa fé, exatamente como estas se encontram nas Escrituras Sagradas. O que a Bíblia nos ensina sobre missões?

Livros Idéias Missionárias
no AT
Livros
Idéias Missionárias
no NT
Pentateuco Adão Gn 1.28;3.15
Noé Gn 9.1
Abraão Gn 26.2-4
Isaque Gn 26.2-4
Jacó Gn 28.12-14
Moisés Êx 19.5,6
Evangelhos Lc 9.1-6; 24.45-49
Mt 10.16-42; 23.16-20
Históricos Naamã 2 Rs 5
Raabe Js 2; Hb 11.31
O livro de Ester
Atos At 1.8; 5.28,42; 8.4,11,20;
17.6
Poéticos Salmos 47; 50; 67; 72;
89; 96; 98; 104;117.
Epístolas Rm 15.9; Gl 1.15,16; 3.8;
Ef 3.4-6; Fp 2.10,11;
1 Tm 2.4; 3.16.
Proféticos Is 45.21,22; Jr 3.17; Hb
2.14; Ag 2.7; Zc 9.10; Ml
1.11
Apocalipse Ap 5.9,10,13; 7.9; 10.11;
11.15; 20.11-15; 21.9-27.

O empreendimento missionário não é de origem humana, e muito menos obra filantrópica; surgiu do coração de Deus, e está revelado em sua Palavra. Muitos livros tidos como sagrados, mostram o homem à procura de Deus. Porém, a Bíblia nos apresenta um Deus pessoal, buscando e restaurando a coroa de sua Criação. O grande propósito do Altíssimo é a redenção de todo o mundo. Por esta razão, as boas novas destinam-se a todas as raças, tribos e nações.

INTRODUÇÃO

Todos os cristãos reconhecem a origem divina das Escrituras. Não é possível separar missão da Bíblia. Nesta encontramos o tema de missões: JESUS, e “tudo o que diz respeito à vida e a piedade” (2 Pe 1.3). O estudo de hoje não é uma defesa à inspiração e à autoridade das Escrituras, porque todos os cristãos já reconhecem a origem divina da Bíblia, mas mostra que a obra missionária está presente em toda a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse.

I. POR QUE A BÍBLIA É O MANUAL DE MISSÕES POR EXCELÊNCIA?

1. Porque ela evidencia os propósitos universais de Deus para a Redenção do homem. A Bíblia é a única obra literária do planeta que registra a nossa origem: o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Deus quer que todos os seres humanos conheçam a verdade sobre Ele e de como Ele se revelou nas Santas Escrituras; e, também sobre a natureza humana. A vontade de Deus é que todos os homens se arrependam e venham ao conhecimento da verdade (1 Tm 2.4). Deus sempre se preocupou com o bem-estar do homem. Essa vontade só pode ser conhecida pela revelação e isso encontramos nos oráculos divinos, a Bíblia Sagrada.

2. Porque ela nos apresenta o fundamento, o norte, e as estratégias missionárias. É na Bíblia que encontramos os registros das primeiras missões. Além disso mostra como plantar igrejas locais, as estratégias de evangelização, as possíveis atividades de um missionário no campo, o papel da igreja missionária e os problemas enfrentados no campo missionário. Essas coisas nos inspiram e orientam como fazer missões. O registro das viagens missionárias na Bíblia serve também para mostrar o modus operandi, ou seja: como fazer. Deus nos manda fazer missões e além disso ordenou fosse registrada em sua Palavra as viagens missionárias, principalmente as do apóstolo Paulo, para que todos possam visualizar uma viagem missionária e todas as possível atividades de um obreiro no campo missionário. A Bíblia é o manual por excelência de missões porque é a revelação de Deus à humanidade. Além de ser a única fonte inspirada de teologia e ética, ela nos ensina como fazer missões.

II. A VISÃO MISSIONÁRIA PRENUNCIADA NO ANTIGO TESTAMENTO

1. Exemplificada no comissionamento dos Patriarcas. A obra missionária está no coração de Deus. O patriarca Abraão foi chamado por Deus para deixar sua terra e partir para uma terra distante e desconhecida (At 7.2-4). Quando Deus apareceu a Abraão, em Harã, prometeu: “Em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa foi confirmada depois a Isaque (Gn 26.4) também a Jacó (Gn 28.14). Isso significa que o próprio Deus pregou o evangelho primeiramente a Abraão prevendo sua extensão por toda a terra (Gl 3.8). Nisso podemos ver missões tanto no exemplo, no comissionamento de Abraão, como também de maneira direta: as famílias da terra sendo abençoadas no patriarca Abraão.

