segunda-feira, 22 de julho de 2024

Almanaque do Mobilizador Missionário: Mais de 1.000 páginas de recursos para promover missões, em e-book GRATUITO

 


Espero que o título deste livro não tenha lhe assustado, meu irmão, minha irmã. Se você não é diretamente ou mesmo perifericamente engajado, ligado ou interessado na obra missionária, pode concluir que este é um livro de nicho, um livro para especialistas. De maneira nenhuma. Este é um livro para todo cristão. Pois missões é trabalho para todos, sem exceção; é o motivo de todos aqui ainda estarmos, coração e motor do que chamamos de igreja.

Todo cristão está sob a ordem e de posse do mandato de ir – comunicar a boa nova a todos quanto possa. Mas, na prática, demandas da vida e desígnios de Deus estabelecem que nem todos cheguem a ir – no sentido verdadeiramente missionário do termo, que é ultrapassar fronteiras geográficas e/ou culturais em direção aos que pouco ou nada sabem de Cristo.

Ainda que nem todo cristão possa ser aquele que especificamente vai, todo cristão – e aqui não há escapatória – precisa ser um incentivador de que se vá, de quem vá, de que se envie e sustente alguém. Logo, todo cristão precisa ser inescapavelmente um mobilizador, um promotor de missões.

Ao longo dos anos, temos publicado livros gratuitos, tais como: Teatro Missionário; Poesia Missionária (3 volumes); Hinário Hinos Missionários; Dinâmicas Missionárias; Sermões Missionários; Ilustrações Missionárias e até Citações Missionárias (ufa!). Tais livros, seus títulos não negam, possuem como tema a missão cristã.

Assim, de que trata então o presente livro? Seria um apanhado do melhor de cada uma das coletâneas anteriores? Não, não é este o caso, amigo leitor. Temos aqui apenas MATERIAIS INÉDITOS, inéditos no sentido de não terem entrado nos volumes citados; assim, disponibilizamos à igreja ainda mais dinâmicas, representações teatrais, poemas, ilustrações e esboços de sermão. Gêneros que por si só dariam para compor novas obras individuais, mas que achamos por bem reunir num único volume. Um compêndio, um manual, um almanaque.

Usufrua desta obra com sabedoria, adapte os recursos às suas necessidades – e compartilhe-a com quantos cristãos você puder.

Que as manhãs, o transcurso dos dias e as noites encontrem em seus lábios e em suas ações a palavra Maranata (vem, Senhor Jesus!), e que, doando-se de todas as formas por cumprir a Grande Comissão, você possa ver a obra concluída e tal palavra se cumprir, no retorno do Rei.

Sammis Reachers, editor


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domingo, 14 de julho de 2024

O(S) FRUTO(S) DO ESPÍRITO E MISSÕES – Gl 5.22, um esboço de sermão/estudo bíblico

 



O(S) FRUTO(S) DO ESPÍRITO E MISSÕES – Gl 5.22

 

Amor (caridade) – O amor é o vínculo da perfeição (Cl 3.14), explicação maior do que é nosso Deus (1 Jo 4.8) e bandeira do cristianismo aos homens e suas nações. “Levou-me à sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor” (Ct. 2.4). Ao banquete celestial somos ordenados a convidar os homens!

Alegria (gozo) – É preciso alegria em cumprir a missão, pois quem se alegra a si mesmo fortalece (Ne 8.10). Paulo recomenda aos colaboradores do evangelho que se alegrem no Senhor (Fp 4.2-4). Muitos indivíduos e culturas ao longo da história sofreram o primeiro impacto positivo não pelas palavras dos cristãos, mas observando a sua alegria, mesmo em meio a condições e oposições as mais adversas (At 2.46,47).

Paz – Todo indivíduo, povo e cultura que não conhece a Cristo vive em conflagração, levados por ventos do engano e autojustificação para lá e cá. Mas, “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Is 52.7)

Longanimidade (paciência) – Sem paciência não se pode ser agricultor e suportar o ciclo do plantar e do colher (Ec 3.2), a variedade de solos (Mt 13.1-9), e a resignação crente e paciente em cumprir uma parte do trabalho sabendo que outro a concluirá, e vice-versa, como Paulo e Apolo (1 Co 3.6-8).

Benignidade (amabilidade/afabilidade) – Sem amabilidade perde-se a chave que abre as portas dos corações e das culturas. “O falar amável é árvore de vida, mas o falar enganoso esmaga o espírito” (Pv 15.4). Ver ainda Fp 4.5; 2Tm 2.24.

Bondade – A bondade de Dorcas a fazia costurar túnicas para assistir a órfãos e viúvas, além de colaborar de todas as formas com o evangelho. Seu nome é até hoje celebrado como obreira fiel e exemplar (At 9.36-42).

