segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Robert Jermain Thomas, missionário e mártir na Coréia



Missionário presbiteriano na China e distribuidor de Bíblias na Coréia hostil, morreu com 27 anos a bordo de um navio que foi invadido por Coreanos. Enquanto os prisioneiros eram levados para a morte, Robert Jermain Thomas (1839 - 1866) distribuiu bíblias aos coreanos, inclusive ao próprio soldado que o executou. Ele se chamava Choon Kwon Park e converteu-se a Cristo ao ver uma paz gloriosa na face do missionário na hora de sua morte e pela impressionante fé dele, que ao invés de tentar fugir de seus perseguidores, nadou até eles para levar uma bíblia. 
Robert Jermain Thomas tornou-se uma lenda, tanto no Norte como no Sul da Coréia: na região Norte, é considerado inimigo do império - aquele que tentou trazer o imperialismo americano - e no sul do país, ele é considerado o primeiro missionário protestante mártir que perdeu sua vida evangelizando a Coréia.
Thomas começou a pregar aos 15 anos. Ele se formou na Universidade de Londres e em 1863 foi ordenado. Casou e partiu para a China no mesmo ano. Dentro de três meses, sua esposa, Caroline (Godfrey), morreu. Um ano mais tarde, ele se demitiu do LMS (London Missionary Society), sentindo que devia ser dada prioridade aos campos não alcançados e  pediu para  ser enviado para a Mongólia.
Enquanto ele estava esperando por reintegração, um encontro casual com dois comerciantes coreanos, católicos secretos, levou-o a negociar uma viagem a esse país onde era proibido distribuir Bíblias. Ele passou dois meses e meio lá em 1865 e aprendeu um pouco da língua. Contra o conselho voltou para a Coréia, em 1866, como intérprete em um navio mercante americano armado e também levando bíblias. Ele chegou em um momento em que o comércio exterior era proibido e uma perseguição feroz aos fiéis católicos estava acontecendo, o que resultou na execução de milhares de pessoas. O navio foi atacado perto de Pyongyang e ninguém sobreviveu. Esse mesmo coreano que o executou, guardou secretamente a bíblia que recebeu de Robert Thomas e se tornou depois um seguidor de Cristo.
Em 1866, apesar das advertências de morte ou a prisão, o assassinato de dez mil católicos coreanos, as ameaças do avanço francês e russo, o não convencional e ousado Robert estava determinado a embarcar em outra jornada para o Reino Eremita da Coréia.

O Legado de Thomas

O trabalho deste galês foi depreciado mesmo algum tempo após sua morte, mas com o passar dos anos, muitos, tanto Galeses  como os crentes coreanos, se tornaram gratos por este indômito  missionário, que deu as sua vida pela causa de Cristo, pois quando embarcou naquele navio ele sabia os riscos que corria; Ir levar bíblias a um país que recentemente  havia executado milhares de cristãos era um negócio de altíssimo risco. Mas essa realidade não trouxe medo a alma deste fiel servo de Cristo.


No País de Gales, ele é relativamente desconhecido, com exceção de alguns lugares. Um deles é a pequena capela em Llanover. Aqui, centenas de coreanos visitam para dar graças a Deus por ter enviado um homem, Robert Jermain Thomas, para a Coréia. Sua vida foi colhida com a idade de vinte e sete anos, mas ainda hoje, sua memória ainda vive nos corações do povo coreano.

Aproximadamente, 50 anos depois um grande avivamento eclodiu em Pyongyang, o local do ataque ao navio. Em 1904, 10.000 coreanos se batizaram, em 1906, 30.000…Em 1907, 50,000. Finalmente, em 1931 uma igreja foi erguida em memória de Robert Jermain Thomas, no mesmo lugar onde foi morto o primeiro mártir cristão da Coréia que tentava distribuir bíblias, mesmo em seu último suspiro.


2 comentários:

Luiz Miguel de Souza Gianeli disse...

Que testemunho impactante. Um bênção mesmo. Um grande exemplo. Não conhecia a história deste irmão. Muito obrigado por compartilhar.

david disse...

Amem, são sementes como essa que devem nos impulsionar a seguir .Obrigado por compartilhar e nos inspirar.

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