2. Cantada nos Salmos. Os salmos também vislumbravam a obra missionária em toda a terra: “Anunciai entre as nações a sua glória; entre os povos, as suas maravilhas” (Sl 93.3). O salmo 67 é essencialmente missionário. A chegada do evangelho entre os etíopes é cumprimento de uma profecia bíblica cantada nos Salmos (Sl 68.31). Assim, a conversão do eunuco da rainha Candace, da Etiópia (At 8.27, 39), eram as primícias do Pentecostes representadas nas 17 nações que começavam a se espalhar entre as nações: Etiópia, casa de Cornélio, Antioquia da Síria e finalmente “os confins da terra”.

3. Conscientizada nos profetas. Estudamos na lição 3 a visão missionária nos discursos proféticos, sendo Jonas enviado para Nínive. Deus é apresentado nos profetas como Deus universal, de toda a terra, e não meramente um Deus tribal restrito aos filhos de Israel (Is 40.28). Encontramos tanto de maneira implícita como explícita a natureza missionária do Cristianismo em termos proféticos (Is 42.4; 49.6). Veja o cumprimento dessas profecias no Novo Testamento (Mt 12.21; At 13.47).

III. A VISÃO MISSIONÁRIA CONFIRMADA NO NOVO TESTAMENTO

1. Os evangelhos – Jesus o maior exemplo. O Senhor Jesus está presente em cada livro da Bíblia, mas somente os quatro Evangelhos revelam sua vida e ministério e o reconhecem como o cumprimento das promessas de Deus. Estudamos na lição passada que Jesus é o enviado do Pai (Jo 3.16,17), sendo o maior exemplo para os missionários de todos os tempos. O objetivo da obra missionária é tornar o nome de Jesus conhecido em todas as nações da terra. De todos os 66 livros da Bíblia os evangelhos se destacam na revelação da pessoa de Jesus e de sua história: nascimento, vida, morte, ressurreição e ascensão ao céu.

2. As epístolas. Sabemos que a história da vida de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, mas a interpretação teológica está nas epístolas. Elas tratam dos mais variados assuntos fundamentais da fé cristã. No que tange à missiologia, servem também para estabelecer disciplinas e encorajar as igrejas às missões (Rm 10.13-15; Gl 2.9). O papel de Atos é decisivo em missões, por isso vamos estudá-lo à parte, na próxima lição. No Apocalipse encontramos o fim glorioso da jornada da Igreja (Ap 21.3,4). O Senhor Jesus é o centro das Escrituras e da mensagem dos missionários. Nenhum missionário pode fazer coisa alguma sem o Espírito Santo, sem o Senhor Jesus e sem a Bíblia.

IV. A VISÃO MISSIONÁRIA ULTIMADA NA GRANDE COMISSÃO

1. A Grande Comissão. Registrada nos quatro Evangelhos e repetida em Atos (Mt 28.18-20, Mc 16.15-20; Lc 24.46-49; Jo 20.20-2; At 1.8). Essas diferentes narrações se completam entre si apresentando um resumo dos elementos básicos para missões. No Evangelho de João, lemos que Jesus veio pela autoridade do Pai, e na sua própria autoridade enviou seus discípulos ao mundo, e esse poder abrange todo o universo “o céu e a terra”, que na ação do Espírito Santo Jesus deu aos seus discípulos o poder sobrenatural para que a obra de Deus seja realizada (Mc 16.17, 18; At 1.8).

2. Uma ordem e não uma recomendação. Fazer missões é mandamento bíblico. Trata-se de uma ordem bíblica imperativa e não meramente um parecer ou uma recomendação. É algo que não depende mais de mandamento específico ou de receber uma visão especial da parte de Deus para iniciar a obra missionária. Essa ordem, como vimos, já está na Bíblia (1 Co 9.16). Essa mensagem de salvação é para ser pregada a “todo o mundo” (Mc 16.15), até aos confins da terra, mediante a atuação do Espírito Santo (At 1.8). Essa incumbência foi dada à Igreja. O que é necessário é buscar a direção do Espírito para saber como realizar tal tarefa.