(Fidelidade) – Sem fidelidade perdemos força diante de Deus e moral diante dos homens. Arruinamos nossa espiritualidade e nosso testemunho. Quando os habitantes de Listra tentaram adorar a Paulo e Silas, crendo-os deuses, estes foram fiéis ao Senhor e repudiaram honra para si próprios (At 14.8-16). Antes deles, e diante do próprio Saulo/Paulo, Estevão teve a honra de ser o primeiro mártir de Cristo, sendo fiel até a morte (At 7.54-59).

Mansidão (brandura/humildade) – Cultivando a mansidão damos ao mundo prova de nossa fé, como imitadores de Cristo. Pois somos imitadores daquele que disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29). É, pois, com mansidão que devemos pregar a Cristo: “Estejam sempre preparados para responder a qualquer pessoa que pedir a razão da esperança que há em vocês. Contudo, façam isso com mansidão e respeito” [...] (1 Pe 3.15,16).           

Temperança (domínio próprio) – Sem domínio próprio não suportamos as ofensas e desabamos no dia mau. Francisco Xavier, pioneiro de Cristo no Japão, certa feita foi cuspido em face numa praça pública, grande ofensa em tal cultura de honra. Permaneceu impassível e seguiu sua pregação, o que levou um maioral da comunidade a querer para si aquela doutrina capaz de conferir tal domínio próprio aos homens.

Sammis Reachers



Se desejar, baixe gratuitamente nosso pequenino e-book Pregue a Missão: 15 Esboços de sermões sobre Missões e Evangelização. CLIQUE AQUI.

O e-book fora publicado em 2019, com 11 esboços, e agora foi ampliado para 15.

domingo, 7 de julho de 2024

O que é um Missionário?

 


Algures entre a santidade e a loucura, encontramos uma criatura curiosa chamada Missionário. Os missionários vêm em variados tamanhos, pesos e cores, mas são todos enviados por um só Senhor que ordenou ao Seu povo que evangelizasse.

Os missionários encontram-se em todos os lados; a ir, a erguer, a enviar, a chegar, a ficar com, a partilhar, a suportar e a defender. Os Cristãos adoram-nos, os governos toleram-nos, os pais têm pena deles, os pagãos os ignoram e Cristo os protege.

Um missionário é a Verdade com um eixo partido de jipe na mão, é a Beleza com uma criança doente nos braços, a Sabedoria com uma Bíblia no bolso e a Esperança com Cristo no coração.

O missionário tem a paciência de um pescador, a audácia de um trapezista e o cuidado de um bibliotecário, a visão de um sonhador, a força de um construtor, a inteligência de um professor, a sagacidade de um humorista, a irresponsabilidade de uma criança e, quando tenta algo, é todo oração.

Ele gosta de receber cartas de casa, de crianças, de pregar, de candidatos missionários, de regressar do descanso, de conferências missionárias, folhetos e aqueles que os imprimem, estações de rádio, tradutores, caixas de missão, aviões, aldeias, estudos bíblicos, cursos por correspondência e livrarias. Não gosta de marketing da alta pressão, burocracias, desvalorização do euro ou dólar, fé morna, hipocrisia e discriminação.

Ninguém é tão rápido a importar-se com, e tão lento a desistir. Mais ninguém se diverte tanto com crocodilos, arroz cozido, elefantes, cobras de estimação, terremotos, vistos, monções, secas e conversas.

Um missionário é uma criatura peculiar: podes enviá-lo para uma terra longínqua, mas é melhor não o esquecer. Podes livrar-te dele, mas é melhor não o tirares do coração. Ele é o teu servo, a tua mão direita, o teu dependente. Um molho de amor que se distribui, prega a Bíblia, teme e serve a Deus. Quando chegas à igreja com aquele sentimento presunçoso de super-cristão, ele pode despedaçá-lo com palavras simples, “Vem daí e ajuda-nos”.

Isso, meu amigo, é o que um missionário verdadeiramente é…

Anônimo 

Conhecendo Deus - https://conhecendodeus.com.br/artigos/


quinta-feira, 27 de junho de 2024

Empreendedorismo incomparável: Ganhar almas (esboço de estudo/sermão)

 


1. O MELHOR NEGÓCIO: “E o que ganha almas é sábio” – Pv 11.30.

 

2. UM NEGÓCIO LASTREADO EM MOEDA FORTE, COM MÁXIMO RENDIMENTO: “Os sábios, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente” – Dn 12.3.

 

3. O NÉGÓCIO MAIS SEGURO: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam. Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” – Mt 6.19,20.

