sexta-feira, 29 de maio de 2020

Portas Abertas lança documentário sobre a Igreja Perseguida


Série conta com 12 episódios em que cristãos perseguidos contam suas histórias e como enfrentam a perseguição
 A Portas Abertas vai lançar, nos próximos dias, o projeto Faces da Perseguição, que visa aproximar a igreja brasileira da realidade enfrentada por cristãos perseguidos. Ele consiste em uma série de documentários que apresenta a história de cristãos perseguidos de países como Coreia do Norte, Eritreia, Irã, Índia, Síria, Nigéria, República Centro-Africana, Quênia e Indonésia.
No total, serão 12 episódios com histórias de impacto sobre como cristãos convivem com o medo da possibilidade de terem a vida devastada a qualquer momento, mas mesmo assim, perseveraram na fé. A cada semana, será disponibilizado um novo episódio.
Neste vídeo abaixo você pode ver um pouco do que vai acontecer!

sábado, 23 de maio de 2020

Vídeo: Uma impactante aula sobre missões transculturais e responsabilidade missional, com Kelem Gaspar


Kelem Gaspar, missionária e professora de missões, com seu estilo ao mesmo tempo forte e franco, didático e tocante, nos dá uma verdadeira aula de missões transculturais e responsabilidade missional, neste vídeo. Confira!

terça-feira, 12 de maio de 2020

DEPENDÊNCIA DA IGREJA LOCAL EM RELAÇÃO AOS MISSIONÁRIOS DE FORA: UM PROBLEMA



Steve Saint

A dependência não é somente um estado de bem-estar. Ela se torna um estado mental traiçoeiro que pode adoecer geração após geração uma vez que ganha uma posição segura. Em igrejas novas e inexperientes, pode ser uma doença debilitadora e até fatal.
O objetivo de missões é plantar entre grupos nativos a igreja de Cristo com cara nativa. O propósito não é transplantar a cara da nossa igreja de Cristo para os povos indígenas e eles se acostumarem com ela. As verdadeiras igrejas nativas são enviadoras, autônomas e autossustentáveis. A igreja não é realmente nativa até que ela possa funcionar por si só ao realizar a comissão de Cristo, sem contribuição externa. Mas o objetivo de desenvolver igrejas independentes não é só para que sejam independentes. A razão para fazermos igrejas capazes de se autogovernar é que cada igreja tem uma missão a cumprir. As barreiras políticas nos diferentes países vão e vem. Quando as barreiras se levantam, os estrangeiros geralmente tem de sair do país. Se a igreja é dependente dos estrangeiros que estão saindo, ela não pode mais cumprir sua missão.
Outra razão pela qual todas as igrejas locais devem ser capazes de funcionar independentemente é que esta é a maneira mais eficiente de cumprir a Grande Comissão de Cristo para a Sua igreja. E esta é a forma que Cristo nos ensinou a construir Sua igreja. O objetivo de fazer igrejas independentes das missões que as plantam não é de se livrar dos missionários. É para que os crentes locais assumam as responsabilidades dos missionários fundadores e assim estes possam se mudar para outras localidades onde são mais desesperadamente esperados. Ainda há milhares de grupos de pessoas que não tem testemunhas para contar o que Cristo fez para salvá-los. Ao liberar um missionário para seguir adiante também os crentes locais são liberados para fazer o que Deus os comissionou a fazer. Além disso, o quanto antes uma igreja nativa funcionar bem sozinha, mais cedo ela será capaz de enviar seus próprios missionários para ajudar a alcançar grupos semelhantes.
A dependência tem duas características muito perigosas. A primeira: pode espalhar-se com boas intenções e com malícia; é um veneno mortal se administrada por engano. A segunda: é muito mais difícil parar que começar; o melhor remédio para a dependência é a prevenção.
Dar aos crentes de uma nova igreja os meios para sustentar a igreja por conta própria e as ferramentas para governá-la é tão importante quanto ensiná-los a compartilhar sua fé. Tornar-se enviadora é natural para a maioria das novas congregações. Qualquer pessoa pode dizer a outra pessoa como sua vida foi mudada e é natural para um novo crente querer contar o que aconteceu com ele ou ela.
Aprender a ser autogovernável é mais difícil e aprender a ser financeiramente autossustentável é quase sempre o mais desafiador de tudo. Prestamos aos missionários um grande desserviço quando medimos sua eficácia primariamente pelo número de pessoas nas igrejas que eles plantam. A coisa mais espiritual que eles podem fazer por uma igreja enviadora que também pode se autogovernar é ajudar as pessoas a encontrar empregos, de forma que estes apoiem o ministério. Hoje há uma necessidade maior em muitas regiões por missionários com treinamentos em negócios/administração do que com diplomas de teologia avançada.
É bem mais fácil dar alguma coisa a alguém do que ensiná-lo a fazer essa mesma coisa, assim como é mais fácil dar um peixe do que ensiná-lo a pescar. Se você dá um peixe a uma pessoa, você a alimentou por um dia e provavelmente gerou o princípio da dependência. Se você a alimentar por muitos dias e então parar, ela vai ressentir-se por causa disso. No entanto, se ensinar essa pessoa a pescar, você a terá alimentado para o resto da vida e desenvolvido nela a habilidade de alimentar outros.

Trecho do livro A Grande Omissão (Horizontes América Latina).