CONCLUSÃO

Missões está em toda a Bíblia. Visto que o propósito fundamental da Palavra de Deus é a redenção humana e missões se insere nesse contexto, é correto afirmar que está presente desde o Gênesis ao Apocalipse. Essa presença pode ser direta ou indireta, nas ilustrações, figuras, profecias. O livro de Atos se sobressai em missões, registra os grandes trabalhos missionários. Missões, contudo, está em toda a Bíblia. O livro do Senhor é o manual de missões.

via http://www.semipa.org.br

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Quem se interessa pelos pequenos e pobres povoados?

foto3

Na década de 60, fugi de pedradas por estar entregando folhetos de porta em porta aqui na cidade de São Paulo. Eu era a única crente na sala de aula.
Hoje temos uma grande variedade de CDs, DVDs, materiais: livros e bíblias para todos os gostos e públicos; temos até a “rua dos crentes”; eventos, mega eventos, pavilhões de exposições para cristãos, marcha para Jesus, TVs e Rádios evangélicas, igrejas bem equipadas que recebem um grande número de ouvintes…
Qualquer cristão há de se alegrar com o crescimento da Igreja no Brasil.
Não sou contra os shows gospel, porém, me angustia ver o desperdício de energia e dinheiro das igrejas dos grandes centros urbanos, enquanto no sertão nordestino, nas comunidades ribeirinhas, nos acampamentos ciganos, nas vilas quilombolas e nas tribos indígenas não há NADA disso. Não há nem programação, nem concessões de rádios evangélicas, não há missionários, não há verbas para o alcance desses povos ainda não alcançados.
Não me entristeço pelos shows, pelos eventos, muito menos pelo crescimento, mas pelo investimento dos crentes em si mesmos e na própria comunhão.
O fundo missionário das igrejas é uma vergonha comparado aos investimentos em ampliações, decoração, troca de poltronas, ar condicionado, novos departamentos… Em passagens aéreas para trazer pregadores e cantores famosos sem pensar em promover uma conferência missionária.
Segundo pesquisas, o crente brasileiro investe R$ 1,30 POR ANO em missões.
Quando falamos em perseguição religiosa pensamos logo nos países comunistas e muçulmanos (e com certeza devemos fazer alguma coisa para amenizar seu sofrimento), mas aqui dentro do Brasil há sim, perseguição religiosa. Recentemente troquei e-mails com o pastor Barbosa que durante muitos anos foi padre e vale a pena visitar seu blog para saber o que, sem nenhum remorso, pode fazer um padre no sertão nordestino contra um crente.
Na década passada víamos a Igreja despertando como “noiva”. Pensei comigo, que maravilha, agora quem sabe a Igreja pensará nas almas perdidas, pois a noiva aguarda as Bodas, certo? Não. Não foi dessa vez, pois a “noiva” não quis sair do salão de beleza e começou a louvar a si mesma.
Se o crente brasileiro despertar de seu sono (deitado eternamente em berço esplêndido como disse Julio Severo) poderemos ter um reavivamento verdadeiro como Igreja de Cristo.
Só faz missões, só investe em missões, quem AMA a JESUS.
As pessoas estão equivocadas a respeito de missões, pois há muitos mitos sobre o assunto:
“Não sirvo pra isso, não tenho dinheiro pra isso, não senti o chamado, missionário sofre muito, missionário está sempre sem dinheiro”, etc.
Tem mais pessoas sofrendo por motivo torpe neste mundo, do que em campos missionários!
Neste instante alguém está contraindo malária na busca de minério.
Tem alguém sofrendo da coluna carregando sacos pesados com garrafas de cachaça nas costas para vender aos índios.
Onde estão os pés daqueles que levam as boas novas?
Há sofrimento sim, mas há muita alegria e suprimento no campo missionário e felizmente (porque Deus é confiável e é o dono da seara), nunca faltarão recursos para a pregação do evangelho. Portanto, investir em missões é um privilégio e só quem compreende o que significa ter o nome escrito no livro da vida, dá atenção à igreja perseguida, às ações missionárias e aos povos não alcançados.

Obrigada por tua atenção, pois a tua sintonia de amor e intercessão faz boa diferença no mover missionário da Igreja brasileira.

Deise Felipe

Fonte: Cruzada Água Viva Para o Sertão - http://aguavivaparaosertao.wordpress.com/

NOTÍCIAS LUSÓFONAS


Amados, apresentamos aqui a dica de um excelente site com notícias de todos os países lusófonos (onde é falada a língua portuguesa):

É o Notícias Lusófonas - http://www.noticiaslusofonas.com/

via blog Equattoria

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Projeto Missio-ecológico - Missão em Boa Vista - Roraima


01 à 31 de julho de 2009

Precisamos de voluntários para Julho de 2009.