 

4. UM NEGÓCIO QUE CUMPRE AS OBRIGAÇÕES DA LEGALIDADE: “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniquidade, mas tu livraste a tua alma” – Ez 3.8,9

 

5. UM NEGÓCIO ONDE É PEQUENA (infelizmente!) A CONCORRÊNCIA: “E dizia-lhes: Grande é, em verdade, a seara, mas os obreiros são poucos; rogai, pois, ao Senhor da seara que envie obreiros para a sua seara” – Lc 10.2

 

6. UM NEGÓCIO APADRINHADO PELO MELHOR INVENSTIDOR: “É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!” – Mt 28.18-20

 

7. UM NEGÓCIO MENTORIADO PELA MELHOR MENTORIA: “E, quando vos conduzirem às sinagogas, aos magistrados e potestades, não estejais solícitos de como ou do que haveis de responder, nem do que haveis de dizer. Porque na mesma hora vos ensinará o Espírito Santo o que vos convenha falar” – Lc 12.11,12

“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra” – At 1.8

 

Sammis Reachers

 

sábado, 15 de junho de 2024

OPORTUNIDADES, uma peça teatral sobre evangelização e missões

 


Oportunidades

 Sammis Reachers


PERSONAGENS: Ana (pode ser representada por jovem dos 18 aos 30 anos); Patrícia (jovem de idade compatível com Ana); Idoso; Moçambicano (homem negro, de qualquer idade); Menina (criança de entre 07 e 10 anos); Enfermeira-Chefe; Jesus. Se achar necessário, alguns figurantes para a cena do ônibus.

 

CENA 1

Ana está em seu quarto, arruma algumas coisas apressadamente, se deita e cobre com lençol. De repente se lembra de que tem que orar, sai da cama e se pões de joelhos, orando.

Ana – Ah Senhor, não aguento mais minha vida! É uma correria só! Essa coisa de trabalhar, estudar e ainda ter que ajudar minha mãe em casa não me deixa tempo para nada. Não vejo a hora de poder viver somente para Ti, meu Deus. Terminei o nível médio de Teologia. Estou dando tudo de mim na faculdade de Enfermagem e no cursinho de inglês, pois espero um dia me tornar uma missionária.

Sei que tenho falhado em sua obra. Nunca mais evangelizei ninguém! Também, com que tempo? Estou sempre ocupada. Até para ir nos cultos está difícil! Poxa Deus, eu queria tanto ter oportunidades para evangelizar, para falar de seu amor a outras pessoas... E o meu chamado missionário? Ele parece um sonho cada vez mais distante, ao invés de estar perto... Me ajude nisso Senhor. Agora vou dormir. Abençoe meu sono, e que eu tenha bons sonhos. Amém!

 

CENA 2

Ana entra no ônibus, e senta-se no único lugar vazio. Sem saber, está ao lado de Patrícia, uma antiga conhecida de escola, que a perseguia e praticava bullying contra ela.

Patrícia – Eu não te conheço?!

Ana – Oi? Eu? Hum, não sei... Espere... Patrícia?

Patrícia – Sim, sim. Da escola. Há quantos anos!

Ana – Ah, sim...

Patrícia – A gente vivia brigando, né? Como éramos bobas.

Ana – Na verdade é você que brigava comigo. Bastante, até...

Patrícia – Eu não sabia como a vida era. São as loucuras da juventude! Mas aproveito para lhe pedir desculpas.

Ana – Que isso, não se preocupe. Como você disse, são coisas de meninas. Mas... Você está abatida. O que houve? Brigou com o namorado?

Patrícia – Quem dera fosse isso. Hoje estou vindo do hospital... Eu sofri um aborto espontâneo, e fiquei alguns dias internada.

Ana – Poxa, não sabia, sinto muito. E... e seu marido?

Patrícia – Ah, não tenho marido não. O pai da criança, quando soube da gravidez, não quis assumir, seguiu a vida dele, já até tem outra.

Ana – Sinto muito mesmo.

Patrícia – É a vida, colhemos o que plantamos.

Ana – Meu Deus... Não sei o que dizer, Patrícia...

(Ambas ficam num longo silêncio, constrangidas. Após um ou dois minutos, Patrícia se levanta para descer).

Patrícia – Chegou meu ponto. Tenho que descer. Ah, me lembro de que você era crente, eu fazia piada do seu cabelão, né... Não sei se você ainda é crente, mas se puder ore por mim, por favor.

Ana – Sim Patrícia, vou orar sim!

(Patrícia desce).

(Um idoso sobe no ônibus, e senta-se ao lado de Ana.)

Idoso – Com licença, minha filha. (Senta-se). Bom dia.

Ana – Bom dia.

Idoso – Está calor hoje, né?

Ana – (Bocejando) Uaaaahh... Está sim.

(Ficam em silêncio por quase um minuto)

Idoso – os remédios estão cada vez mais caros, minha filha. Fui comprar um Captopril que mês passado custava oito reais, e hoje em toda farmácia estava a quinze!