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O que podemos oferecer ao próximo? Atitudes missionais


     
 Estamos cercados por pessoas que vivem no sofrimento, especialmente neste momento de pandemia do coronavírus. As incertezas, angústias e o medo da morte dominam os corações e as mentes das pessoas neste mundo. Neste sentido, para que alguém seja alcançado pelas bênçãos divinas e possa experimentar a paz e a alegria indivisível de pertencer ao reino de Deus é necessário a manifestação dos servos de Deus. Quem são os seus servos? São porventura os que servem a si mesmos ou os que servem a Deus?
   Então, servir a Deus, um ser invisível e indivisível por seus atributos, que opera no mundo físico e espiritual a sua vontade, pode ser feito por aqueles que estão em comunhão com Deus e que operam pela observação da Palavra de Deus. Nesta perspectiva, o que podemos oferecer ao próximo, seria apenas o pão físico, a despeito de ser legítimo e necessário para viver.  Todavia, quando abro a Bíblia e a leio enxergo que nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus. Logo, procuro me alimentar dos favos de mel que ela produz, a fim poder oferecer um conselho ao “próximo”, ou seja, leia a Bíblia.
 Entretanto, para muitas pessoas, o fato de ler a Bíblia Sagrada não se subtende esclarecimento, pois, evoca-se a necessidade de alguém explicar e ensinar. Neste sentido, gostaria de convidá-lo a olhar para o cenário apontado no livro dos Atos dos Apóstolos no cap. 8, a partir do versículo 26 até o versículo 38, a fim de percebermos o seguinte episódio: o Eunuco - alto funcionário de Candace, rainha dos etíopes, que carregava dentro de si a seguinte inquietação: “Não entendo o que leio”. Salvo se alguém como Felipe, servo de Deus, desse alguma explicação, a fim de que o eunuco pudesse compreender o amor de Deus, a partir das Sagradas Escrituras. Por isso, quando Jesus afirmou: “Examinai as Escrituras porque vós julgais ter nelas a vida Eterna”. Obviamente que uma pessoa como o eunuco, de pouco conhecimento, não a entenderia. Mas um crente como Felipe, convertido ao Senhor, saberia dar uma explicação e sobretudo testemunhar sobre Cristo Jesus.
          Neste sentido, a passagem Bíblica citada, nos chama atenção para quatro atitudes missionais, a partir do entendimento que missional é uma igreja que compreende ser uma testemunha de Cristo em vida, obras e palavras, a fim de oferecer o melhor de Deus ao nosso próximo, ou seja, Jesus Cristo, o Salvador e Redentor de pecadores. A primeira atitude missional diz respeito à obediência; Felipe tomou a decisão de responder ao chamado do Espírito de Cristo (V.26). A partir disso, Felipe toma a iniciativa de se aproximar do eunuco e de abordá-lo com uma pergunta – “Compreendes o que vens lendo?”  O eunuco respondeu: “Como poderei entender se alguém não me explicar?” Então, esteja você meu irmão e minha irmã disponíveis para Deus, a fim de explicar e apresentar ao seu próximo, o Senhor Jesus.  
 A segunda atitude missional, aponta para a intencionalidade de Felipe, ou seja, o estado de consciência do seu chamado e de sua responsabilidade diante de Deus. Por isso, Felipe correu ao lado do eunuco, a fim de ajudá-lo a compreender o que estava lendo e sobretudo não desperdiçou a oportunidade de estar ao lado do eunuco para anunciar Jesus (v.30-31). Seja você meu irmão, esta pessoa para estar ao lado do seu próximo, com o propósito de ajudá-lo a compreender quem é Jesus, a partir do seu testemunho de vida em Cristo Jesus.  
 A terceira atitude diz respeito à disposição de Felipe, de cumprir a seguinte ordenança de Jesus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mat. 28.18). Pois, bem no caminho de Gaza, um lugar deserto e inóspito, onde muitos de nós não desejaríamos caminhar, pode ser o local onde se encontre um predestinado à salvação e um discípulo de Cristo. Como aquele eunuco, que era etíope. Este pediu a Felipe: “Explique a quem se refere o profeta”. Assim, Felipe anunciou-lhe Jesus, até ao ponto de chegar a um local, onde havia água para ser batizado. Pois, o coração do eunuco, rendeu-se ao governo de Cristo, por meio da exposição da Palavra Deus (v. 34-35). Ao ponto deste alto funcionário público da Etiópia (um equivalente nos dias de hoje, digamos, ao presidente do Banco Central da Etiópia) seguir o seu caminho com alegria indivisível, em virtude da salvação. Obviamente que a Bíblia Sagrada não relata sobre seus passos de fé na sua nação, mas possivelmente, a sua alegria e a consciência da sua fé em Cristo, o tenha levado a dar testemunho de Cristo junto à rainha Candace e talvez à sua equipe de trabalho na corte e dentre o séquito da rainha.
           Finalmente, a quarta atitude diz respeito à disposição de Felipe, de ir além, ou seja, avançar na evangelização de outras cidades até chegar em Cesareia (v.40).  Por isso, amados irmãos, somos chamados para ir além dos nossos muros geográficos, atendendo a ordem de Jesus em Atos 1.8: “Sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém (ou Ceilândia) como em toda a Judéia e Samaria (ou outros estados) e até os confins da terra (ou nações).
Portanto, irmãos, oferecer o melhor de Deus ao nosso próximo exigirá de nós atitudes missionais enquanto Igreja missionária, a partir da decisão de obedecer e responder à convocação imperativa do Espírito de Cristo, ou seja, IDE! Para além disso, agir com intencionalidade, que é o nosso estado de consciência acerca da nossa vocação ministerial bíblica e pessoal de fazer discípulos. E, sobretudo, indo além das nossas fronteiras geográficas e culturais anunciando o Senhor Jesus, pois este é o dever de todo o cristão.
Rev. Sergio Rezende
Igreja Presbiteriana P Sul - Ceilândia - DF

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