A Missão em Boa Vista é uma operação missionária realizada pela Convenção Batista de Roraima em parceria com a Fundação Kubitz e Igreja Batista de Lethen (Guiana Francesa), Igreja Batista de Santa Helena (Venezuela), Primeira Igreja Batista em Cascavel (Paraná-Brasil) e UBLA - União Batista Latino Americana.

De 01 à 31 de julho de 2009 terá como objetivo plantar uma nova igreja Batista, apoiar 22 igrejas da região e dar início ao Projeto Missiológico que visa treinar missionários com visão e ação missiológica para o mundo.

Venha fazer parte da equipe Missio-ecológica.

Informações:

Pr. Gilson Fontes da Cruz
Fone: (0xx) 45 3224-6032
E-mail: prgilsoncruz@uol.com.br
Site: www.uniaonet.com/missoescascavel.htm

Primeira Igreja Batista em Cascavel
Avenida Paraná, 2277 Cascavel - PR
(0xx) 45 3224-6032

Convenção Batista de Roraima
Rua Gal Penha Brasil, 731 Boa Vista - RR
(0xx) 95 3224-0865 / 3224-4641

domingo, 19 de abril de 2009

ABC do Missionário



Autoria: Alzira Sterque


A de Amor
Pois sem amor nos nossos corações jamais alcançaremos os campos missionários.

B de Bíblia
Porque o homem mais desprezível e pecaminoso pode semear a Palavra de Deus. A vida não está no semeador, mas na semente ---a Bíblia.

C de Cristo
Pois Deus forma o homem; o pecado o deforma; a escola o informa; mas somente Cristo o transforma.

D de Deus
Pois não somente acreditamos nele, mas O amamos, O conhecemos e todos os dias O buscamos mais e mais.

E de Esperança
Porque sabemos que só pode vencer aquele que sabe esperar.
http://veredasmissionarias.blogspot.com
F de Família
Pois nenhuma família será completa enquanto Cristo não for membro dela.

G de Graça
Pois o caminho para os céus não atravessa uma ponte com pedágio, e, sim, uma ponte livre, a saber, a graça imerecida de Deus em Cristo Jesus.

H de Humildade
Porque verdadeiramente Deus nos ajuda quando nos tornarmos mais humildes que o próprio pó em que estamos pisando.

I de Ideal
Pois o homem que empreende grandes coisas para Deus pode esperar receber grandes coisas de Deus.

J de Justiça
Pois Deus é justo e misericordioso; é um Juiz, e, ao mesmo tempo, Pai.

L de Louvor
Porque existem variadas formas de louvar a Deus, mas nemhuma delas é válida sem fé.

M de Missionários
Pois os missionários consideram os problemas e as tragédias sociais como oportunidades de servir.

N de Natal
Deus, em Sua sabedoria infinita abalou o mundo com um bebê, e não com uma bomba.

O de Oração
Pois as melhores orações contêm mais lágrimas do que palavras.

P de Paz
Pois a verdadeira paz é uma bênção do Evangelho, e somente do Evangelho.

Q de Queixas
Sabe por que as queixas são tão destruidoras para a alma? É porque os gemidos do desepero afogam a voz de Deus ---aquela voz que vinha trazer o bálsamo para as feridas.

R de Renúncia
Porque para nenhuma dor ---nenhuma palma;
Para nenhum espinho --- nenhum trono;
Para nenhuma amargura --- nenhuma glória, nenhuma coroa.

S de Salvação
Pois o sangue sozinho nos salva e a Palavra sozinha nos confere segurança.

T de Tudo
Porque o nosso alvo é Jesus Cristo. Tudo em todos.

U de Unidade
Pois, ainda que as doutrinas nos dividam, o serviço nos une.

V de Verdade
Porque o que o povo diz não é da minha conta. O meu dever é proclamar a verdade, que é Jesus Cristo.

X de Xingamentos
Porque é geralmente durante os ventos das aflições, das lutas, que nos encontramos com as mais doces experiências do amor de Deus.
http://veredasmissionarias.blogspot.com
Z de Zelo
Pois o zelo é como o fogo; precisa ser, ao mesmo tempo, alimentado e observado.

