terça-feira, 19 de abril de 2022

A cosmovisão das culturas como ponte para uma efetiva evangelização

 

Homem indiano.

Baht Singh, famoso evangelista da Índia, certa vez deu uma entrevista acerca da mensagem cristã que ele pregava:

— O senhor fala sobre a ira do Deus? — perguntaram.

— Não; todos os deuses da Índia são irados — replicou ele.

— O senhor fala acerca do amor? — foi a próxima pergunta.

— Não - respondeu Singh - o povo da Índia relaciona a palavra “amor” com o sexo.

— Fala o senhor sobre a morte de Cristo?

— Não — replicou Singh — meu povo já tem muitos mártires.

— Bem, então ... fala o senhor sobre a vida eterna?

— Não com frequência — respondeu ele. — O conceito hindu da eternidade é cíclico. De acordo com o pensamento hindu, a vida eterna não é algo desejável. É algo para ser suportado.

— Bem, então, que destaca o senhor em sua pregação? — foi a pergunta final.

— Damos ênfase ao perdão dos pecados, à paz e à serenidade íntima. É isto o que os hindus mais procuram. É neste ponto que Deus se encontra com eles.

Baht Singh realizou um poderoso ministério na Índia, graças ao qual dezenas de milhares de pessoas aceitaram a Cristo. Ele teve sabedoria suficiente para usar uma estratégia cujo objetivo era pregar as doutrinas do evangelho que mais satisfaziam às necessidades mentais e emocionais do povo. Isso não quer dizer que ele não pregava todo o evangelho. Ensinava as demais verdades bíblicas depois que os ouvintes se convertiam e se tornavam crentes. Mas, para evangelizá-los, destacava os temas evangélicos que ofereciam resposta às necessidades do povo.

Larry D. Pate, in Missiologia: A missão transcultural da igreja (Ed. Vida).

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