Ana – É, não é fácil (entediada, olhando o celular).

(Novo silêncio)

Idoso – Amanhã é dia de São Jorge. Eu não sou devoto, mas acredito em tudo: São Jorge, espiritismo, benzedeira, cabala, meditação... Quem vai saber onde está a verdade, não é mesmo?

Ana – Aff...

Idoso – O quê?

Ana – Nada não, senhor.

(novo silêncio).

Idoso – Está chegando meu ponto (levanta-se). Bom dia minha filha. Me desculpe te aborrecer, é que sou viúvo e não costumo ter ninguém pra conversar.

(Desce).

Ana – (pensando alto) Misericórdia, que chatice. É minha pior inimiga da escola, depois um velhinho à toa... E ainda estou atrasada pro trabalho! Me perdoe Deus, mas hoje não está fácil.

(Levanta e desce do ônibus).

 

Cena 3

Ana vem andando pela rua, para em uma barraquinha de cachorro-quente.

Ana – Que fome! E preciso chegar logo no trabalho! Moço, moço, me vê um cachorro-quente!

Vendedor (com sotaque moçambicano) – Opa, é pra já minha jovem.

Ana – O senhor é angolano?

Vendedor – Não, não, sou de Moçambique. (Pausa) Em Moçambique ficou muita miséria e muito ódio depois da guerra. Vim para o Brasil tentar a vida.

Ana – Que legal, moço. Eu sonho um dia em ir para a África. Ah, não vejo a hora! Mas se apresse aí que tenho que comer rapidinho antes de entrar no trabalho.

Vendedor – Você trabalha em quê, minha jovem?

Ana – Sou técnica de enfermagem ali naquele hospital no final da avenida (aponta para adiante).

Vendedor – Enfermeira, que bonita profissão. Sabe, eu tenho um problema de estômago há muitos anos, e não sei o que fazer. Já fui em três hospitais. Os remédios que os médicos me passaram não fizeram muito efeito. Em Moçambique tinha mfiti, o feiticeiro, mas no Brasil acho que não existe isso. Hoje mesmo meu estômago está dolorido...

Ana – Feiticeiro? Aff, deixa disso... Mas sentir dor não deve ser fácil. O senhor precisa fazer mais exames.

Vendedor – Você disse que sonha em conhecer a África. Quer conhecer as atrações turísticas?

Ana – Não é isso não moço, ou melhor, posso até conhecer, mas eu sonho ir para falar de Jesus para as pessoas.

Vendedor – Jesus?

Ana – Sim, mas me dá logo o cachorro-quente que hoje estou toda enrolada (estende a mão e o pega). Tome aqui o dinheiro (sai comendo e andando rápido).

 

Cena 4

Sala de hospital

Enfermeira-chefe – (Entrando na sala em que Ana está, e trazendo uma menininha) Ana, esta criança veio acompanhando a mãe, que se acidentou de bicicleta. A menininha não se machucou, mas a mãe sofreu uma concussão na cabeça e está em observação. Você pode ficar tomando conta dessa menina enquanto alguém da família não chega?

Ana – Claro, chefe. Sem problemas.

(Chefe sai)

Ana (para a menininha) – Vamos sentar aqui no sofá.

(Sentam-se. Ana pega o celular e começa a mexer)

Menina – Tia, qual é seu nome?

Ana – É Ana, e o seu?

Menininha – É Sofia.

Ana – Que nome bonito, Sofia.

(Ana fica mexendo no celular, concentrada. Ri do que vê na tela)

Menininha – Tia, tô com medo...

Ana – Não tenha medo, sua mãe está bem. Logo ela vai estar com você.

Menininha – Tenho medo de minha mãe morrer...

Ana – Não, não, ela está bem meu tesouro, só está esperando o remedinho fazer efeito.

(Ana volta a mexer no celular)

Menininha – Tia, quando as pessoas morrem, elas vão pra onde?

Ana – (Meio enfezada, por ter que parar de mexer no celular) – Que isso meu amor, você é muito nova pra pensar nisso. Tome aqui, leia essa revista (entrega uma revista que estava no sofá à menina, e volta a mexer no celular).

(Após algum tempo, a enfermeira-chefe entra).

Enfermeira – Prontinho, sua tia chegou e vai ficar com você lá na recepção, meu docinho. E sua mamãe logo logo estará boa, tá?

(Apanha a menina e sai).

Ana (Falando alto) Ufa. Finalmente um descanso. Deixa eu ver aqui essa fofoca da final do Big Brother, o parquinho está pegando fogo!

 

Cena 5

Ana dormindo. Jesus aparece em seu quarto.

Jesus – Ana.

Ana (Despertando sonolenta, depois assustada) – Oi... quem me chamou? (Vendo agora Jesus) Meu Deus!