*Ao reproduzir, cite sempre o autor e a fonte.

terça-feira, 14 de abril de 2009

África para Cristo


Assembléias de Deus no continente lançam campanha para batizar 10 milhões de novos fiéis em uma década.

A Aliança Africana das Assembléias de Deus (AAAD) estabeleceu uma meta ousada de evangelismo. O objetivo das igrejas ligadas à denominação pentecostal é batizar 10 milhões de novos crentes dentro de um período de 10 anos. O lançamento da “Década de Pentecostes” ocorreu na última reunião de dirigentes assembleianos, no início deste mês, em Joanesburgo, na África do Sul. O evento acontece a cada quatro anos. Durante a campanha, que terá início em 2010 e prosseguirá até 2020, as igrejas das Assembleias de Deus vão se mobilizar para as missões transculturais, com ênfase na própria África, mas também visando aos povos não-alcançados pelo Evangelho ao redor do mundo. As informações foram divulgadas pela agência de notícias da denominação, a AG News.

De acordo com dados da instituição, há cerca de 16 milhões de membros das Assembleias de Deus e por volta de 50 mil congregações da denominação em 50 nações da África Subsaariana e da Bacia do Índico. O censo revela um crescimento significativo em relação a 1990, quando havia apenas 2 milhões de fiéis. As estratégias da AAAD para atingir sua meta incluirão um Dia Anual de Pentecostes, quando cerca de 48 mil pastores africanos serão desafiados a pregar sobre o “batismo com o Espírito Santo e a missão de Deus” e a orar para que os crentes recebam a plenitude do poder pentecostal.

Fonte: http://www.cristianismohoje.com.br/

quinta-feira, 9 de abril de 2009

John Nelson Hyde : O Homem que orava


* Nota do Tradutor: Talvez, depois da Bíblia, o relato da vida de João Nelson Hyde tenha sido a história que mais inspirou os cristãos dos nossos tempos.
Este livro trata da vida de João Hyde, que partiu dos Estados Unidos em 1892 para ser missionário na Índia, país de língua difícil e árduo campo de evangelização. Morou numa vila de Punjab, em uma choça de taipa. Em sete anos, contou-se somente nas cem vilas circunvizinhas 1.200 pessoas que foram salvas!
Hyde também trabalhava nos grandes centros urbanos da Índia, onde "multidões foram constrangidas a cair de joelhos pelas orações que pronunciou quando cheio do Espírito Santo".
Hyde não pregou muito sobre sua experiência de santificação, mas tinha uma vida santa. Sua vida era um sermão. Não falou muito sobre oração, mas uma coisa ele fazia: ele orava.


Preparação

Cristo no lar

Em Lucas 19:5, Jesus diz: "Hoje me convém pousar em tua casa". Que dia abençoado no lar de Zaqueu! Mas no lar dos Hyde, Jesus era hóspede permanente!
O senhor Smith Harris Hyde, pastor da Igreja Presbiteriana em Carthage, Illinóis, era um homem de alma robusta e alegre, de estudos esmerados, de ânimo transbordante e, sobretudo, de propósito fixo em servir a Deus de todo o coração. Sua esposa era apaixonada pela música, e neste lar carinhoso e feliz, achavam-se seis filhos.
O Dr. Hyde costumava orar - tanto de púlpito como nos cultos domésticos - pedindo ao Senhor da seara que mandasse ceifeiros para a sua seara. Não admira, portanto que Deus tivesse chamado três de seus seis filhos!
Alguns dizem que a sua denominação carece de pastores... Um dia ouvi um ministro dizer que seu filho nunca seguirá seu exemplo porque sabe o que é sofrer nas mãos do povo... Mas o Dr. Hyde dignificava seu ofício, e regozijava-se em entregar seus filhos para uma vida de lutas e provações.
Fico pensando: por que milhões de perdidos em outras terras morrem sem a salvação? Por que talvez somente seus bisnetos tenham a oportunidade de ouvirem a voz de algum homem a proclamar a boa-nova eterna do Filho de Deus? Por que estes povos esperam tanto tempo?
Por que leio no jornal, de punho do ex-missionário W. B. Anderson, que na Índia existem cem milhões de pessoas que jamais ouviram falar de Jesus Cristo, e que, nas atuais circunstâncias, morrerão sem O conhecer? E por que há outros tantos milhões assim perecendo na África e em outros países, simplesmente por ignorância acerca de Cristo? Qual é a razão?
São os quartos de oração vazios. São os cultos domésticos abandonados. São as orações sem vida e cheias de formalismo proferidas nas igrejas.
Quero que saibam que as escolas bíblicas e os seminários nunca produzirão os obreiros de que o mundo carece. Minha mãe orava, quando ainda jovem, pedindo para que as portas dos países pagãos se abrissem. Depois, já com dez filhos, orava pedindo que obreiros entrassem por essas portas, e Deus enviou um de seus filhos à Índia e duas filhas à China!
Na Bíblia lemos que a avó Lóide e a mãe Eunice oravam! Quando Paulo - o Apóstolo dos Gentios - começava suas viagens missionárias, podia contar com Timóteo, o fruto daquelas orações!
João Hyde foi uma resposta à oração, e, anos mais tarde, quando orava no idioma da Índia, Deus levantou dezenas de obreiros nacionais em resposta às suas orações! O Grande Cabeça da Igreja tem um meio para levantar obreiros: "vejam as terras... elas estão brancas para a ceifa... os trabalhadores são poucos... ROGUEM!"


