segunda-feira, 3 de abril de 2017

O Evangelho do Reino e o alcance das nações

Quando pensamos nas Nações dois textos bíblicos precisam ser destacados:
  • Mateus 24:14, onde está escrito: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim.”
  • Apocalipse 5:9, onde encontramos o seguinte registro bíblico: “e entoavam novo cântico, dizendo: “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”
Estes textos nos mostram a importância da pregação e do conteúdo do evangelho, dentro de um contexto mundial.
Neste culto de Clamor pelas Nações quero compartilhar com os irmãos sobre o evangelho do reino, seu testemunho e o seu alcance perante as nações.
O evangelho do Reino
Jesus destacou que o evangelho a ser pregado às nações é o evangelho do reino: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo” (Mt 24:14a).
E o que a Bíblia chama de “evangelho do reino”?
  1. É o evangelho que Jesus pregava: “Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino e curando toda a sorte de doenças e enfermidades entre o povo.” (Mt 4:23)
  1. É o evangelho que anuncia a graça de Deus: “desde o dia que ouvistes e entendestes a graça de Deus na verdade” (Cl 1:3-7)
  1. É o evangelho que traz salvação através da justiça de Deus em Cristo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: o justo viverá pela fé.” (Rm 1:16,17)
  1. É o evangelho que não abre mão do arrependimento dos pecadores: “Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando por Jerusalém.” (Lc 24:45-47)
Portanto, quando clamamos pelas nações, clamamos pela salvação de milhares de povos, a qual só será possível mediante o anúncio do evangelho do reino, graça, justiça e salvação de Deus mediante a pregação que leva o arrependimento dos pecadores, em nome de Jesus Cristo.
O evangelho do reino como testemunho para as nações
Jesus disse que o evangelho do reino servirá de testemunho para todas as nações.
Mas o que Jesus quis dizer com “testemunho para todas as nações”? Testemunho do quê e para quê?
  1. Testemunho do reino de Deus entre os homens: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 4:17)
  1. Testemunho da salvação única e exclusiva em Jesus: “Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:11,12)
  1. Testemunho do Senhorio de Jesus Cristo: “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Fp 2:9-11)
  1. Testemunho da justiça de Deus: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.” (Rm 8:1,2)
  1. Testemunho do iminente juízo de Deus: “e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira futura.” (1 Ts 1:10)
  1. Testemunho da restauração da glória perdida: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” (1 Jo 3:1-3)
Então, clamar pelas nações é clamar para que o evangelho chegue a elas como proclamação e testemunho de que o reino de Deus está entre os homens, através da Presença e Senhorio de Jesus Cristo, salvação e esperança para os que crerem e juízo para os que rejeitarem à mensagem do evangelho.
O Alcance do evangelho do reino
O texto de Apocalipse 5:9 nos diz: “porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação”.
Sem dúvida alguma estamos falando do evangelho cuja base está no sacrifício de Cristo, cujo alcance é mundial, sem qualquer tipo de discriminação.
Então, no que depender de Deus todos podem ser salvos, como o apóstolo Paulo escreveu: “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.” (1 Tm 2:4)
Mais da metade da população mundial ainda não tem um testemunho efetivo de Cristo, o que significa mais de três bilhões de pessoas.
Mas, por que, depois de mais de dois mil anos de vida da Igreja, o evangelho ainda não chegou a todos os homens?
A resposta não está do lado de fora dos muros da Igreja, mas dentro dela. Vejamos as colocações do apóstolo Paulo acerca dos judeus que rejeitaram a Cristo em Rm 10:1-4, 9-12 e finalmente 14,15.
O ponto alto da argumentação de Paulo acerca da justiça que procede da fé em Jesus Cristo está nas impossibilidades, tanto para judeus como para gentios, que o texto sugere nos versículos 14 e 15:
“Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?” (Rm 10:14,15).
Se pregadores (missionários) não forem enviados, não haverá pregação, se não houver pregação, ninguém ouvirá do evangelho, sem ouvir, ninguém crerá e se não crerem, não invocarão e, portanto, serão condenados.
Portanto, a resposta para por que o evangelho não chegou ainda para mais de três bilhões de pessoas é simples: a Igreja não foi onde deveria ir.
As razões para esta omissão são muitas, mas gostaria de destacar algumas, tomando como base a ordem de Jesus em Mt 28:19,20: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
  1. Fazei discípulos
a1) Não fazemos discípulos; apenas evangelizamos.
a2) Discípulos de quem? Normalmente da igreja e não de Cristo.
a3) Discípulos para quê? Para ficar dentro da igreja.
  1. Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado
b1) Não ensinamos; apenas pregamos, pois cremos que ensinar “esfria”.
b2) O que ensinamos aos novos convertidos?
b3) O que eles têm guardado e compartilhado com outras pessoas?
  1. E eis que estou convosco todos os dias
c1) Queremos a presença de Jesus; desvinculados da sua missão.
c2) Por que Jesus estaria conosco todos os dias?
c3) Seria Jesus uma propriedade da Igreja?
Então, existem mais de três bilhões de pessoas sem conhecer a Jesus Cristo através do evangelho do reino, porque falhamos em não produzir discípulos de Cristo, aptos a cumprir a missão de fazê-lo conhecido dentre os povos e ao invés disto nos fechamos em nossos problemas, dilemas e ambições locais.
Quando clamamos pelas nações, precisamos entender que a proposta do evangelho do reino, cuja base está no sacrifício de Cristo, é de alcance mundial, sem qualquer tipo de discriminação, desde que nos libertemos de nós mesmos e sejamos aquilo que Deus espera: uma igreja missionária até os confins da terra.
Conclusão
Enquanto estamos refletindo nesta mensagem, muitas pessoas partiram para uma eternidade irreversível de sofrimentos e tormentos por não terem tido a oportunidade de conhecer a Jesus Cristo.
A pergunta que devemos nos fazer é: Até quando seremos apenas observadores desta tragédia de alcance mundial, sabendo que Deus nos chamou para anunciarmos a salvação e a vida eterna em Cristo Jesus?
Tenhamos no coração as palavras do apóstolo Paulo: “esforçando-me, deste modo, por pregar o evangelho, não onde Cristo já fora anunciado, para não edificar sobre fundamento alheio; antes, como está escrito: Hão de vê-lo aqueles que não tiveram notícia dele, e compreendê-lo os que nada tinham ouvido a seu respeito.” (Rm 15:20,21)

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