Jesus – Ana, Ana... Até quando você correrá para lá e para cá, e não cumprirá o seu chamado?

Ana – Senhor! Senhor! Meu chamado? Mas estou estudando e me preparando para cumpri-lo! Estou na faculdade de enfermagem, e faço inglês, tudo para poder ser uma boa missionária um dia! O Senhor sabe que não aguento mais esperar!

Jesus – Ana, na noite passada você orou por oportunidades de cumprir sua missão, não foi?

Ana – Sim, Senhor! Chegou o momento? O Senhor veio me dizer para onde vou?

Jesus – Ah, Ana... Mais importante do que onde você está, é quem você é. Você cumpre a missão sendo a missão. A missão estará sempre onde você estiver. Dos caminhos e encontros cuido eu.

Veja o caso de sua antiga adversária, Patrícia. Ela se arrasta há anos com uma depressão profunda. Há três dias, sofreu um aborto. Há duas horas, Ana, enquanto você dormia, eu a livrei de cometer suicídio. No entanto, ela acordará daqui a cinco horas e não saberá o que fazer, pois você não lhe falou de meu amor.

Ana – Oh Senhor, me perdoe! Eu até pensei nisso, deve ter sido o toque do Espírito, mas endureci o coração com as lembranças do tanto que sofri na escola...

Jesus – Logo a seguir levei a você aquele senhor, está lembrada? O nome dele é José. Aquele homem tem buscado a verdade em diversas religiões, sem encontrar. Conhece meu nome de ouvir falar, mas nunca ouviu uma explicação simples e satisfatória do evangelho. Ele morrerá em um mês, Ana. Por que você não lhe falou sobre mim?

Ana – Senhor... Não sei, acho que eu estava distraída ou aborrecida!

Jesus – Você sonha em ir para a África... Tem se preparado, e eu tenho te capacitado. O curso de inglês te será muito útil. Mas há países na África onde a sua língua é a língua de boa parte do povo. Moçambique é um desses países, onde se fala português. Como tem sido travada a batalha espiritual ali! E hoje, enquanto você não vai, eu te enviei um moçambicano, um fugitivo de uma área do país onde predomina o islã. Um homem ao mesmo tempo esperançoso e desiludido, que abandonou as práticas muçulmanas e animistas que carregava, e agora está ainda mais confuso, sem perspectiva. Uma alma, mesmo sem saber, sedenta e pronta para a chegada do evangelho. Lembre-se disso amanhã, quando passar por ele, Ana.

Ana – Sim, Senhor! Meu Deus, a oportunidade estava na minha cara, e eu na minha pressa nem me dei conta!

Jesus – Lembra-se da menininha no hospital? Aquela pergunta que ela lhe fez não foi fruto do momento de incerteza naquela sala fria. A questão de para onde as pessoas vão após a morte realmente a angustia, a perturba. Ela não me conhece, Ana. Daqui a seis meses ela ouvirá, durante um evento literário na escola, uma explicação sobre o destino eterno de quem morre, a partir de uma perspectiva animista, falsa como qualquer doutrina de demônios. E tal perspectiva errônea a acompanhará por duas décadas, e contribuirá para afastá-la de mim por um longo tempo. Mas eu a salvarei.

Ana – Mas Senhor! É muita culpa sobre minhas costas! E isso em apenas um dia! Tenha misericórdia de mim, e deles!

Jesus – Calma, Ana; isso sempre é assim. Eu tenho outros servos. Se um não cumpre sua missão, outro pode fazê-lo. Não sou um Deus misericordioso, que renovo minhas misericórdias a cada manhã? Mas há realmente missões que nenhum de meus servos cumpre. Pois isentam-se. Protelam. Lavam as mãos. E aquele momento em que um de meus servos fraqueja pode ser a última falha de uma sequência de abstenções, de bocas que não se abriram e joelhos que não se dobraram... E pode ser a última chance de uma alma. 

Continue sua preparação, minha serva. Sua perspectiva está em parte certa: Há lugares esperando pela chegada da verdade com muito mais necessidade do que aqui. E ainda são tantos... Ah, se você pudesse vê-los como vejo, Ana... No entanto, viva a missão, pois ela não está aqui ou acolá, mas em todo canto, manifesta em múltiplas formas e necessidades, como num fluxo. A partir hoje, Ana, olhe para as pessoas com olhos de eternidade.

Ana – Amém, Senhor Jesus! A primeira coisa que vou fazer é procurar nas redes sociais pelo perfil da Patrícia. Vou conversar com ela, vou falar de seu amor! Vou oferecer meu ombro e meu ouvido. E vou ter uma boa conversa com aquele vendedor, o primeiro africano a quem pregarei, e isso sem nem sair do Brasil! Obrigado por ter misericórdia de mim, Senhor Jesus! Desperta a tua igreja!!!