Dá-me almas ou morrerei!

No tabernáculo judaico havia um compartimento tão sagrado que somente o sumo-sacerdote poderia entrar uma vez por ano. Podíamos ver diariamente em cena este quadro na vida de Hyde, quando ele encontrava-se com Deus. São cenas demasiadamente sagradas para olhos comuns, e hesito em relatá-las aqui.
Mas ao lembrar-me de Jacó no vale de Jaboque, de Elias no Carmelo, de Paulo em agonia espiritual por Israel e, especialmente, do querido Mestre em agonia no Getsêmane, então sinto que estou sendo impelido pelo Espírito de Deus a relatar tais experiências, para admoestação e inspiração.
Colocando-nos ao lado do quarto de Hyde, podemos ouvir suspiros, sentir gemidos e contemplar o querido rosto banhado, repetidamente, de lágrimas. Podemos fitar o corpo enfraquecido após dias sem comer e noites sem dormir. Ali podemos ouvir, entre soluços, o insistente clamor: "Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!"
Hyde foi levado a trabalhar na Índia impressionado pela morte de seu irmão mais velho, que preparava-se para ser missionário no exterior. Decidiu-se ir somente um ano depois, quando, ao término do seminário, pediu a um colega seu que lhe apresentasse todos os argumentos que pudesse sobre o trabalho missionário no estrangeiro. Seu colega retrucou que ele não precisava de argumentos, mas de prostrar-se de joelhos diante de Deus e assim permanecer até resolver em absoluto a questão. Na manhã seguinte, o brilho no seu rosto refletia a decisão que tomara!
Embarcou no outono de 1892 rumo à Índia. Os dias seguidos de somente água o levaram a um exame próprio e à oração. No início da viagem, ele recebeu uma carta de um amigo de seu pai, que muito desejava ser missionário mas que era impossibilitado de fazê-lo. Ela instava em que Hyde buscasse o batismo com o Espírito Santo como habilitação essencial na obra missionária.
Isto aborreceu Hyde, pois insinuava que ele ainda não havia recebido o Espírito Santo. Irritado, amassou a carta e jogou-a no convés, mas, mais tarde, com mais juízo, apanhou-a e releu, reconhecendo então que carecia de algo que ainda não havia recebido.
Assim, entregou-se por toda a viagem à oração, para que fosse, de fato, cheio do Espírito Santo e soubesse, por uma experiência autêntica, o que Jesus queria dar a entender quando disse: "Recebereis poder, ao descer sobe vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1:8).
E, a essas orações a bordo, veio maravilhosa resposta.