FIM

Reprodução permitida, sem necessidade de autorização, desde que citados autor e fonte.

Blog Veredas Missionárias - https://veredasmissionarias.blogspot.com/


segunda-feira, 3 de junho de 2024

Uma dinâmica para promover o espírito evangelístico em seu grupo ou igreja

 


Uma data, muitas oportunidades

 

Objetivos: Incentivar a percepção criativa de oportunidades evangelísticas, e mobilizar para ações efetivas.

Materiais: Listagem de Datas Comemorativas; papel e caneta para cada participante.

 

Dispor para os participantes uma listagem com as datas comemorativas de determinado mês (de preferência, o mês vigente, ou o próximo). Se desejar, pode ser também uma listagem com as datas do ano inteiro. É preciso utilizar uma lista daquelas bem “completas”, com ocorrências em quase todos os dias do mês.

Após entregar uma folha com as datas impressas a cada participante, ou expor a lista numa cartolina, quadro ou mesmo telão, os participantes serão convidados a imaginar e propor ideias evangelísticas que possam utilizar o contexto daquela data para evangelizar, realizar ações sociais etc.

Vamos utilizar aqui como exemplo uma lista com apenas os CINCO primeiros dias do mês de outubro (tais listas podem ser encontradas na internet).

OUTUBRO

01 – Dia do Vendedor; Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade; Dia Nacional do Vereador

02 – Dia do Anjo da Guarda; Dia Internacional da Não Violência

03 – Dia do Petróleo Brasileiro; Dia Mundial do Dentista; Dia Nacional das Abelhas; Dia do Profissional de Organização

04 – Dia da Natureza; Dia do Cão; Dia Mundial dos Animais

05 – Dia Mundial dos Professores; Dia das Aves; Dia do Empreendedor

Agora vamos pegar apenas UMA das comemorações de UM ÚNICO DIA, 01 de outubro. Para o Dia Nacional do Idoso/Internacional da Terceira Idade, os participantes poderão propor, por exemplo: Evangelização/visitação nos asilos da cidade; preparação de uma lembrancinha para os idosos da igreja e/ou para evangelizar apenas idosos nas ruas, ou que passem na porta da igreja; um culto evangelístico da terceira idade; posts para redes sociais em alusão ao tema, utilizando versículos contextualizados; espaço durante o culto do dia para falar sobre os direitos dos idosos; e assim por diante. Só Deus sabe que ideias irão surgir!

Após todos terem participado, analisar as proposições, debatê-las e, claro, firmar um compromisso coletivo de pôr em prática algumas daquelas ideias – que podem ser as com mais ocorrências, ou as mais votadas pelo grupo durante o debate. E mais, tal iniciativa – trabalhar criativamente em cima de datas comemorativas – pode se tornar uma cultura de seu grupo ou igreja!


Sammis Reachers

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Este texto pode ser livremente republicado, sem necessidade de autorização, mantendo-se apenas referência a autor e fonte.

E, em breve, um novo e bastante amplo volume de recursos para mobilização missionária estará disponível, gratuitamente. Ore por isso!


quinta-feira, 23 de maio de 2024

BEM-AVENTURADOS OS MISSIONÁRIOS (Uma reflexão)

 


BEM-AVENTURADOS OS MISSIONÁRIOS

O missionário e as bem-aventuranças de Mt 5.1-16

 

Bem-aventurados os pobres de espírito

Não há pobres de espírito entre os principais, pois a humildade não costuma habitar os píncaros. Os pobres de espírito estão no chão, varrendo o salão, alheios à disputa por cargo e comissão. Os pobres de espírito seguem o rastro do Espírito Santo, nele habitam, ouvem seu chamado e cumprem sua missão.

 

Bem-aventurados os que choram

Observar os campos brancos para a ceifa e chorar por ver o fruto se perder: aqui se fundam os missionários. Na lágrima que cai, na que persiste, na que leva a ir, ajuda a ficar, insta a não desistir. As lágrimas pela perdição eterna de um mundo são as principais das lágrimas, a arquitetura do servo, e missionário é aquele que primeiro as derrama. E sustenta seu caudal até a glória.

 

Bem-aventurados os mansos

É fácil ser ovelha em meio a ovelhas. Mas, lançar-se entre lobos, isso exige coragem, quase uma pré-disposição para o sacrifício, uma fidelidade acima do humanamente comum: Isso exige mansidão. Da coragem de entregar-se nas mãos do Oleiro e ir, descansar no navio enquanto ruge a fornalha fria da tormenta, desta mansidão confiante, se moldam missionários.

 

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

Doce é estar em segurança, na luz do Estado de direito. Mas como é duro cumprir a ordenança, abrir a boca em favor do que não pode falar! Do que tem seus direitos, espirituais e terrenos, vilipendiados! O que têm fome de tapar esta brecha que o pecado escancarou, não apenas em si e no seu arraial, mas lá na trincheira, na chaga do mundo, este sabe que só pode dessedentar-se cumprindo a comissão que o engajou.

 

Bem-aventurados os misericordiosos

Não há misericórdia maior do que buscar livrar os que avançam para a chama eterna. Pois ignorar que haverá chama é descuidar da misericórdia, é acovardar-se em prejuízo de si e do próximo. Atentar para o risco primeiro, e maior, e fundamentalmente único que jaz sobre os homens – a eterna danação –, e contra tal risco ofertar-se, holocausto vivo: Eis a bem-aventurança de um misericordioso. Eis a vereda missionária.

 

Bem-aventurados os puros de coração

É necessária pureza de coração para lançar-se em socorro do outro a quem nunca se viu, longe das glórias, recompensas, amigos e amparos visíveis. É necessária pureza de ânimo e de propósitos, para não abandonar o barco, o campo, a seara. Quem, senão os puros, para não duvidarem de Deus quando os homens, duvidosos, olvidarem o campo, a seara e, cegos de si, olvidarem aquele um dia por eles mesmos enviado?

 

Bem-aventurados os pacificadores

Adentrar outras regiões e outras culturas, levando a paz de Cristo e combatendo os erros que defrontar, alguns inimagináveis, com sabedoria e unção, medindo o cronos e o kairós, é ser fundamentalmente um pacificador, o principal deles. Avance com teus joelhos, formosos quando assomam sobre os montes, ó emissário de Cristo: “Eu vi Satanás caindo do céu como um raio”.

 

Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça

Como os que investem contra as fortalezas de Satanás sofrem perseguição! Aqueles que apenas as miram à segura distância, e vez por outra clamam: “Vá até lá, anjo do Senhor, e ajude”, quão seguros estão, tão longes da dor, tão longes de Deus. Mas aqueles que sabem e vivem que a missão não pertence a anjo algum, mas a homens fiéis, e lançam-se, e cuja vida é um suspense, um risco diário e noturno, oh, quão bem-aventurados são! Cumprem, na ação praticada e na sofrida, o que predisse Aquele de quem são os fiéis imitadores: “Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.”

 

Bem-aventurado sejas, missionário, acervo das bem-aventuranças de Deus, delas o fiel depositário, bem-aventurada figura de barro, pequena e frágil, mas a mais aproximada de Cristo que a Terra, indigna, suporta os passos.

 

Sammis Reachers

Veredas Missionárias - https://veredasmissionarias.blogspot.com/


terça-feira, 14 de maio de 2024

Aprendendo com o extraordinário sucesso da Igreja Africana

 


Heather Tomlinson

www.christiantoday.com

Porque é que a fé em África floresceu lindamente, enquanto o Cristianismo Ocidental declina? Aqui estão quatro hábitos que devemos aprender com os nossos irmãos e irmãs africanos.

Muito se tem falado do rápido crescimento do Cristianismo em África em apenas um século. Existem muitas estatísticas que ilustram a mudança poderosa. Por exemplo, o Centro para o Estudo do Cristianismo Global informou que, em 2018, África tinha pela primeira vez mais cristãos do que qualquer outro continente (631 milhões). Enquanto em 1900 havia 9,6 milhões de cristãos, no ano 2000 havia 384 milhões, de acordo com o Centro para o Estudo do Cristianismo Global.

É claro que a África foi um dos primeiros lares da fé nos seus primeiros dias. Um dos nossos maiores teólogos, Santo Agostinho de Hipona, veio da África cristã primitiva, assim como outros importantes Padres da Igreja. No entanto, estas regiões foram na sua maioria subjugadas por conquistas islâmicas na viragem do século XX, com excepção da Etiópia e de minorias resilientes, como a Igreja Copta Ortodoxa baseada no Egito. As pessoas em outras regiões africanas seguiam principalmente as espiritualidades indígenas. O trabalho missionário cristão levou a uma expansão extraordinária por todo o continente que é comparativamente recente.

Talvez a estatística mais importante seja que o crescimento não se deve apenas às pessoas que se autodenominam cristãs – há também uma enorme diferença no nível de compromisso. Um estudo de 2018  do Pew Research Center descobriu que os africanos estão entre os cristãos mais comprometidos do mundo (sendo os menos, os europeus). Os africanos oram com mais frequência, frequentam serviços religiosos com mais regularidade e consideram a religião mais importante nas suas vidas do que os cristãos de outros lugares. "Pelo menos quatro em cada cinco cristãos na Nigéria, Libéria, Senegal, Camarões e Chade oram todos os dias, descobriu a pesquisa... em todos os países africanos pesquisados, mais de 60% dos cristãos dizem que frequentam a igreja pelo menos uma vez por semana", disse o relatório Pew's.