Os primeiros anos na Índia

A princípio Hyde não era um missionário conceituado. Era pesado de língua e não ouvia bem. Quando acontecia de ouvir e também entender a pergunta formulada a ele, demorava em formular a resposta. Os amigos receavam de que não aprendesse a língua nativa.
Era, por natureza, calmo e quieto, e parecia faltar-lhe o fundamental em um missionário: entusiasmo e iniciativa. Mas os seus olhos azuis pareciam penetrar as profundezas do íntimo das pessoas. Pareciam brilhar da alma de um profeta!
Chegando na Índia, descuidou-se um pouco no estudo da língua, a ponto de ser reprovado num exame lingüístico. Ele dizia: "o que é de primeira importância deve ocupar o primeiro lugar". Explicava que tinha ido à Índia para ensinar a Bíblia, e, para tanto, era necessário conhecê-la. E o Espírito Santo abriu-lhe o entendimento de modo maravilhoso!
Mas não desprezou o estudo, chegando a falar muito bem o urdu e o punjabi. Sobretudo, aprendeu a falar a língua dos céus, deixando auditórios de centenas de indianos boquiabertos perante as verdades da Palavra de Deus.
Em todo avivamento sempre há duas partes: a divina e a humana. Em alguns, como no de Gales, a parte divina foi mais acentuada, e praticamente não havia organização e pregação. Mas o avivamento de Sialkot, apesar de também vir do alto, não parecia tão espontâneo: havia - sob a direção de Deus - organização, e planos eram realizados, além de longos períodos de oração.
Antes de continuar a mostrar a importância da parte humana, quero descrever os princípios da Associação de Oração de Punjab. Eles foram criados mais ou menos no tempo da primeira convenção em Sialkot (1904), e foram redigidos em forma de perguntas, que eram assinaladas pelos que desejassem tornar-se seus membros:

1. Estás orando, pedindo um avivamento para a tua vida, para a vida dos teus companheiros de trabalho e para a Igreja?
2. Estás anelando mais poder do Espírito Santo na tua própria vida e serviço, e estás convicto de que não podes avançar sem esse poder?
3. Orarás pedindo graça para não te envergonhares de Jesus?
4. Crês que a oração é um grande meio de alcançar um despertamento espiritual?
5. Reservarás trinta minutos diariamente, logo após o meio-dia, para orar pedindo esse despertamento, e estás pronto a orar até que venha o despertamento?

Os membros da associação erguiam os olhos da fé - conforme a ordem de Cristo - e contemplavam os campos brancos para a ceifa. No Livro liam as imutáveis promessas de Deus. Percebiam que o único método de adquirir tal despertamento era por meio de oração. Então mantinham em seus corações deliberada, definitiva e determinantemente o propósito de usar a oração até alcançarem o resultado.
O avivamento de Sialkot não foi por acaso, nem um sopro que veio do Céu, sem ninguém o buscar. Carlos Finney disse que um avivamento não é maior milagre do que uma colheita de trigo. Em qualquer lugar pode-se obtê-lo quando almas valentes entrarem na luta determinadas a vencer ou morrer - ou, se for necessário, vencer e morrer. "O reino dos céus é tomado à força e os que se esforçam são os que o conquistam" (Mt.11:12).

Este texto é um resumo do primeiro capítulo do livreto "O Homem que Orava" (Praying Hyde), de Francisco A. McGraw, editora CPAD. Você pode encontrá-lo nas livrarias evangélicas deste Brasil, ou clicando no título.

* Tradução de Orlando S. Boyer, em 1953/58.

Via http://www.orepelaindia.com

sábado, 4 de abril de 2009

Situação do Brasil – Etnias Indígenas

*


Foram divulgadas pelo IBGE as estatísticas populacionais dos municípios brasileiros em 2008, com a estimativa de 189.612.814 brasileiros morando em nossa pátria. Destes mais de 180 milhões, 700 mil são indígenas, distribuídos em 345 etnias e representando 0,37% da população brasileira. Apenas 165 etnias têm presença evangélica, e mais da metade, 180 etnias, continua sem a existência de uma igreja, sem a presença de missionários, evangelistas ou crentes. Precisamos de 540 missionários ou mais, para completar a evangelização de todas as etnias no Brasil.

O desafio da Igreja hoje, portanto, encontra-se espalhado por matas, rochas, montanhas, desertos, ilhas e planícies remotas e grandes centros urbanos em países resistentes.

O cântico profético de Simeão continua clamando por uma oportunidade para os povos sem Cristo. Para que as nações sejam alcançadas pela salvação de Deus em Cristo, a igreja, sua testemunha fiel, tem sobre seus ombros a responsabilidade da grande comissão. Não temos o direito de reter para nós a mensagem que foi dada a todos os povos. Precisamos anunciar o evangelho aos confins da terra.

Compilado por Jadir Siqueira

Fontes: Ethnos – cultura dos povos
Dados da NTM – Jill Goring
Instituto Antropos

*Texto extraído da revista CONFINS DA TERRA, Ano 42, número 136 (Jan – Mar 2009), publicada pela Missão Novas Tribos do Brasil.

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