Recentemente entrevistei  o pastor Agu Irukwu, nascido na Nigéria, que lidera uma das maiores igrejas do Reino Unido, a Jesus House for All Nations. Ele cresceu e chegou à fé em sua terra natal, mas ministrou em Londres por muitos anos, e também teve uma visão das diferenças na cultura da igreja. Ele ofereceu algumas sugestões.

Oração

“Se há algo que eu recomendaria a qualquer cristão, seria que desenvolvesse uma forte vida de oração”, disse o pastor Agu. “Há também muito a aprender com as partes em desenvolvimento do mundo onde as igrejas estão a crescer, não apenas em África. Um compromisso com a oração e a crença de que Deus responde à oração – isso está profundamente enraizado na cultura da Igreja [africana].”

Há alguns anos, participei do retiro de fim de semana da minha igreja multicultural na época, em um grande centro cristão. Compartilhamos o grande espaço com uma igreja de maioria negra. Tenho uma lembrança vívida de ter ido tomar café da manhã por volta das 8h30, junto com meus colegas membros da igreja, com os olhos turvos, e fiquei envergonhado ao passarmos pela pequena sala que abrigava nossos irmãos e irmãs da igreja, de maioria negra. Eles estavam orando juntos com entusiasmo em uma pequena sala, intercedendo apaixonadamente como um grupo, e tinham feito isso com afinco desde de madrugada, quando ainda estávamos todos dormindo profundamente.

Jejum

Na cultura africana, o jejum é visto como muito importante, não apenas durante a Quaresma. “Você não pode fugir do incentivo que a Bíblia nos dá para jejuar, o que dificilmente existe em muitas igrejas ocidentais”, disse o Pastor Agu. Se houver um problema ou se Deus estiver sendo procurado, as igrejas africanas jejuarão. Por exemplo, uma  iniciativa ecumênica para a unidade na Nigéria no ano passado foi apoiada por 40 dias de jejum.

“Biblicamente entendido, o jejum é parceiro de uma intensificação da oração”, escreve Oyewole Akande, diácono da Igreja Bíblica Sovereign Grace, na Nigéria, para a The Gospel Coalition Africa . “É a decisão de reservar um período de tempo para se concentrar em trazer uma questão específica diante de Deus em oração. É remover todas as distrações, incluindo os prazeres necessários de comer e beber, para buscar a face de Deus com uma petição específica.

"Muitos de nós estamos muito confortáveis ​​neste mundo decaído, não sentindo nenhuma forte compulsão para nos desconectarmos dele. Assim, lutamos com a noção de que nosso próprio desconforto pode provocar a vontade de Deus."

Fé e positividade

Outra virtude que testemunho muitas vezes nos cristãos africanos é uma perspectiva positiva e optimista, ligada à fé em que Deus pode transformar para melhor qualquer situação difícil. “Acreditar que não há nada que Deus não possa fazer e estar cheio de esperança para o amanhã, não importa quão ruim seja o dia de hoje – [a igreja africana] está muito otimista a esse respeito”, disse o pastor Agu. Tomar a Bíblia ao pé da letra e confiar no amor de Deus e nas Suas promessas de agir são atributos louváveis ​​de muitos cristãos africanos.

Simplicidade

É um estereótipo negativo pensar em África como um lugar de pobreza: há africanos ricos e algumas partes das suas economias estão bem. Contudo, é justo dizer que há mais dinheiro circulando nos países ocidentais desenvolvidos. Poderia esta ser uma razão para a nossa relativa secura espiritual?

O cardeal Robert Sarah, o influente padre católico, escreveu palavras surpreendentes no seu livro God or Nothing: A Conversation on Faith. Fez comentários positivos sobre a pobreza – distinguindo-a da miséria, que deveríamos aliviar. “A pobreza é um valor cristão”, disse ele. “O pobre é alguém que sabe que, sozinho, não pode viver. Ele precisa de Deus e das outras pessoas para ser, florescer e crescer. Pelo contrário, os ricos não esperam nada de ninguém, sem invocar nem o próximo nem Deus. Neste sentido, a riqueza pode levar a uma grande tristeza e à verdadeira solidão humana ou a uma terrível pobreza espiritual”.

Talvez a igreja ocidental precise de reunir humildade e ouvir com mais atenção os nossos irmãos e irmãs africanos e a forma como eles praticam a sua fé? O pastor Agu enfatiza que a igreja ocidental também pode transmitir a sua própria sabedoria. Ele disse: "A beleza é quando [as duas culturas] se misturam; o que isso produz é tão lindo."

Heather Tomlinson é redatora freelance. Encontre o trabalho dela em www.heathertomlinson.substack.com  ou no twitter @heathertomli


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